Harry estendeu os braços instintivamente para segurá-la e, ao fazê-lo, seu corpo macio caiu neles.
No mesmo instante, um aroma fresco de seu almíscar natural explodiu ao redor dele, tornando o momento ainda mais agradável.
Grace fechara os olhos para se preparar para a queda, mas, em vez disso, foi surpreendida ao colidir com um peito firme. Apesar de ter pensado que ia se estatelar no chão, ela encontrou conforto nos braços que a envolveram, permanecendo agarrada a eles, sem saber o que fazer, conforme o relógio continuava a avançar...
"Não vai descer, não?", indagou Harry, repleto de frieza e indiferença.
De repente, Grace caiu em si, abrindo os olhos e encontrando o apático rosto dele. "V-Você... Eu..."
Com raiva, ele a soltou bruscamente no chão, fazendo com que ela se espatifasse.
"Ai!" Dessa vez, ela realmente caiu, batendo o rosto no piso de pedra.
Grace lutou para se levantar, sacudindo a poeira do corpo e franzindo o cenho, indignada. "Doeu, sabia? Não dava pra ter me posto no chão direito?"
"Quem te deu permissão pra entrar aqui?" Ignorando os protestos dela, Harry sentou-se no sofá próximo à estante, segurando uma taça de vinho, com um olhar frio e distante.
A princípio, Grace não esperava que ele aparecesse; no entanto, obviamente estava errada. "Fui pegar água e não consegui encontrar o caminho de volta. Então, entrei aqui sem querer. Já tô saíndo."
Enquanto falava, ela apressou o passo e dirigiu-se à porta.
"Espera."
Grace estava tão assustada que ficou presa no chão, incapaz de se mover, sentindo gotas de suor frio começaram a se formar em seu rosto.
Nesse momento, uma preocupação tomou conta dela - o possível transtorno bipolar do Duque. Apavorada, ela rezou para que ele não chegasse a sacar a arma outra vez.
Como se pudesse ler seus pensamentos, Harry cercou-a com sua presença dominante, sussurrando próximo ao ouvido dela: "Por que tá tremendo?".
"E-Eu tô...?" Ela mordia os lábios com força, e seus dentes batiam como se quisessem fugir também; contudo, seus pés pareciam estar colados ao chão.
Ele continuou parado atrás dela, semicerrando seus olhos castanhos. "Tá com medo de que eu te morda, né?"
"Sim", concordou Grace, arrependendo-se logo em seguida. "Pera aí, quê? Não!" Desorientada, ela negou com a cabeça imediatamente, percebendo a besteira que havia dito.
Com um sorriso malicioso, Harry pegou o queixo dela entre o polegar e o indicador. "Você tá tão obediente agora. Parece que a arma te assustou mesmo."
Grace olhou para ele e forçou um sorriso, fingindo arrependimento. "É que percebi que a culpa foi minha. Por isso, gostaria de pedir misericórdia. Por favor, não guarde rancor de uma garota boba como eu..."
Como dizem, a verdadeira sabedoria era saber se adaptar a qualquer situação.
Ela estava no território dele, então não podia se dar ao luxo de continuar sendo teimosa.

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