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A noiva rejeitada romance Capítulo 60

POV: Carttal Azacel

Sentia o sangue ferver nas veias e meu coração estava a mil. A raiva me consumia.

— Como pude acreditar que meu avô aceitaria a Aslin na família tão facilmente? Eu devia saber que algo sujo e maquiavélico estava passando pela cabeça daquele velho miserável.

Virei-me para encará-lo e vi um sorriso em seu rosto. Estava orgulhoso do que havia feito. Sua expressão mostrava que se sentia plenamente satisfeito.

— Senhor, diga-nos qual é o presente que a senhorita Sibil lhe deu. Estamos ansiosos para saber! — perguntaram do público.

As perguntas incessantes só aumentavam minha fúria. Eu já não suportava mais. Sentia que poderia explodir a qualquer momento.

Mas o que Sibil disse a seguir foi a gota d’água:

— Estou grávida! — declarou a descarada, fazendo os convidados gritarem de alegria e emoção.

Minha paciência, que já era pouca, simplesmente acabou.

Esse deveria ter sido o momento feliz da Aslin e meu. Nosso momento.

Num impulso, arranquei o braço da mão de Sibil com força, provocando murmúrios e olhares de espanto dos convidados. Eu só queria estrangular aquela víbora.

— Pensava mesmo que podia ter a mim, o grande Carttal Azacel, nas mãos? Estava muito enganada! — gritei internamente enquanto corria escadas acima, ignorando completamente os olhares e reações daqueles idiotas.

A única coisa que me importava era a Aslin. Não me importava com aparências.

Corri direto para o nosso quarto e bati desesperadamente na porta:

— Aslin, por favor, abre a porta! — implorei, batendo com força.

— Amor, me escuta! Eu vou te explicar. Aquela mulher... ela era minha ex-esposa. Fugiu uma semana depois do nosso casamento. Achei que estivesse morta, ou foi isso que me fizeram acreditar. Mas olha... não tenho nada com ela. Na verdade, eu a detesto! As palavras que disse lá embaixo eram para você, não para aquela cobra! Eu ia anunciar a sua gravidez. Por favor, acredita em mim! — falei, desesperado, batendo na porta do banheiro repetidas vezes.

Mas tudo o que recebi em troca foi o silêncio. Me deixei cair no chão, encostado à porta, esperando que ela se abrisse a qualquer momento. Tudo o que eu queria era ver seus olhinhos brilhando de novo.

— Escuta, amor... meu avô me armou uma armadilha. Não vou mentir, ele não gosta de você, mas quer saber? Não me importa! A única pessoa que precisa gostar de você sou eu. Você é minha mulher. A única que eu amo. Eu sinto que não consigo respirar se não estiver com você. Se abrir essa porta, vamos embora daqui... agora.

Foi nesse momento que ouvi o clique da fechadura. Levantei num salto e a abracei com delicadeza, sem força, para não machucá-la.

— Amor... você está bem? — perguntei. Ela assentiu, com lágrimas nos olhos.

Sem perder tempo, peguei sua mão e descemos as escadas. Todos nos olhavam, mas eu não me importava com mais nada. Tinha certeza de que amanhã isso estaria em todos os jornais da cidade H e que ainda falariam disso por meses. Mas a culpa era deles, não minha.

Vi o rosto do meu avô empalidecer. Ele levou a mão ao peito e, segundos depois, caiu desmaiado, causando um grande alvoroço no salão.

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