A Virgem de Luxo romance Capítulo 4

Casa Noturna Lux, 16:50 PM...

Eu havia chegado bem antes do que o meu horário de costume e decidi ir até a gerência entregar minha carta de "demissão".

Fui até o quarto das "funcionárias" esperar Belina chegar, eu precisava contar à ela sobre a proposta que havia recebido que mudaria a minha vida. A questão é que, antes mesmo que ela chegasse, o telefone no quarto tocou.

—"Todas estão atendendo." - Respondi assim que tirei o telefone do gancho.

—"Angel? Alguém quer te ver." - Disse o cara que trabalhava na recepção da entrada.

—Eu? Mas eu sou exclusiva e na verdade, não está no dia de ...- Antes mesmo que eu terminasse de falar, fui interrompida.

—"Ele está aqui e pediu para vê-la." - Respondeu o funcionário, desligando a chamada em seguida. Coloquei o telefone no gancho e guardei minha bolsa, indo até ele sem nem mesmo me trocar.

Se eu tivesse que me despedir, aquele seria o momento; na verdade, foi estranho porque parecia até que ele estava adivinhando que eu queria vê-lo.

Caminhei em direção ao quarto VIP, prendendo meus cabelos com um coque, enquanto fazia o percurso. Assim que me aproximei da porta hesitei antes de entrar, mas respirei fundo e dei três batidas, esperando que ele me autorizasse.

—Entre! -Disse ele com a voz firme. Assim que girei a maçaneta e a porta foi aberta, toquei meu rosto percebendo estar sem a máscara.

—Você não vai entrar? -Perguntou ele parecendo estar irritado.

—Me-Desculpe Senhor, esqueci de uma coisa. - Falei notando a porta ser aberta em seguida. Assim que vi o braço dele a abrindo, virei de costas para que ele não visse meu rosto. —Me desculpa, eu já volto.

Antes que eu me afastasse, "X" segurou meu braço e tampou meus olhos me puxando para dentro.

—O seu problema seria eu te ver ou você me reconhecer? - Perguntou ele com a voz tranquila.

—Ambos. -Respondi respirando fundo. Instantes depois, escutei um barulho se algo se rasgando e então, "X" vendou a metade do meu rosto, me virando em seguida para ele.

—Senhor, a sua roupa...- Falei espantada ouvindo-o sorrir.

—Isso é mesmo importante para você? - Perguntou ainda em meio ao sorriso.

—Me desculpa Senhor, mas eu não posso permitir que sofra avarias por minha causa. - Respondi fraca, tendo minha mão segurada.

Ele me guiou até a cama e me sentou, saindo em seguida. Entendi o que ele havia ído fazer quando ouvi o barulho da lata se abrindo.

Estranhei porquê, ele sempre bebia whisky e aquela era a primeira vez que o ouvia abrir uma lata.

Instantes depois, ele estendeu a minha mão e me entregou a bebida me causando espanto.

—E-Eu não bebo! -Respondi o estendendo de volta, ouvindo-o respirar fundo.

—Ao menos encostou na boca para saber o que é? - Perguntou se sentando ao meu lado.

Levei a lata até meus lábios, notando se tratar de uma bebida doce que eu tanto gostava. Sorri e continuei a beber o refrigerante, escutando um sorriso tomar todo o lugar.

—Por quê veio hoje? Não é o seu dia. - Perguntei, dando uma pausa na bebida.

—Seria dia de outro? Até onde sei, você é a minha exclusiva e não tem permissão para encontrar mais ninguém. - Disse ele com um timbre frio. Eu poderia sentir minha pele refrigerar de medo.

—Não foi o que eu quis dizer! -Respondi baixo, com medo de ser repreendida novamente.

—Estou interessado em alguém! -Disse ele me fazendo engasgar. Senti "X" se levantar da cama e instantes depois, ele voltou e secou minha boca. —Você sempre é assim? Parece uma criança quando bebe as coisas.

Aquela frase me deixou confusa, como ele poderia dizer aquilo se era a primeira vez que eu aceitava algo dele?

—Desculpa, apenas fui pega de surpresa. - Respondi tomando o guardanapo das mãos dele e me secando sozinha. —E então? Ela é legal?

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