A VINGANÇA | romance Capítulo 11

CAH NARRANDO

Tive a noite toda pesadelos com a noite anterior, com aquele homem me tocando, o olhar do Henrique . Acordei assustada e me dei conta que eu estava de volta ao quarto do porão, como cheguei aqui ou quem me trouxe eu não sei, eu vestia uma camiseta que deveria ser do Henrique e nada mais, em um canto do quarto estava o meu vestido e as minhas roupas íntimas, eu estava com dor pelo corpo todo e minha cabeça doía muito mais. Com muita dificuldade, consegui levantar e ir até o banheiro, tomei um banho e consegui vestir um shorts e uma blusa. Ainda estava no banheiro, quando a porta se abriu.

- Camila? - A voz do Diogo soou pelo quarto. Eu andei até a porta e abri ela, aparecendo no quarto. - Aqui eu trouxe comida e remédio. - Ele diz deixando a bandeja e a sacola de remédio encima da mesa, e logo depois digita o código e vejo que tem o número 2 também. Agora falta só mais 3 números, e estou decidida a fugir desse inferno antes que eles me matem.

Sentei na cadeira e comi , só aí fui perceber o quanto estava com fome, tomei remédio para dores e voltei a deitar na cama, meu corpo estava muito cansado, mas o barulho lá fora não deixava eu dormir, era barulho de vozes, de carros, de bichos, era barulho de tudo e mais um pouco.

Eu tinha adormecido e acordei com alguém abrindo a porta, era o mesmo cara de ontem a noite que me violentou, ele abriu a porta e uma senhora baixinha entrou, segurando a bandeja de comida, deixou encima da mesa , enquanto isso o tal Mane não parava de me encarar com uma cara super maliciosa.

- Você está bem querida? - A senhora me perguntou, ela era baixinha, não conseguia ver as cores do seu cabelo, pois usava touca , tinha uma voz super doce.

- Sim. - Digo balançando a cabeça.

- Anda dona Zilma, não tenho o tempo todo. -Disse Mane na porta.

Ela me olha com um olhar de pena e de medo. E sai pela porta e a porta se bate, e mais uma vez estou sozinha aqui, nesse quarto escuro e gelado.

E agora que o arrependimento de não ter tomado a maldita pílula me bateu, se uma criança sobreviver a todas essas surras que eu estou levando seria um milagre de Deus.

Tento ficar de pé na cama e espiar pela pequena janela que tem em cima da cama, como sou baixinha nas pontas do pé e com muita dor, consigo enxergar eu consigo enxergar uma porteira branca que dá para a mata / floresta , não consigo ver muita coisa porque estou com muita dor, e volto a deitar na cama, fico encarando a câmera por alguns minutos e fico pensando será que ele está me vendo? Será que ele não sente um pingo de pena ? E o que o meu pai fez para ele ter tanta raiva dele e descontar em mim?

E eu cheguei a uma conclusão ou eu fico sentada esperando o dia dele me matar ou eu tento fugir desse lugar horrível.

CAH NARRANDO

Hoje faz dois dias que o Henrique não aparece aqui, e eu agradeço por isso. Hoje já acordei melhor, não sinto mais tanta dor e os roxos do meu corpo sumiram, está tudo muito calmo para o meu gosto.

A senhorinha da aquele dia, vem todos os dias me trazer comida acompanhada do Mane, que toda vez fica me encarando, e isso me dar muito medo.

Meus pesadelos vem só aumentando, e toda noite acordo assustada , a sensação de estar sendo observada o tempo todo por ele através das câmeras está me deixando louca, e talvez seja isso que ele queira, me enlouquecer a cada dia que passa.

A Marina também sumiu e o Diogo também, não apareceram mais por aqui.

No canto do quarto estava a sacola que a Marina me deu e lá tinha uma agenda , e para passar o tempo comecei a escrever os meus momentos aqui, minhas angústias e o meu medo, depois de escrever escondia o caderno atrás da pia do banheiro, lá não tinha banheiro e o Henrique e nem outra pessoa ia conseguir achar ele, lá eu estava escrevendo como me sentia em cada minuto desde que eu fui sequestrada, e não ia ser legal se alguém achasse isso.

A cada hora que passava eu sentia mais alívio por ele não aparecer aqui, mas sabia que uma hora essa tranquilidade iria acabar.

Estou deitada na cama olhando para o teto, quando escuto vozes do outro lado da parede , fico nas pontas do pé encima da cama para tentar ver através da janela, e consigo ver Diogo, Mane, Marina e mais dois seguranças discutindo alguma coisa, mas não conseguia houvir direito o que era.

- Escutando a conversa alheia Camila- Sinto a porta se abrir e a voz dele. Caiu em segundos encima da cama com o susto que eu levei.

- Desculpa. - Resmungo .

- Você é muito curiosa. - Ele diz entrando e fechando a porta. - Preciso te mostrar uma coisa. - Ele diz calmo e sentando na minha frente. - Essa é sua amiga Mah, certo? - Ele diz e eu assenti com a cabeça - Tá vendo esse cara aqui na foto com ela? - ele me olha e eu assinto. - Ele é meu capanga, se você não fizer direitinho o que eu te pedir agora, ela morre. Você entendeu? - Ele diz me encarando, e aí que eu lembro, dela com o meu ex, que ela traiu a minha confiança, que eu só fui para aquele jardim porque vi a cena dela com ele.

- ela é uma desgraçada. -Penso alto e ele me olha com um olhar assustado, estranhando o que eu falei.

- O que? - Ele pergunta me olhando.

- Eu eu entendi.

- Você vai ligar para o seu pai e vai dizer exatamente o que tá escrito nesse papel, caso ao contrário, ela vai morrer por sua culpa. E por mais desgraçada que você ache que ela é, você não quer ninguém morrendo por causa de você, certo? - Ele diz me entregando o papel. - E não ache que o papai vai conseguir rastrear essa localização aqui. - Ele diz pegando um outro celular e digitando um número e me entregando o telefone. A ligação começa a chamar e eu fico em desespero.

- Alô. - Meu pai atende.

- Sou eu Pai.

- Filha? - Meu pai diz no outro lado da linha. - Você está bem? Eles te machucaram? Você está ferida? Me diz a onde você está?

- Pai, eles vão me matar, e a culpa é sua, a culpa é sua. - Estava falando conforme estava no papel.

- Filha isso não era para estar acontecendo com você. - Ele diz chorando na outra linha.

- Eu te odeio pai, te odeio. - Digo, e Henrique pega o celular e desliga a ligação.

- Parabéns, a sua amiga vai continuar viva. - Ele diz se levantando.

Porque ela é uma desgraçada? - Ele me pergunta parecendo interessado na resposta.

- Nada não. - Digo tentando fugir.

- Você está melhor? - Ele diz me olhando, por um segundo achei que ele poderia estar preocupado comigo.

- Ironia você perguntar isso né?

-Não ache que estou sendo legal com você não. Porque Porque a minha vontade é te dar um tiro no meio dessa sua cara agora mesmo.

- E porque me mantém viva então? - cala a boca camila, você é louca .

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