À mercê da realeza romance Capítulo 28

"Narrado por Ralf"

Desde que deixei de ser dono temporário de Kalenna, venho sentindo saudades dela pelos cantos. Ela é tão perfeita em tudo.

Estava passando pelo quarto de Kalenna quando ouço algo muito inacreditável e resolvo saber o que é entrando no quarto.

Logo abro a porta bastante assustado e me deparo com a Thianna de cabeça baixa e Kalenna com os olhos vidrados em mim.

_Você está grávida, Thianna?_Pergunto bastante assustado.

Ela apenas confirma com a cabeça e eu dou um leve sorriso.

_É a primeira vez que isso acontece. Nenhuma das damas, nem minhas e nem do Lyam engravidaram._Chego perto dela._Não se preocupe. Falarei com meu pai e veremos o que faremos.

Confesso que a ideia assusta devido a toda questão em engravidar uma dama, mas ao saber que dentro da Thianna está crescendo uma vida que vai depender de mim, que vai me chamar de...pai, me acendeu uma chama, uma alegria que eu não sinto há muito tempo.

A amparei e saímos do quarto de Kalenna. Levo ela até seu quarto.

_Ralf?_Ela me chama baixinho.

_Oi, Thianna. Diga._Falo sentando perto dela.

_Eu quero meu filho. Mesmo que você não possa assumi-lo e nem se apresentar como pai, apenas dê um jeito de me mandar embora que eu o criarei junto à minha familia._Ela dizia tristonha._Só não me peça pra matá-lo.

_Thianna, olha pra mim._Levanto seu rosto._Eu nunca iria pedir pra você matar nosso filho, nunca._Dei um beijo terno em seus lábios._Agora descansa e desce pro jantar.

Cubro-a e fecho a porta ao sair do quarto.

Minha cabeça está à mil e eu estou com bastante medo da reação do meu pai em relação a notícia que ele vai ouvir. Mas eu, como um homem que assume o que faz, vou ter que ser corajoso e falar tudo.

Essa hora ele deve estar no escritório da torre dele. Vou até lá.

Encontro minha mãe na sala sentada com umas amigas que ela sempre recebe mensalmente. Coisas de rainhas.

_Mãe._Dei um beijo na sua testa._O pai está no escritório?

_Sim, está meu filho._Ela sorri levemente._Não vai falar com as meninas?

_Agora não, mãe. Preciso falar urgentemente com ele._Dei um sorriso forçado para as amigas dela._As senhoras que me perdoem.

Subo em direção ao escritório, conto até três mentalmente e entro.

_O que veio fazer aqui, Ralf?_Ele diz e pelo tom de voz não está nada amigável.

_Preciso falar com o senhor algo extremamente sério._Digo mexendo nos dedos sem olhá-lo.

_O que você fez dessa vez, Ralf Lockwood?_Ele bate na mesa soltando a caneta que estava em sua mão.

Engulo seco e tomo toda coragem do mundo.

_Engravidei uma das minhas damas._Falei rápido e fechei os olhos pedindo mentalmente pra que ele não arrancasse minhas bolas.

Abri vagarosamente os olhos e vi ele com a aparência mais suave possível.

_Não vai arrancar minhas bolas?_Perguntei já me arrependendo.

_Ralf, isso é fácil de resolver._Ele voltou a assinar um papéis._Faça ela abortar.

Isso foi a gota d'agua! Levantei com tudo da cadeira sentindo a fúria consumir meu ser.