A VINGANÇA | romance Capítulo 45

Cah narrando

4 meses depois.

- Filha - Gabriela diz assim que me vê - Pensei que você não iria vir mais .

- Só me atrasei um pouco arrumando a Ana - eu digo

- Vamos almoçar? - Ela fala e eu assinto - a onde você quer ir ? - ela diz dando um beijo em Ana.

- Tem o Madero na rua de cima, o que você acha ? - Eu falo

- Adoro aquele lugar - ela diz - Viviane vou almoçar com a minha filha, qualquer coisa me liga - Ela fala para a moça que está arrumando umas partileiras de bolsas.

Nesses quatro meses eu vivi para mim e para Ana, disse a Henrique e Guilherme para seguir à vida deles, e eles no final concordaram com a minha decisão. Henrique estava bem distante de mim, mas com Ana ele era muito presente, ele era um ótimo pai, e eu e Guilherme viramos ótimos amigos e ele era padrinho da Ana junto com a Cindy, Cindy e R começaram a namorar faz 3 meses e eu estava muito felizes por ele.

-Filha eu vou ter que ir viajar - ela fala - e queria que você cuidasse da loja para mim por uma semana - Ela fala

- Não sei se consigo, mas posso tentar - eu falo para ela.

- Você consegue sim e Viviane vai estar ali para te ajudar - Ela fala e eu assinto.

- Aquele lá é o Henrique - eu digo para Gabriela vendo ele entrar no restaurante da frente com uma moça loira alta e bem bonita aliás - Será que é namorada dele?

- Não sei - ela fala - mas ela é bonita.

- Bem bonita mesmo - Eu digo

Eles estavam conversando algo e sorrindo um para o outro. Ele não tinha me falado nada e muito menos Marina que ele estava namorando com alguem. Mas isso não era do meu interesse e não sei nem porque estou me importando com isso.

- Esta tudo bem querida? - Gabriela pergunta depois que fiquei cuidando os movimentos deles até entrarem no restaurante. - Você gosta dele não é?

- Não - eu digo - nos nunca daria certo. - eu falo rápido.

- Filha - Ela fala - eu te conheço muito bem para saber que você gosta dele.

Não eu não gosto dele falo para mim mentalmente. Era apenas síndrome de Estocolmo .

- Mãe está tudo bem - eu digo - todos nós temos que seguir a nossa vida e fico feliz que esteja conseguindo - eu digo forçando um sorriso.

Continuamos ali mais uma hora conversando sobre tudo, eu sempre gostei muito de conversar com Gabriela, porque ela sempre me houvia e me dava conselhos maravilhosos.

- E aquele delegado que você conheceu? - Ela pergunta , ela estava perguntando de Paulo eu conheci ele há 2 meses atrás e ficamos por algumas semanas , mas não foi para frente, até porque Henrique e todos até Osvaldo surtaria se eu arrumar um namorado delegado.

- Não ia dar certo. - eu falo - e outra ele está indo embora para Nova York.

- Você precisa sair mais - ela diz colocando desenho para Ana - conhecer pessoas novas.

- Mãe eu fasso isso todo final de semana com as meninas - eu digo, Cindy e Manu tinham um pique, queriam sair todo sábado para balada e festa e como sábado era dia de Henrique ficar com Ana , elas me convencia a ir sempre. - Mãe eu estou muito bem , não precisa se preocupar - eu sorrio para ela - você viaja quando?

- Segunda que vem - ela fala, hoje era quarta ainda tinha alguns dias.

- Vou cuidar muito bem da loja e quem sabe você não queira uma sócia - digo rindo para ela e ela rir também.

Gabriela pagou a conta e quando saímos do restaurante, Henrique e a moça loira falsa oxigenada também saíram do restaurante da frente, eu o encarei e ele me encarou também por alguns segundos, até desviar sua atenção novamente para ela, eles riram e foram em direção ao seu carro, eles pareciam estar muito á vontade. Eu virei e fomos a direção ao contrária deles , e quase voeei com o carrinho e Gabriela corria atrás de mim, vai que ele fosse inventar de me apresentar ela, era melhor não.

- Viviane - Gabriela chama a moça que trabalha com ela assim que chegamos.

- Essa bolsa tá maravilhosa - Eu digo assim que vejo a bolsa da Chanel.

- Viviane a Camila vai ficar aqui responsável pela loja semana que vem enquanto eu estiver viajando - Ela fala para a moça .

- Oi - eu digo para ela sorrindo - Espero que eu consiga.

- É super fácil Camila - Ela diz - Não tem mistério.

- Você gostou da bolsa filha ? - Gabriela fala

- Ela é linda , mas muito cara . - eu falo olhando o valor - não tenho coragem de sair na rua com uma bolsa desse preço.

- Essa é uma bolsa classic da Chanel - Viviane fala

- Mas 30mil? - eu digo arregalando os olhos - pago 200,00 numa réplica.

- Camila - minha mãe me reeprende - ainda que não tem cliente na loja agora.

Eu dou risada dela.

- Vou indo - eu digo - depois se falamos - dou um beijo na minha mãe e dou tchau para Viviane.

Ana dorme no caminho até em casa , chego em casa e coloco ela no seu berço e vou tomar um banho, aproveitar , porque depois que ela acorda eu não consigo fazer mais nada.

De baixo do chuveiro a cena do Henrique com aquela lá vem na minha cabeça e lágrimas escorrem pelo meu rosto, eu nunca imaginei que eu iria ficar tão mal de ver ele com outra pessoa, logo eu que estava certa que não era apaixonada por ele , que o que eu sentia por ele era apenas devaneio da minha cabeça. E realmente ver ele com outra me machucou muito. Mas agora eu tinha perdido ele para sempre.

Meu telefone toca e seco as minhas mãos para atender e era Gabriela.

- Oi mãe - eu digo

- Você estava chorando? - Ela pergunta

- Estava - eu digo

- Era por causa dele né?

- Era - eu falo - eu o perdi para sempre.

- Calma - ela diz - você tem que conversar com ele.

- Deixa que eu resolvo isso mãe - eu digo - não vou sofrer por ninguém não. Mas fala o que a senhora queria?

- Senhora está no céu Camila - ela diz brava e eu dou risada - você deixou a bolsa da Ana aqui na loja.

- Depois eu busco.

-Tá bom, qualquer coisa me liga - Ela fala

- Ok.

Desligo o telefone e volto a tomar o meu banho. Eu tinha que admitir que eu tinha perdido ele. Quando eu vi os dois juntos parece que eu levei um tapa na cara da realidade e cai totalmente nela, eu estava cega com tudo, queria viver , viver a minha liberdade que esqueci de viver a minha felicidade.

As vezes usar a razão não significa que você é inteligente, a razão nem sempre é a melhor escolha. Temos que escolher oque nos faz feliz.

Eu não posso me culpar pelas minhas escolhas também, eu estava muito confusa, porque na mesma hora que eu tinha Henrique na minha vida eu tinha Guilherme também.

Henrique era um cara frio que aprendeu à amar e á criar sentimentos por mim e pela Ana, ele mudou muito, até o jeito de agir e de falar não só comigo mas com todo mundo, ele era muito impulsivo na maioria das suas atitudes.

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