POV: Carttal Azacel
Sentia o sangue ferver nas veias e meu coração estava a mil. A raiva me consumia.
— Como pude acreditar que meu avô aceitaria a Aslin na família tão facilmente? Eu devia saber que algo sujo e maquiavélico estava passando pela cabeça daquele velho miserável.
Virei-me para encará-lo e vi um sorriso em seu rosto. Estava orgulhoso do que havia feito. Sua expressão mostrava que se sentia plenamente satisfeito.
— Senhor, diga-nos qual é o presente que a senhorita Sibil lhe deu. Estamos ansiosos para saber! — perguntaram do público.
As perguntas incessantes só aumentavam minha fúria. Eu já não suportava mais. Sentia que poderia explodir a qualquer momento.
Mas o que Sibil disse a seguir foi a gota d’água:
— Estou grávida! — declarou a descarada, fazendo os convidados gritarem de alegria e emoção.
Minha paciência, que já era pouca, simplesmente acabou.
Esse deveria ter sido o momento feliz da Aslin e meu. Nosso momento.
Num impulso, arranquei o braço da mão de Sibil com força, provocando murmúrios e olhares de espanto dos convidados. Eu só queria estrangular aquela víbora.
— Pensava mesmo que podia ter a mim, o grande Carttal Azacel, nas mãos? Estava muito enganada! — gritei internamente enquanto corria escadas acima, ignorando completamente os olhares e reações daqueles idiotas.
A única coisa que me importava era a Aslin. Não me importava com aparências.
Corri direto para o nosso quarto e bati desesperadamente na porta:
— Aslin, por favor, abre a porta! — implorei, batendo com força.
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