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A Virgem de Luxo romance Capítulo 11

Subi as escadas correndo, me condenando por estar alguns minutos atrasada. Tentei ir atrás de Belina, mas ela era rápida de mais e parecia realmente ter assuntos sérios para resolver.

Assim que cheguei no quarto andar, já não consegui mais dar um passo e por desistência resolvi chamar o elevador.

Apertei o botão no painel para que ele parasse no andar, batendo os pés no chão por ansiedade. Assim que ele chegou e a porta fechou, pude me sentir mais aliviada, mas para a minha surpresa, quando as portas foram abertas, dei de frente com Arson, que saía do elevador de frente.

—Senhor Schimidth...? - Perguntei surpresa, levando os olhos até ele. Arson não disse nada, apenas se virou me dando de ombros e caminhou até a sala dele, entrando primeiro.

Respirei fundo antes de passar pela porta, sentindo aquele olhar gélido de segundos atrás ainda surtir efeito sobre mim.

Às vezes Arson parecia ser impiedoso e como ele estava sendo bom de mais para mim, eu definitivamente não queria conhecer esse lado dele.

Passei pelo arco da porta, tendo a vista de Arson de costas para mim, com as pontas dos dedos da mão direita apoiados na mesa. Ele parecia estar prestes a me repreender, mas acho que estava se controlando.

—Senhor Schimidth, me desculpa, isso não...- Antes que eu terminasse de falar, Aron se virou para mim, me encarando fixamente.

A feição dele mostrava o descontentamento sobre algo, mas ele não me disse nada, apenas respirou fundo hesitante em me falar.

—Está tudo bem? Quer que eu faça algo pelo senhor? - Perguntei tentando ajudar.

—Sim! Vamos a um lugar! - Falou autoritário, passando por mim. Eu me virei o olhando confusa e então, Arson parou debaixo do arco da porta, me olhando por cima do ombro esquerdo.

—Vai ficar parada ai? Venha comigo! -Disse saindo em seguida. Peguei minha bolsa e me apressei em ir até ele, mas senti meus pés doerem e por isso comecei a mancar.

—O que há de errado com você? - Perguntou Arson, me olhando com o semblante confuso. Dei um sorriso simplista e ajeitei meus pés no salto, ajeitando minha postura em seguida.

—Não é nada, eu só...- Antes que eu terminasse de falar, Arson olhou para os dois lados e enfim a porta do elevador se abriu. Assim que entramos juntos, ele teve a certeza de que ninguém nos observava e se abaixou tocando em meu pé direito.

—O que está fazendo? - Perguntei e então, Arson tirou o sapato do meu pé, alisando em seguida o machucado que havia se formado na parte de trás.

—Você tem algum band-aid com você? - Perguntou levando o olhar até mim.

Senti naquele momento, uma onda fria percorrer meu corpo. Como aquele homem poderia ser ainda solteiro?

—Hã? Ah, tenho sim! -Abri minha bolsa tirando uma caixinha intacta de curativos. Como eu teria que o perseguir, não poderia deixar de ter esse tipo de coisa na minha bolsa.

Entreguei para Arson vendo-o ainda manter meu pé suspenso, enquanto ele abria o curativo no dente. Aquela cena me deixou sem ar, ele era muito sedutor.

Eu me perguntei algumas vezes sobre nunca sentir atração por homem nenhum até conhecer "X" e ele. Eu sempre via algumas coisas em comum em relação aos dois e aquilo me deixava comovida.

—Lavine? Lavine, quer me dizer algo? - Perguntou me fazendo voltar aos meus sentidos; minha mão estava tocando o rosto de Arson e quando percebi, puxei minha mão com tudo o vendo se levantar e vir direto até mim.

Arson esticou a mão fazendo com que a porta do elevador não se abrisse e maneou a cabeça me fitando diretamente.

—Você é uma mulher interessante, sabia? Eu não tenho um dia tedioso se quer desde que te conheci. - Falou se aproximando de mim, me deixando nervosa.

Eu não sentia como se estivesse sendo assediada com ele, parecia diferente. Arson me passava conforto e confiança e não digo financeiramente e sim, porque parecia que eu já o conhecia e a muito tempo.

—Eu... me desculpa! -Pedi tentando me recompor.

—Não tem medo de mim? - Perguntou Arson se mantendo a milímetros de distância dos meus lábios.

—Era para ter? - Perguntei com a voz baixa e fraca, notando um sorriso no canto dos lábios de Arson, que arqueou uma sobrancelha se afastando.

—Sim, não só de mim, mas de qualquer outro homem que se aproximar. Você merece uma pessoa descente! - Respondeu batendo no painel do elevador, fazendo a porta ser aberta em seguida.

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