A Virgem de Luxo romance Capítulo 2

—Desculpa, isso não está em negociação. - Falei me afastando dele, me levantando em seguida.

"X" se levantou apressadamente e veio até mim segurando meu braço, mas sem muita força.

— "Angel" porquê não analisa minha proposta antes de me recusar? Tenho certeza de que não haverá uma outra oportunidade. - Disse ele me olhando com um semblante sério.

—Senhor, não quero arrumar problemas. Quando me pediu para ser uma acompanhante fixa, sabia que meu corpo não seria uma opção negociável. - Respondi me desfazendo do contato, dando um passo para trás.

—Você sabe quem eu sou e o que posso fazer por você? Posso melhorar a sua vida e também posso destruí-la. Tem certeza de que não irá mudar de ideia? A final, parece que está aqui por dinheiro como as outras.

Assim que ele disse aquilo, juntei meus punhos com força e o encarei enfurecida. Eu não imaginava que por de trás de tanta beleza também havia um enorme ego "inflado".

—Senhor "X" acredito que não veio aqui para beber. Caso queira cancelar nosso acordo pode dirigir-se até a Senhorita Morgan e fazer uma reclamação, porque eu não cederei à você tão facilmente. - Falei me retirando do quarto VIP apressada, seguindo em seguinte para onde as "funcionárias" guardavam suas coisas.

Assim que passei pelo arco da porta e adentrei o quarto, Belina estava sentada na cama amarrando os tênis. Essa era a única pessoa com quem eu me sentia a vontade nesse lugar.

Ela me ensinou sobre tudo por aqui desde que cheguei nesse lugar e agora, somos as funcionárias que está a mais tempo no PUB.

—E aí, comemorou seu "um ano" de casa com o "todo poderoso"? - Perguntou Bel com um sorriso nos lábios. Ela levantou o corpo e me encarou um pouco confusa, me observando ir até ela.

—Não e quem se importa? Eu não era a acompanhante dele antes, lembra? - Respondi desanimada, me deitando na cama.

Belina se deitou ao meu lado e respiro fundo, se virando para me olhar.

—O quê? Ele te pediu aquilo e por isso está assim? - Perguntou ela como se tivesse uma bola de cristal.

—Como sabe? - Respondi com outra pergunta a vendo sorrir. Belina se sentou e segurou minhas mãos sem desmanchar o sorriso.

—Lavine, estou aqui a quase dois. Já ví garotas saírem, outras entrarem e nem todas permanecer, assustadas com esse tipo de coisa. Sabe o que muda nas que não ficaram por que ouviram isso? - Perguntou Bel me olhando fixamente, mas com ternura.

—O quê? -Respondi confusa.

—Nenhuma delas foram para um quarto com o "X". -Respondeu sorrindente, me fazendo desfazer do contato.

—As vezes acho que você tem problemas, sabia Bel? - Perguntei me levantando e indo até o armário de metal para pegar a minha mochila e trocar de roupas.

Me desfiz das peças e coloquei a mesma roupa que usei para ir à faculdade mais cedo; uma calça e uma blusa moletom era praticamente meu "refúgio" para que ninguém notasse no meu corpo.

—Você acha, mas posso te falar uma coisa? Louco é quem não me escuta. Lavine, ele é um homem muito poderoso por aí a fora e talvez o fato dele apenas querer comprar o seu momento, pode fazer com que sua vida mude. - Disse Bel tentando me convencer.

Tirei uma cartela de chicletes de dentro da bolsa e a estendi, vendo-a me encarar com as sobrancelhas vincadas.

—O que é isso? Acha que voltei a fumar? - Perguntou ela me encarando.

—Não só acho como tenho certeza. - Respondi me aproximando para cherar as vestes dela e então a exibi uma careta.

—Garotinha eu não faço mais essas coisas! -Disse Bem sorrindo divertida. —Vamos voltar a falar do "Todo Poderoso", certo?

Ameacei sair e antes que eu passasse pela porta, me virei a olhando sobre o ombro direito.

—Bel eu não penso como você. Quero sair daqui logo e mostrar para todos que nem todo mundo se corrompe por dinheiro. - Respondi dando de costas para ela, mas antes que eu passasse pelo arco da porta, Belina segurou minha mochila me fazendo parar.

—Você pode até querer subir na vida e eu te admiro por isso, mas vai sem a máscara! - Respondeu sorrindo divertida. Eu havia esquecido de tirar a máscara do rosto de tanta pressa para ir embora dali e aquilo me fez rir juntamente com ela.

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