A VINGANÇA | romance Capítulo 24

Camila narrando

- Estamos chegando chef. - Mané diz para Henrique.

Henrique pega seu telefone e faz uma ligação.

- Estamos chegando. - Ele fala no telefone. - Está com a encomenda ai? E ela veio?- Ele fala me olhando . - Ótimo. -Ele diz desligando o telefone.

Estavamos chegando em um lugar bem diferente à uma pista de aeroporto, era um lugar cheio de campos, com alguns galpões, e no final tinha uma pista de vôo, conserteza era uma pista clandestina. O carro para em um grande portão e logo o portão se abre, tinha seguranças por toda a parte. O carro anda mais um pouco e entra dentro de um galpão enorme que tinha um avião parado, tinha uma movimentação ali e alguns homens conversando, e um deles me chamou atenção, era Gregory o pai da Mah e sócio do meu pai, ao seu lado estava Tuio aquele que fazia a minha segurança, o moreno que eu beijei na festa que eu não sabia o nome, e o cara que estava na foto com a Mah que o Henrique me mostrou , na aquele momento eu comecei a ligar os pontos.

Foi tudo planejado, a festa na casa da Mah, a insistência da Mah em que eu pedisse para o meu pai que me liberasse os seguranças, Gregory ajudou Henriqur a me sequestrar, ele planejou tudo isso junto com o Henrique. E conserteza a Mah estava junto nessa, ela roubou meu ex namorado, ajudou esses bandidos de merda a me sequestrar, ela é uma merda, uma cobra.

- Estou vendo que já reconheceu eles. - Henrique diz me olhando , e eu encaro ele.

- Ela também sabia? - Digo me referindo a Mah, e ele entendeu que era dela de quem eu estava falando.

- Sim. -Ele diz seco e grosso.

-Desgraçada mais uma vez. - Murmurro baixo. E ele abre uma risada de leve.

E ai eu tinha entendido que ela estava no meio de tudo isso, ela que sempre dizia que era minha amiga, crescemos juntos, ela deve ter puchado esse caráter do pai dela, que também sempre fingiu ser melhor amigo do meu pai, sócio nas empresas, e entregou a filha do seu melhor amigo para um monstro.

- Diogo leva ela para o avião e amarra ela para que ela não tente fugir de novo. - Ele diz saindo do carro, cumprimentando eles que estavam no lado de fora e todos entraram em uma sala.

Olhei para Diogo que observava, enquanto eu observava eles. Diogo pega uma corda e amarra as minhas mãos, me tira do carro e me leva para dentro do avião, me coloca na ultima poltrona do avião, eu sento, e ele passa o cinto, e o tranca que nem o do carro.

-Você está confortavel? - Ele me pergunta.

-Eu pareço confortavel ?

- Ajuda ai Camila. - Ele diz.

- Está tudo certo. - Digo e ele assente e vira as costas, a cortina da minha janela estava entre aberta e eu conseguia ver la fora, Diogo estava parado na entrada do avião, deveria estar fazendo a segurança caso eu conseguisse me soltar das cordas e do cinto, algo impossivel de acontecer.

Vi quando eles sairam da tal sala, e a desgraçada estava junto, a Mah ou melhor a Marisa saiu da sala junto, ela veio em direção ao avião, e Diogo a parou ali, ela fez sinal para Henrique que concordou com a cabeça, fazendo ele deixar ela entrar.

Senti o barulho do seu salto vindo em minha direção.

- Olha olha, se não é a Camila aqui. -Ela diz parando na minha frente.

- Porque você fez isso comigo? -Eu digo encarando ela. Ela solta uma risada.

- Vamos ver. - Ela diz sentando na minha frente. - Camila rainha do baile, Camila a aluna mais bonita, Camila a aluna mais estudiosa. - Ela diz parecendo furiosa, ela pega no meu rosto com força. - Camila à que todos os garotos achavam gostosa. -Ela diz apertando cada vez mais. - Porque sempre antes de mim VINHA A PORRA DA CAMILA. - Ela diz empurrando a minha cabeça para trás.

-Você ta louca Marisa. Nós sempre fomos amigas.- Eu digo no meio de soluços.

- Amigas? Eu sempre perdi tudo para você. - Ela diz me dando um tapa na cara. - Você era para estar morta. Quando o meu pai pediu para eu participar dessa porra toda, eu vi nisso a minha chance de se livrar de você. - Ela diz agora me dando um soco no rosto, como eu estava amarrada e presa no assento eu não conseguia me defender e estava a mercê dessa maluca.

'- Você fez tudo isso por inveja. - Eu digo deixando as lagrimas sairem.

- Você sempre mole em Camila. - Ela diz puchando os meus cabelos para trás. - Se não fosse esse monstrinho você está esperando você já estava morta e eu livre de você. - Ela diz puchando mais forte o meu cabelo.

-Você é nojenta. - Eu digo e ela bate a minha cabeça contra a poltrona, me deixando zonza.

- Cala a sua boca sua idiota. - Ela diz me dando mais um soco na boca. - Quando tiver perto dessa criança nascer eu quero ir para Paris só para ver de camarote a sua morte. - Ela diz passando a mão na minha barriga, eu tento me mecher mas eu estava imóvel. - E depois, eu conquisto o Henrique e mando essa criança para um internato. - Ela diz empurrando a mão na minha barriga, e me fazendo sentir uma dor.

- Para por favor. - Eu pesso em clamor à minha filha.

Ela tira a sua mão da minha barriga e me da mais dois socos na minha cara, sinto que o canto da minha boca cortou, e está escorrendo sangue, estava um pouco tonta.

- Chega Marisa. - Escuto a voz de Henrique , e vejo que ele estava segurando a mão dela, já que ela estava pronta para me dar mais um soco.

- Eu já terminei por aqui mesmo. -Ela disse saindo sem nem olhar para trás.

Ele me olhou de cima à baixo, e saiu também. Logo Diogo apareceu.

- Oque ela fez com você? - Ele chegou perto de mim perguntando. - Camila você está bem? -Ele disse pegando um pouco de papel e limpando a minha boca.

- Você me da um copo de água. - Pergunto baixinho. - Estou me sentindo um pouco tonta.

Ele desamarra as minhas mãos e me da um copo de água.

- Eu já volto. - Ele diz e eu apenas assenti com a cabeça. Vi pela janela que ele estava falando alguma coisa com Henrique, mas não vi a Marisa e nem Gregory mais.

Depois eles entraram e ficam em outros bancos mais para frente.

Eu estava lá atrás sozinha no avião, enquanto eles estavam todos sentados mais para frente. O avião já tinha decolado,e do nada, uma tontura me bateu com muita força, a minha cabeça comecou a girar , e uma tosse muito forte começou, eu estava sem ar .

- Camila. - Escuto algumas vozes envolta em mim. - Camila.. - as vozes ficaram mais distante e mais distante.. Alguém coloca sal na minha boca e aos poucos vou recuperando os sentidos, quando olho para a minha frente esta Marina, e mais Henrique, Diogo , Mané , Clau e mais 2 homens me olhando.

- Você está melhor ? - Marina pergunta me dando um copo de água.

- Minha cabeça está doendo de mais. - Falo ainda zonza. - Eu preciso vomitar. - Digo colocando a mão na barriga. - Eles abrem meu cinto e apontam para a onde é o banheiro, saio correndo, Marina vem atrás .

- Calma Camila, está tudo bem. - Ela diz abrindo a porta do banheiro, eu estava colocando tudo para fora, e no meio de tudo, ainda estava com falta de ar e tonta. Eu tinha sujado a minha camiseta inteira.

- Henrique me vê o seu casaco. -Marina diz na porta do banheiro, ela me ajusa a tirar a minha blusa, e a me limpar.

-Obrigada. -Digo por fim depois da discussão.

O avião desceu muito rapido me causando um frio na barriga e o agito da Ana. Eu coloquei a mão na barriga, para ver se ela se aquetava mas de nada adiantava, ela estava com a corda toda, e eu sabia que isso era resultado da agonia, nervosismo que passei nesses dois ultimos dias.

O avião já havia pousado e eles estavam se arrumando para descer.

- O carro já está chegando. - Diogo disse.

- Eu preciso ir no banheiro. -Falo para eles.

-Vai lá. - Henrique diz e eu assinto com a cabeça.

Vou até o banheiro fasso as minhas necessidades e aproveito para arrumar o meu cabelo que estava horrivel,prendo ele melhor, e lavo o meu rosto. Me olho no espelho ,e vejo que estou acabada, tinha umas partes roxas no meu rosto por causa dos socos da desgraçada, estava com espinha, se fosse em outras épocas eu já tinha surtado.

Descemos do avião e fomos direto para o carro, agora descemos em um aeroporto, a agitação de pessoas, vários aviões decolando e pousando, e tudo que estava escrito era em Francês, então já estavamos em Paris.

Todos quietos dentro do carro, tinha o nosso e mais cinco com seguranças. Meus pais não viajavam muito comigo, eu nunca tinha vindo a Paris. E era uma cidade realmente maravilhosa .

Chegamos em um prédio muito bonito, com apenas um sinal do motorista o portão é aberto, por dentro era maravilhoso. Fomos até o estacionamento , eles entraram em uma area que dizia " Reservado ao senhor Huner" que seria o Henrique, Henrique Huner. Ele era muito importante tanto aqui, quanto no Brasil. Estacionaram todos os carros nessa área "vip", todos desceram e Diogo me tirou do carro, fomos até um elevador que estava nessa area " vip" .

O elevador abriu no que parecia ser o último andar do prédio , saimos em um corredor não muito grande que tinha apenas duas portas.

- Levem ela para o quarto da frente. - Ele diz para qualquer um dos seguranças. Pelo menos não era o quarto do porão, ou o quarto escuto, ou que fosse que ele já mandou eu ir.

-Ok. -Um segurança diz, eles abrem a porta. -Vamos moça. - O segurança fala e eu sigo, entramos dentro do apartamento e já dobramos para um corredor que era bem bonito, e tinha muitas portas, a última ele abriu.

- Entra ai. -Ele disse , eu entrei e ele saiu e trancou a porta.

O quarto era enorme, tinha duas portas que acreditava ser do closet e do banheiro, e tinha uma porta de vidro com uma cortina. As paredes eram pintadas de brancas com alguns detalhes em dourado. Andei até essa porta e puchei a cortina um pouco, a vista era maravilhosa e dava para ver a Torre Eiffel.

- É linda a vista. -Escuto a voz dele entrando no quarto.

- Sim. - Digo olhando que ele estava colocando a sua pasta encima de uma cadeira. -Você vai dormir aqui?

-Aqui é o meu quarto. Os outros estão ocupado. - Ele diz indo para o closet.

Eu continuei parada ali por um minuto, vendo à vista maravilhosa. E pedindo mentalmente para que ele não me machucasse, para que ele pensasse na nossa filha.

- Amanhã de manhã vou te levar no medico. - Ele diz saindo do closet só de bermuda. - Para fazer alguns exames e ver a bebê. - Ele para na minha frente e eu continuo encarando ele, porra de homem gostoso de mais.

- Ok. - Digo afastando esses pensamentos da minha cabeça, ele solta uma risada de leve, ele teve que cuidar para nao tropeçar na poça da minha baba.

-Tem roupas suas no closet. - ele diz indo em direção a porta. -Se você quiser tomar um banho,vou mandar trazer algo para você comer.-Ele diz e eu assinto com a cabeça, ele sai e tranca a porta.