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A noiva rejeitada romance Capítulo 71

POV: Aslin Ventura

Carttal ficou completamente em choque diante das ameaças do senhor Arthur.

– Pense bem no que eu disse. Você sabe que sou capaz de tudo! – disse ele uma última vez antes de se virar e ir embora.

Sacudi Carttal algumas vezes até que ele reagiu.

– Amor, calma... vai ficar tudo bem. Ele está irritado agora, mas logo passa... ou ao menos eu espero!

Ele levantou uma das mãos e a colocou sobre o meu peito, o que me pegou totalmente de surpresa.

– O que você está fazendo? – perguntei.

– Estou sentindo os batimentos do seu coração. Não quero que você se altere por nada nesse mundo. Me perdoa, por favor. Prometo que algo assim nunca mais vai acontecer, disse enquanto pegava a palma da minha mão e depositava um beijo nela.

O que ele disse me derreteu de ternura. Mesmo em uma situação como essa, ele sempre se preocupava com meu bem-estar. Mas, ainda assim, a curiosidade me corroía por dentro. Eu precisava entender o que o velho quis dizer com aquelas palavras finais... e por que Carttal reagiu daquela maneira.

– Preciso saber... o que seu avô quis dizer com aquilo que falou por último? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

Ele respirou fundo, segurou minhas mãos e me guiou até a escada. Sentou-se em um dos degraus, me colocou em seu colo e envolveu minha cintura com os braços.

– Tudo bem, amor. Eu vou te contar – disse docemente, e eu via como seus lábios se abriam e fechavam várias vezes. Era evidente que lhe custava falar sobre isso. Era um assunto muito delicado para ele.

– **“Meus pais se conheceram na empresa da família. Minha mãe era uma secretária comum e meu pai, o CEO.

Por obra do destino, eles se encontraram em um elevador e se apaixonaram perdidamente.

Nunca, em toda a minha infância, conheci o carinho dos meus verdadeiros pais. Cresci com as regras absurdas do meu avô. Ele foi a única figura paterna que conheci, por isso sempre suportei seus abusos... mas dessa vez ele foi longe demais.

– Soraya, por outro lado, mesmo sem ser minha mãe de sangue, sempre demonstrou me amar. Quando eu era pequeno, ela me deu o carinho e o amor maternal que eu precisava – disse enquanto me apertava ainda mais em seus braços.

– Aslin, você não precisa ter medo. Eu jamais deixaria algo assim acontecer. Antes morto do que permitir que te tirem de mim, disse com doçura, mas com o cenho franzido.

Agora eu entendia muito melhor o motivo do medo de Carttal diante das ameaças do avô. O que ele fez com a mãe de Carttal era imperdoável. Foi muito triste tudo o que ele passou.

Eu, pelo menos, conheci minha mãe. Mesmo que tenha morrido, ainda guardo suas lembranças comigo.

Me aconcheguei mais ainda no colo de Carttal e envolvi sua cintura com os braços, em um gesto de consolo.

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