POV: Terceira pessoa
O grande salão, que minutos antes transbordava de alegria, transformou-se repentinamente em um cenário de desastre, preocupação e incerteza. As sorrisos desapareceram dos rostos dos convidados, substituídos por expressões de tensão e medo.
Assim que Carttal viu seu avô caído, soltou imediatamente a mão de Aslin e correu para socorrê-lo. Arthur estava sem ar, visivelmente abalado com a forte impressão. No momento em que Carttal ia segurar sua mão, o velho fechou os olhos de repente. O pânico e a angústia tomaram conta de seu rosto.
Ele via Arthur como mais do que um velho rabugento. Para Carttal, ele era uma figura paterna — o homem que o criou e o formou desde o nascimento para ser quem era hoje. Apesar de todos os conflitos e dores de cabeça que aquele idoso lhe causara, o estimava profundamente. E não suportava a ideia de perdê-lo.
Os paramédicos chegaram rapidamente e prestaram os primeiros socorros a Arthur antes de levá-lo ao hospital mais próximo. Toda a família correu para seus carros luxuosos e seguiu a ambulância em alta velocidade.
Ao chegar ao hospital, todos caminhavam de um lado para o outro, com o semblante fechado, aguardando desesperadamente alguma notícia dos médicos que pudesse aliviar a angústia que sentiam. Aslin, por sua vez, permaneceu num canto, sentindo-se deslocada naquele ambiente. Sabia muito bem que nenhuma daquelas pessoas da alta sociedade a queria por perto. Tudo o que desejava era que Carttal cumprisse sua promessa de irem embora juntos para Londres. Agora tinha certeza: fora um erro retornar àquela cidade.
— Tudo isso é culpa daquela mulher! Ela causou essa tragédia ao nosso querido senhor Arthur! Antes de aparecer, estávamos todos bem. Mas você teve que se envolver com ela e causar todo esse escândalo. Está satisfeito agora, Carttal? — gritou Soraya, apontando uma de suas longas unhas para Aslin, que ficou completamente sem reação. Não entendia por que a estavam culpando por algo com o que não tinha absolutamente nada a ver. Sentiu-se profundamente ofendida.
— Já chega, Soraya! Para de exagerar! Os verdadeiros culpados por tudo isso são vocês, por tentarem me obrigar a ficar com essa maldita mulher mentirosa! — gritou Carttal, enquanto Sibil fazia uma expressão triste e corria para os braços da mãe.
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