POV: Aslin Ventura
Depois de chegar à mansão, a primeira coisa que faço é jogar minha bolsa em um dos sofás.
Mary vem até mim e me dá as boas-vindas como sempre. Eu realmente a adorava. Nunca pensei que nos tornaríamos tão próximas. Para mim, ela era como uma avó.
Tinha muito carinho por ela, sempre me lembrava da senhora Zara.
— O almoço já está pronto! — disse com muito carinho.
— E então, Mary, o que você preparou hoje? — perguntei com um sorriso curioso.
— O seu favorito! Lagostas!
Nem deixei ela terminar. Corri direto para a sala de jantar, ouvindo a risada forte de Mary ao me ver agir como uma criança. Não conseguia evitar… meu bebê adorava lagostas.
Depois de comer, subi rapidamente para o meu quarto, me sentindo satisfeita. Tirei a roupa e entrei no banho, ficando um bom tempo embaixo do chuveiro.
Quando senti meu corpo limpo e relaxado, saí da ducha e fui direto até o armário. Peguei um dos meus pijamas de panda.
— Aslin! — escutei meu nome e saí do meu transe. Passos pesados se aproximavam do meu quarto.
Na hora, soube quem era. Sem pensar duas vezes, corri até a porta e tranquei com a chave.
— Aslin, sei que está aí. Abre a porta, precisamos conversar. É importante! — dizia Carttal, mas se achava que eu facilitaria as coisas, estava muito enganado.
— Aslin! — repetiu com insistência. — Sei que está aí, não me obrigue a arrombar a porta. A última coisa que quero é assustar você e o nosso bebê.
— Vai embora! Não quero falar com você agora, então, por favor, só vai embora, Carttal! — gritei de volta, esperando que ele finalmente desistisse.
— Eu não vou embora! O que tenho pra dizer é importante. Não seja assim, abre essa porta, amor. Te garanto que vai ficar muito feliz! — disse, e tive que me esforçar pra conter o riso diante do tom submisso que ele usava.
Se os sócios dele ou seus inimigos pudessem escutá-lo, estariam tão surpresos quanto eu. O grande Carttal Azacel, o homem que fazia qualquer um se mijar só com um olhar, estava ali… implorando pela atenção da esposa. Era divertido demais.
— Não vou abrir! Vou dormir, e se ousar forçar essa porta, vou ficar muito brava! — avisei, indo até a cama e me enfiando sob os lençóis.
— Como quiser. Então vou ficar aqui esperando você acordar e decidir falar comigo — disse, e eu revirei os olhos diante da sua teimosia.
Ouvi quando ele se deixou cair no chão perto da porta. Ele ia mesmo ficar ali a noite inteira? Se fizesse isso, só podia estar louco.
Ignorei completamente, pensando que logo iria embora. Então, adormeci.
Quando acordei, olhei no relógio: eram 9h da manhã.
Fui direto ao banheiro, escovei os dentes e depois fui até a porta do quarto. Ao abri-la, quase soltei um grito.
Carttal estava encostado no batente, profundamente adormecido. Seu corpo estava gelado. Meus olhos se arregalaram de surpresa. Nunca pensei que ele realmente passaria a noite ali.
Ao lado dele havia um buquê de flores já murchas pelo tempo… e uma caixa do meu chocolate favorito.
Na hora, senti os olhos se encherem de lágrimas. Não podia negar… o gesto dele me tocou. Mas também não ia facilitar as coisas. Me controlei e o chutei levemente para acordá-lo.
Ele abriu os olhos de imediato e se levantou.
— Você está maluco?! Como ousa dormir aqui?! — perguntei com cara de poucos amigos.
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