Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 145

Do lado de Sylvia.

Ela recebeu uma mensagem de Kesia: [Ricardo disse que, depois que nos mudarmos para a Vila Estrelas, ele vai trocar as cortinas do meu quarto por umas com estampas de girassóis.]

Sylvia respondeu: [Então, pode começar a preparar as cortinas.]

Essa ostentação…!

Haha.

Faltavam apenas quatro dias. Como Ricardo sairia dessa?

O herdeiro número um das famílias ricas de Cidade Orozco jogou o próprio nome na lama... que divertido.

...

No hospital.

Ao ver a resposta tão indiferente de Sylvia, um brilho travesso surgiu nos olhos de Kesia.

Justo quando ela ia mandar outra mensagem.

Glenda entrou no quarto.

Kesia rapidamente apagou o que tinha escrito e entregou o celular à enfermeira que estava ao lado: "Obrigada por ajudar."

"Imagina."

A enfermeira pegou o aparelho, sorriu de forma educada para Glenda e saiu.

Glenda, mantendo o sorriso impecável no rosto, perguntou: "E então? Está tudo certo para a mudança para a Vila Estrelas?"

Só de imaginar Kesia finalmente se mudando para aquele lugar, o coração de Glenda transbordava de satisfação.

Nos últimos dias, ela tinha sido alvo das ironias de outras madames, que ousavam dizer que estava sustentando um peso morto.

Que absurdo! A filha adotiva de Glenda, um peso morto?

Ela iria se casar com Ricardo e morar na Vila Estrelas, para calar a boca de todas.

Ao ouvir Glenda mencionar Baía Dourada, Kesia acenou com a cabeça: "Sim, ele até disse que, quando eu me mudar, vai trocar minhas cortinas por umas com estampas de girassóis."

O sorriso de Glenda tornou-se ainda mais radiante.

"Ele realmente se importa com você, Kesia. Precisa valorizar isso no futuro."

Ao ouvir a palavra "futuro", o coração de Kesia deu uma leve reviravolta.

Ela e Ricardo... Será que realmente teriam um futuro juntos?

Esperava que sim… Quando melhorasse, não poderia mais agir de forma impulsiva.

Afinal, era preciso aprender a valorizar a vida.

Muito bem!

Parecia que ela havia subestimado Sylvia.

Inicialmente, Kesia queria que a própria Família Menezes a expulsasse de Cidade Orozco.

Mas agora, a situação havia mudado completamente: a mesada não podia mais ser cortada, o estúdio continuava funcionando, e Sylvia não podia ser mandada embora?

Tudo o que Kesia havia feito até ali tinha sido em vão?

Glenda suspirou profundamente: "Kesia, eu me sinto realmente triste... Como ela pôde ser criada daquele jeito por aquela família?"

"Se ela se tornou assim, o que isso mostra? Que aquela família nunca a amou? Deve ser isso. Por não ter recebido amor, ela se tornou dessa forma, não acha?"

Ao falar daquela família, Glenda parecia tomada pela fúria.

Para ela, se aquela família tivesse cuidado adequadamente de Sylvia, ela teria se tornado doce e gentil, como Kesia.

Não como agora, uma verdadeira fera.

Quando se dizia uma coisa, ela retrucava com dez... E o pior de tudo: Sylvia ainda era violenta.

Pensar que aquela família pudesse ter sido severa ou negligente com Sylvia a deixava indignada.

Mas, ao mesmo tempo, cada vez que a raiva tomava conta de Glenda, ela também se arrependia profundamente de ter trazido Sylvia de volta para sua vida.