POV: Terceira pessoa
— Me solta, você está me machucando, Carttal! — gritou Sibil, sentindo o couro cabeludo arder.
— Eu não dou a mínima! Você não vai mais incomodar a minha esposa, já estou farto de você! — gritou Carttal antes de empurrá-la com força ao chão.
— Eu sou sua esposa, você se esquece? Diante da lei, sou eu, não aquela caipira. Perante a sociedade, ela não passa da sua amante. Sei que quer se divorciar de mim pra ficar com ela, mas não vai conseguir nada, Carttal. Nunca vou deixar você ir. Eu sei, foi minha culpa, te descuidei e te abandonei… mas eu te amo, e sei que você também me ama. Só está com raiva demais agora. Vem, vamos nos divertir como fazíamos antes — disse Sibil, enquanto desfazia o laço do roupão e ficava completamente nua diante dos olhos de Carttal.
Sibil achava que Carttal a olhava como antes, com desejo, ao ver seu corpo perfeito.
Mas o que recebeu foi um olhar de nojo.
Ela ficou surpresa, suas bochechas coraram de vergonha com a humilhação.
— Você acha mesmo que ainda me provoca algum desejo? — disse Carttal, explodindo em gargalhadas. — Sabe como você parece agora, Sibil? Uma completa ridícula!
— A única que desperta desejo em mim, sem nem precisar tirar a roupa, é a minha esposa. E mais ninguém! — gritou com raiva e desprezo estampados no rosto.
Sibil, diante da humilhação, pegou o roupão do chão e o vestiu novamente.
— Você acha mesmo que essa mulher é boa? Você não sabe do que ela é capaz. É um lobo em pele de cordeiro! Com toda essa carinha de boazinha, me bateu com força e enfiou meu rosto no vaso sanitário da sala dela! Aquela mulher é uma selvagem! — gritou Sibil, indignada.
— Sério que ela fez isso? Pois fez muito bem! Eu sei que a Aslin jamais faria algo assim se você não tivesse provocado. No fundo do meu coração, fico feliz que ela esteja mudando. Feliz por ela não aceitar mais ser humilhada por pessoas como você! — disse ele com firmeza. — E não vim aqui só pra te advertir. Vim pra te entregar isso!
— Está enganada, Sibil. Os Azacel não precisam de gente comum como vocês. Vocês é que precisam de nós. E quer saber? Não me importo se as ações caírem. A única coisa que me importa nessa vida é a minha esposa e o nosso bebê que está a caminho. Nada mais! O império Azacel nunca estará nas mãos de pessoas desprezíveis como vocês! — gritou Carttal.
Ao ouvi-lo, o coração de Sibil se partiu em pedaços.
— Eu não vou permitir! Não vou me divorciar de você, Carttal! Não é tão simples assim! Você não pode fazer isso! Eu vou contar tudo para o vovô, você vai ver! — gritou desesperada.
— Pode fazer o que quiser. Eu já assinei o documento. E se você se recusar a assinar, você e sua família terão que me pagar uma indenização de mais de um bilhão de dólares — disse Carttal com um sorriso vitorioso no rosto.
Lágrimas grossas escorreram dos olhos de Sibil. Ela estava realmente entre a espada e a parede. Sabia perfeitamente que, se não aceitasse assinar, sua família iria direto à falência.

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