POV: Aslin Ventura
Sentia como o ar que respirava se tornava pesado ao ver todas aquelas pessoas discutindo por minha causa. Não entendia o que havia feito de errado. Eu não tinha culpa de nada, mas parecia carregar uma maldição: a de ser odiada por todos, sem sequer mover um dedo.
Senti-me péssima ao ver Carttal sendo atacado pelos próprios membros da sua família.
Eu sabia muito bem o que era isso, pois vivi a mesma situação durante anos — e não era nada bonito. Era uma sensação de sufoco e de desamparo mútuo… algo que eu não desejaria nem ao meu pior inimigo.
Quando Carttal segurou minha mão e saímos daquele campo de guerra, finalmente consegui soltar o ar preso nos meus pulmões. Senti um enorme alívio.
De repente, senti quando ele puxou meu braço e minha cabeça colidiu com seu peito firme. Carttal me abraçava como se eu fosse desaparecer a qualquer momento, o que me pareceu incrivelmente adorável. Em seus olhos, vi o quanto ele me amava — e o medo constante de me perder.
— Está tudo bem, Carttal. Eu estou aqui — murmurei, tentando acalmá-lo.
— Eu sei, Lin… enquanto você estiver comigo, tudo ficará bem. O mais importante é ter você ao meu lado, o resto não importa — disse ele com doçura, e eu me derreti em seus braços. Aquele apelido carinhoso que ele me deu me fazia sentir completa.
Nos separamos lentamente e, de mãos dadas, saímos do hospital. Ele me ajudou a entrar no carro, deu a volta e acelerou em alta velocidade.
— Pra onde estamos indo? — perguntei de repente. A verdade é que eu não queria voltar àquela mansão. Só queria que voltássemos juntos para Londres e retomássemos nossas vidas normais… mas sabia que com a condição do avô dele, isso seria impossível.
— Você vai ver, Lin. Vai gostar. Vamos para o meu antigo apartamento.
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