A VINGANÇA | romance Capítulo 32

Cah narrando

- Anda acorda - Sinto a voz de um homem - Vamos menina - Eu abro os olhos e dou de cara com um cara alto na minha frente o mesmo que estava no banheiro ontem. - Vou te desamarrar , mas não se anima não - Ele fala desamarrando as minhas mãos. - A porta abre com digital, e eu ficarei aqui o tempo todo de olho em você. - Ele diz sério, ele era alto moreno, dos olhos verdes, ele era bem bonito. Ele tira o pano que estava na minha boca. - Você deve querer usar o banheiro, fica ali - Ele aponta para uma porta e eu assinto. Levanto com alguma dificuldade e vou até lá , sentia os olhos dele encima de mim o tempo todo.

Então no banheiro fasso minhas necessidades, lavo o meu rosto, estava tão nervosa com o que podia acontecer.

- Vai ficar tudo bem - Eu disse sussurrando passando a mão pela minha barriga e Ana chutou de volta.

Voltei para o quarto e o cara estava lá como ele disse , sentei na cama e fiquei ali olhando para o teto.

- Aqui está o seu café - Ele diz colocando uma bandeja com algumas coisas encima da mesa.

- Obrigada - Digo em um sussurro e ele me olha espantado, deve ser pelo fato de eu ter dito obrigado à um sequestrador.

Eu estava morrendo de fome mal tinha comido no jantar, e depois só agora, que já deve ser noite novamente. Tinha um sanduíche de peito de Peru com queijo, Marisa sabia que eu odiava sanduíche desse sabor, e um suco de goiaba que eu também odiava só o gosto. Mas com a fome que eu estava, não iria ter saída, eu iria ter que comer.

Era noite e estava muito frio, o cara ainda estava ali sentado no quarto me encarando, e eu encarava qualquer coisa do que ele, mas nossos olhares se encontravam.

- O que ela vai fazer comigo? - Eu pergunto para ele que deu risada.

Mas não me respondeu nada e isso me deixava mais tensa. Minha barriga ficava dura por alguns minutos e depois voltava ao normal, mas não tinha nada de dor. Eu não sei o que era pior nesse momento, o meu nervosismo ou o frio que eu estava sentindo.

Eu estava encolhida sentada na cama , perdida em meus pensamentos.

-Toma - O cara me estende uma coberta e eu fico olhando com receio de pegar . - Você vai pegar ou vai querer passar frio - Ele diz e eu pego a coberta e me enrolo nela.

- Obrigada - Digo para ele que vira as costas e sai do quarto.

Eu pensei que o inferno tinha acabado mas vi que estava só começando.

Henrique onn

- E é isso Osvaldo. - Eu digo olhando para ele. - Precisamos entregar o posto para ele, e eu tenho que casar com Marisa para Camila ficar viva. - Eu digo e ele continuava me encarar pensativo.

- Então vamos fazer isso - Ele fala me dando um alívio - Se é isso que precisamos fazer para ela ficar viva eu vou fazer, não posso perder ela mais uma vez. - Ele diz por fim.

Liguei para Gregory e concordei com todas as suas condições, ele apenas falou que ligaria de volta , não me deu resposta, cheguei a conclusão que ele queria me enlouquecer.

- E O plano Henrique? - Diogo pergunta

- Vamos ter que esperar um pouco - Henrique fala - A condição de Gregory e só liberar Camila quando a criança desmamar , então um passo em falso ela ainda vai estar na mira dele. - Eu digo tomando um pouco do vinho.

- Mas você vai esperar até desmamar? São 6 meses Henrique - Marina diz

- Não, um mês no máximo. - Eu falo - Mas não posso aceitar as condições dele e já matar os dois, eles tem aliado que matariam a Camila na mesma hora. - Eu digo

-Tá certo, tem que ser algo bem pensado. - Ele fala.

Ligação on

Meu telefone toca e é Gregory.

- Alô. - Eu digo

- Negócio fechado - Gregory fala

- So que eu tenho uma condição - Eu digo

- Qual?

- A Camila precisa ir para um hospital até essa criança nascer - Eu digo

- Ok. - Ele fala - Mas meus homens vão estar lá com ela .

- Sem problemas - Eu falo - Mas ela tem que ter essa criança em um hospital. - Eu digo

- Ela vai hoje mesmo. - Ele fala e desliga o telefone.

Ligação off

- Ele aceitou? - Marina fala

E eu assinto com a cabeça, pelo menos o parto ela iria ter que ter em um hospital e não em um buraco qualquer. Ela vai me odiar quando ficar sabendo disso tudo, até ela ficar sabendo toda toda a verdade vai ser difícil para ela.

Camila narrando

Estava com algumas dores fracas de baixo da barriga, e aquilo estava me incomodando muito, eu me mechia para um lado e para o outro e nenhuma posição era boa suficiente. Escuto a porta se abrir e era ele novamente , o capanga "gatinho" já que eu não sabia o nome dele.

- Aqui está o seu almoço - Ele fala colocando a bandeja na cama. Eu já estava a dois dias nesse inferno, mas Marisa e nem Gregory apareceram mais aqui. O almoço era camarão com pene ao molho do que parecia ervas finas. - Você não gosta ? - Ele disse me olhando deve ter percebido a careta que eu fiz.

- Eu não posso comer isso. - Eu digo entregando para ele a bandeja. - Eu tenho alergia a camarão e a ervas finas. - Eu falo e ele pega a bandeja da minha mão.

- E você vai ficar sem comer? - Ele fala me olhando. - Você já está sem o café da manhã, e agora vai ficar sem o almoço? - Ele parecia meio preocupado.

- Se eu comer isso é capaz de eu morrer - Eu digo para ele, que vira as costas e sai do quarto.

A intenção de Marisa realmente era me torturar , desde que eu cheguei aqui ninguém me mandou água, apenas suco de goiaba que eu odiava e não conseguia tomar, ontem apenas o café da tarde eu ganhei e hoje ela me manda algo que eu tenho alergia.

Já parecia estar anoitecendo de novo, meu estômago doía muito de tanta fome que eu estava, estava ficando tonta de fome e sede.

O capanga gatinho entra pela porta , ele desde que saiu na hora do almoço não tinha voltado, eu não o olhei, mas senti que ele estava vindo em minha direção.

- Come aí - Ele diz me jogando uma sacola - Ninguém pode saber - Ele fala me olhando eu pego a sacola e abro e tinha uma coxinha e um pastel e uma garrafa de água. - É melhor você ir comer no banheiro antes que alguém entre aqui. - Ele fala e eu assinto, entro no banheiro e tranco a porta , me sento no vaso e começo a comer, estava com tanta mas com tanta fome, que parecia uma morta de fome comendo.

Joguei toda a sujeira no vaso e puxei a descarga,escondi a garrafa de água em baixo da pia.

- Obrigada. - Digo para ele assim que sai do banheiro, ele estava sentado na mesma posição. Ele assente com a cabeça e eu sento na cama de volta.

- Quanto tempo você está? - Ele pergunta

- 39 semanas e 5 dias - Eu digo e ele arregala o olho

- Esta quase nascendo mesmo - Ele fala

- É. - Eu digo . - Como é seu nome? - Eu pergunto a ele que me olha.

- Guilherme - Ele fala. E eu assinto. - E o seu? - Ele pergunta

- A..a Camila. - Digo estranhando o fato dele não saber o meu nome .

- Porque você fez isso? - Pergunto à ele.

- Você está grávida - Ele disse apontando para a minha barriga. - E eu sei que você não deve ter feito nada para esta aqui - Ele diz. - É uma menina?

- SIM. - Eu balanço a cabeça em sinal de positivo.

Depois disso ele não falou mais nada e fechou a cara. Ele parecia ser até legal, mas todos parecem.

Alguém bate na porta e Guilherme abre a porta e era Marisa, ela entra com um sorriso vitorioso na cara e ao seu lado estava Henrique, o que me faz arregalar os olhos na mesma hora.

- Olá Camila - Marisa diz parando no quarto com o Henrique ao seu lado, que estava com uma cara fechada.

- Vocês dois? - Eu falo apontando para eles

- É isso mesmo - Ela disse - Nós vamos se casar - Ela fala rindo - E criar a sua filha.

- Mas não se preocupa Camila, você será liberada - Henrique fala me fazendo olhar para ele

- Sem a minha filha? - Eu digo o olhando

- Você vai ter sorte de sair viva - Marisa fala

- Você vai ficar com ela até ela desmamar do peito, e depois você some - Ele fala me encarando e eu o fuzilo

- Você é um cretino Henrique - Eu digo o fuzilando - Eu te odeio

- Eu nunca te amei - Ele fala agora me olhando - Eu mudei porque descobri que você era a filha de Osvaldo, mas agora com ele morto, eu não preciso mais de você. - Ele fala me olhando e Marisa ria

- Dessa vez você perdeu Camila - Marisa disse rindo muito.

Eu levanto e dou um tapa na cara de Henrique

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