Michelli narrando.
Cá estou eu, nessa escola chata, pior que a escola só as pessoas daqui, o único que eu ainda converso é o Matheus, mas tô começando a enjoar da cara dele, menino tá insuportável também.
Minha sorte é que a minha mãe é inteligente, me ajuda nos trabalhos e atividades. O povo otário, vive fazendo comentários desnecessário sério, sobre meus pais, "adotadinha", mando logo ir tomar no cu (se minha mãe vê eu chamando palavrão tô lascada).
-Vamo pra casa, eu te deixo- falou Matheus sentando ao meu lado.
-Meu pai vem me buscar, mas valeu ai- falei e ele deu risada.
-Pai? Me poupe- falou e logo saiu.
Eu vou surtar? Vou nada, enquanto eles fala, meu pai ganha mais dinheiro e me banca dando de tudo que eu quero, mal agradecido aqui é só o Matheus, eu não.
Sai dos meus pensamentos com a buzina da moto, meu pai me chamou com a mão e eu fui, subi na moto com a ajuda dele, logo ele deu partida, todos os dias vem me buscar, tem necessidade? Não né, moro bem pertinho, mas pelo menos não preciso andar a pé nesse sol.
Com um tempinho ele parou a moto na frente da casinha da minha vó, desci, ele deu um beijo na minha testa e foi embora, mortinha de fome, e olhe que eu até repeti a merenda da escola.
Entrei em casa e a vó tava com a Camilly no braço, já o Erick no carrinho de bebê dormindo feito um anjinho.
-Tô com fome vó- falei sentando no sofá.
-A então segura a Camilly pra eu fazer o almoço né- falou com cara de cansada.
Peguei a Camilly e a vó foi pra cozinha, escutei alguém bater na porta e gritei um "entra", vi o tio Carlos entrar (bofe da vó).
-Iae bixa, hoje ficou de babá?- perguntou com jeito de viado.
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