A Noiva Inocente do CEO Início Capítulo Dez

Parte 1...
Nathaly teve uma das piores noites de sua vida. Não conseguiu dormir direito, sempre acordando e sua cabeça doía demais. Seu estômago estava embrulhado e sentia vontade de vomitar.
Não sabia o que fazer com relação ao marido que não retornou para casa aquela noite. Ainda pegou o celular para ligar duas vezes, mas desistiu porque não saberia o que dizer a ele.
A briga tinha sido pesada e as palavras finais de Kostas ainda doíam em seus ouvidos. Ele estava mais que furioso.
Agora ele a odiava mesmo. E não poderia nem mesmo culpá-lo de algo porque tudo o que tinha dito era verdade. Ela tinha mentido e manipulado desde o começo.
Estava se sentindo deprimida e abandonada. O médico na ilha havia dito que se sentiria enjoada durante um tempo por causa da quantidade de água que havia engolido, mas já havia se passado um bom tempo e não sabia porque ainda estava assim.
Talvez pelo nervosismo durante a briga.
Ela era culpada pela situação atual. Ela tinha feito tudo aquilo e merecia que ele estivesse evitando sua presença. E o pior era que agora ela estava apaixonada pelo marido que não a queria mais. E se ele a mandasse embora seria terrível.
Não assim dessa forma. Queria ter mais tempo com ele.
Tinha que pensar bem no que iria fazer dali em diante e para onde iria. De repente sua única alternativa fosse mesmo retornar ao Brasil, antes mesmo do que havia pensado. Ele não iria querer continuar com ela com certeza.
Estava perdida em seus pensamentos sombrios quando ele entrou e sentou na cama ao seu lado, mas ela evitou olhar para ele por vergonha.
— Nathaly... - ele falou baixo — Eu vim me desculpar pelo que disse ontem.
Ela se espantou e virou o rosto para olhá-lo. Como assim?
— Não tem que se desculpar de nada - murmurou se sentindo enjoada — Eu vou embora...
— Não pode ir - disse estranho.
— No contrato não diz nada sobre eu ir embora. Não podemos nos separar, mas podemos viver longe um do outro e...
— Não - disse seco — Eu falei coisas absurdas ontem, estava desequilibrado, mas já pedi desculpa. Fui grosseiro e não era para tanto.
— Eu entendo - murmurou — De verdade...
— Ainda parece abatida - levantou — Depois nós conversamos direito e com calma, melhor ficar mais um pouco na cama.
— Deve ter sido pela água, como o médico disse - apertou os lábios. Sentia vergonha.
— Descanse mais, teremos tempo para falar depois - disse sério — Vamos deixar correr.
— Não temos mais o que falar, Kostas - suspirou cansada — O melhor é que eu vá embora de vez e deixe você livre.
Já disse que não vai - retrucou ríspido — Somos casados.
— Um casamento de mentira - murmurou entristecida.
ter começado assim, mas isso pode mudar. E não quero que vá embora, é minha esposa.
— Uma esposa que não vai te dar filhos - sua voz fraquejou.
Ele caminhou pelo quarto e parou ao lado da porta de vidro, olhando pensativo lá para fora.
— Ontem... Foi difícil descobrir tudo aquilo sobre você - balançou a cabeça, esfregando a nuca — Não é nada como pensei que seria e isso me aborrece muito. Eu fiquei com raiva e disse coisas que não deveria ter dito. Agora sei o que passou... O passado triste e ruim que teve e a culpa da morte de seus pais que você acha que foi por minha família, mas não foi.
— Kostas...
— Ainda assim - a cortou — O barco era do meu pai e foi ele quem convidou sua família para aquele passeio miserável e temos que assumir essa
Ela franziu a testa. O que ele queria dizer com isso?
— Não é fácil ficar órfã tão cedo e de uma maneira tão terrível. De certa forma eu entendo sua revolta e ter aceitado essa ideia louca de vingança que seu tio criou. Não vamos nos separar, vai continuar como minha esposa e receberá a mesada como acertamos. Não vou me meter em como vai gastá-la - abaixou a cabeça — Só não quero mais brigar e descobrir coisas ruins aos poucos - se virou para ela — Vou deixar que faça o que quiser com sua vida, mas exijo respeito e que não manche mais o nome de minha família.
saiu depressa antes dela responder algo. Nathaly ficou quieta pensando no que lhe dissera. Claro que manteria o casamento, não tinha como se separar dela sem
conseguira sua vingança e ela estava ali como sua aliada. Kostas nunca iria perdoá-la por isso. De nada adiantava sentir que o amava agora porque estava tudo
lhe restava continuar casada por um tempo, como havia planejado antes e quando fosse possível poderia sair de sua vida. Depois de um tempo ele até agradeceria por ter feito
ficaria livre para continuar sua vida sem ter surpresas desagradáveis a cada vez que
contar sobre sua mãe, mas ele saiu rápido sem nem ao menos olhar para ela de novo. Estava furioso e arrependido com certeza. Mas esse tinha sido o caminho que ela escolhera, então de nada adiantava reclamar. Mas estava muito
que se conformar em ser sua esposa até que tivesse a quantia necessária para poder se mudar com a mãe e viver tranquila durante um tempo, até conseguir arranjar um novo emprego para manter as duas. Pelo menos não teria que ter três
a vida seria mais fácil. Só
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depois ela ainda se sentia triste e deprimida. Apesar de ter boa comida à disposição estava magra. O estresse não a deixava em paz e uma mente perturbada não
mostrava o reflexo de sua preocupação e depressão. Não estava sendo
a evitava de todos os jeitos. Passava o dia fora, não ligava e quando voltava para casa ficava sempre onde ela não