A Noiva Inocente do CEO Continua Capítulo Três

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Parte 5...

Seu rosto quadrado tinha traços fortes e a boca grande era bem feita. O nariz era um pouco aquilino e os olhos tão escuros quanto o cabelo eram brilhantes. Seu tom de pele moreno era sexy também.

Mesmo não gostando dele podia entender porque as mulheres o achavam atraente. Com certeza por baixo daquela roupa cara tinha um corpo definido.

“Merda!”

Agora estava prestando atenção nele.

— Não precisa levar o dinheiro para a cama - ela quis rebater — Mas pode depositar em minha conta. Faremos sexo apenas para cumprir o contrato e nada mais. Não preciso que me seduza e nem vou fingir que gosto de você.

— Como é? - ele riu fascinado com aquela criatura pequena e diferente — Faremos sexo? - continuou rindo.

Ela mordeu o lábio. Não tinha interesse em ser seduzida e menos ainda por ele. Não tinha interesse por sexo desde muito nova quando soube que sua vida estava fadada a nunca ter filhos.

Ainda chegou a ter um namorado quando adolescente, mas depois perdeu o interesse e se concentrou em organizar a vida e cuidar da mãe. Qual o homem normal que iria querer se casar com uma mulher como ela?

Era cheia de responsabilidades pesadas, tinha um trauma e ainda carregava um problema sério.

O tio tinha sido cruel com ela, mas lhe dissera uma verdade que já sabia há muito tempo. Era feia e sem graça, além de ser seca e oca por dentro.

Não bastando isso ela não tinha nada a oferecer a um homem. Trabalhava em três lugares diferentes e ainda assim não conseguia guardar um centavo.

Era pobre e tinha uma mãe doente para cuidar. Juntando tudo isso nunca poderia se envolver com ninguém. Nem mesmo tempo para tal coisa ela teria.

Se conformou com o que o destino lhe deu e tentava seguir em frente com pensamentos positivos aguardando que um dia sua hora chegasse e ela pudesse descansar e ter uma vida calma ao lado da mãe.

Por isso estava ali. Esse era o objetivo final. Não importava se teria que passar mais dificuldades, já estava acostumada com isso e era bem resiliente.

— Desculpe, eu me expressei mal - tentou corrigir — Não foi isso o que eu quis dizer. Eu só queria mostrar que podemos dar certo nesse acordo e que vai ser bom para ambas as partes. Errei no modo de colocar as palavras.

— Talvez você seja toda errada - rebateu com raiva — É óbvio que nunca foi feliz com homem nenhum e vai ver é péssima na cama.

Ele foi cruel. Ela empurrou os dedos na areia de novo sentindo seu calor. Queria sair dali. Queria estar com a mãe em casa.

Se confessasse que ainda era virgem aos vinte e três anos ele iria rir de sua cara e talvez nem acreditasse. Caso ele assinasse o contrato e chegasse a ir pra cama com ele poderia fingir que já tinha experiência. Não era burra e sabia como essas coisas funcionavam.

— Quer dizer então, que eu vou ter que pagar para transar com uma mulher interesseira e possivelmente frígida? - ele apertou os lábios — Interessante isso. Vai ser a primeira vez que pago por sexo ruim.

Outra patada. Ele sabia como usar as palavras.

— Pense bem - falou sem pensar de novo — Você vem pagando por sexo há muito tempo. Acha mesmo que todas as mulheres o acham irresistível? Acha que o amor que elas fingem é real? E todos os anos em que vem gastando rios de dinheiro com presentes, viagens e sei lá o que mais com elas? Não é pagar? - gesticulou — A diferença é que comigo não vai pagar para transar, mas para ser dono da empresa do meu tio, que como você disse, é sua de direito.

Kostas ficou irritado e constrangido pelo resumo de sua vida amorosa dessa forma.

— Você até que é bonito, mas não vai me enganar que acredita que todas essas com quem dormiu realmente o queriam por amor. Sabe bem que não - ele se achava imprescindível na vida delas com certeza. Isso era tão ridículo quanto o que ela estava fazendo ali também — Não vou ser a primeira a querer seu dinheiro, mas serei a primeira a lhe dizer isso na cara

Realmente posso lhe dar um ponto por isso, mas será a primeira tão rica quanto eu que faz isso abertamente. Gostaria muito de saber por que precisa tanto de dinheiro e tão rápido assim.

Se ele soubesse. Poderia lhe dizer a verdade, mas tinha medo do que isso iria trazer depois para sua vida e não estava em condições de criar mais problemas além dos que já tinha. Se fez de tonta.

— Como disse, tenho gostos caros - indicou o vestido e balançou os sapatos na frente dele — Não gosto de repetir nada e saio bastante. Preciso de coisas novas sempre.

Era até cômico. Ela nem sabia que marca era o vestido que estava usando. Com poucas exceções do que via em propagandas não conhecia grifes de nada. Aquele sapato era caríssimo e tinha sido escolhido pelo tio. Quando viu a etiqueta do preço ficou boba com o valor.

Estava tão acostumada a economizar tudo que nem reparava nas vitrines das lojas mais caras e ia direto para lojas mais de acordo com o que podia pagar. Até mesmo em barracas de feira ela já havia comprado roupas.

abaixo de cem reais eram suas preferidas. Só comprava algo melhor quando precisava para o trabalho. Se a roupa fosse no mínimo bonitinha ela comprava.

vestido tinha sido um suplício. O tio a fez provar várias roupas antes de escolher porque sempre tinha um comentário ruim sobre seu corpo. Só quando achou esse ele disse que ficaria bem para mostrar a Kostas o que tinha para ele.

Humilhante. Não queria repetir a experiência.

tão colado e o decote tão insinuante que ele seria capaz de ter uma crise de riso se lhe confessasse que era virgem. Parecia mais uma vadia que adora chamar atenção de todos os homens. Ele não iria crer no que lhe

sendo honesta, você também tem certeza do sucesso do acordo. Por que iria abandonar sua vida de solteiro para se casar se não

E quem disse que vou abandonar minha vida de solteiro? - deu

Deus, ele vai desistir.

vou continuar curtindo minha vida como sempre - ele riu, balançando a cabeça — E agora que sei que terei uma mulher fria e monótona em minha cama, passarei a ficar mais tempo ainda com os amigos por aí. Não pense que vou ficar em casa com uma esposa como você. E tenho muito apetite sexual - frisou — Continuarei a me

Então vai se casar comigo? - prendeu

esse é o preço para reaver o que

que diz isso? - franziu a testa — As empresas do grupo Demetriou sempre pertenceram ao meu tio e meu

é mentira - disse com raiva — Seu tio roubou meu avô e se apossou de tudo o que era dele. É um golpista canalha. Não queira dar uma

Ela estranhou a animosidade exagerada.

Eu sempre achei que era tudo de minha família. Desculpe, mas não estou fingindo ser inocente. Não sei realmente tudo o que aconteceu no passado - era