Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 365

Sylvia continuou encarando.

Fabio lhe deu um tapinha na cabeça: "Eu lhe dei muito crédito antes?"

Sylvia: "!!!"

Ele não tinha moral alguma e ainda queria dar moral aos outros. Que ideia!

Fabio insistiu: "Responda."

Sylvia bufou, olhando para ele com ainda mais insatisfação.

Quando Fabio viu aquele olhar, ele sabia que ela estava pensando em mordê-lo novamente. Eles haviam crescido juntos, mas ele não sabia que os dentes daquela garota eram tão afiados.

As marcas das mordidas no pescoço e nas costas da mão ainda não haviam cicatrizado, e ainda havia um buraco no pulso.

"Eu lhe disse para responder, você não está ouvindo?"

Ele estava furioso.

No entanto, nos olhos de Sylvia havia um ressentimento que, quando ela olhava para ele, fazia parecer que estava vendo um tolo.

Era óbvio que ameaçá-la daquela maneira não havia funcionado.

Pelo contrário, ela o estava chamando mentalmente de louco.

Porra, se você tiver coragem, xingue com a boca.

Praguejar mentalmente não tinha valor algum.

Fabio bateu com raiva a coronha de sua arma na cabeça de Sylvia: "Eu lhe disse para responder, você não está ouvindo?"

Nesse momento, Sylvia não aguentou mais: "O que você quer que eu diga?"

O que havia para conversar entre eles?

Ele continuava pedindo que ela falasse, mas o que ele realmente queria ouvir?

Fabio continuou: "Eu não disse a você o que dizer?"

Sylvia: "..." - Será que ele havia perdido a cabeça e virado um tolo?

Que idiota!

Ela arregalou os olhos, e Fabio percebeu que ela o estava xingando mentalmente de novo e, com raiva, agarrou seu pescoço.

"Diga-me, por que está me xingando mentalmente?"

Sylvia foi direta: "Acho que você é um pouco idiota?"

Fabio: "..."

Essa garota não tinha medo de morrer?

"Você acredita que eu posso quebrar seu pescoço agora mesmo?"

"Então você teria que morrer comigo."

Sylvia realmente não tinha medo dele.

Se alguém tinha medo de morrer, esse alguém era Fabio, que estava fugindo há tantos anos.

Ele até se escondeu na PAJENA.

Anos atrás, Luana lhe ensinou uma lição... 'Em situações perigosas, não tenha medo de morrer.'

'Quando você tem medo de morrer, não consegue mais ficar calma ou ousar arriscar tudo.'

'Mostrar fraqueza ao inimigo é o momento em que você será completamente controlado.'

Fabio estava visivelmente insatisfeito, mas ainda assim perguntou: "Ok. Maravilhoso. Agora me diga, o Serafim entregou as coisas para o seu irmão?"

Fabio disse a palavra "irmão" com ênfase, como se estivesse lembrando Sylvia de seu relacionamento com Jeferson.

Sylvia lhe lançou um olhar feroz: "Eu não sei."

"Não sou tão corajoso quanto você, que não se importa com sua própria vida. Como posso competir com você?"

Ele estava realmente ficando louco.

Por que mexer com a Sylvia naquele lugar? Bem debaixo do nariz do Jeferson.

Da última vez na Baía Dourada, pelo menos eles conseguiram levar Sylvia diretamente, mas desta vez...

"Então, por que você ainda está aqui e não fugiu?"

Sylvia: "..." Ainda pretendia sequestrá-la?

Fabio olhou para Carlos com um olhar gelado: "Eu tenho que fugir?"

"Não, mas você está mexendo com a Sylvia. Você vai devolvê-la?"

"..."

"Estou lhe avisando, ou ela fica ou eu fico. Ou então fugimos juntos."

Sylvia: "..." - A primeira parte soou um pouco estranha, não foi?

O que ele queria dizer com "ou ela fica ou eu fico"?

Aquela frase deveria ser dita por duas mulheres, não é mesmo?

Antes que Fabio pudesse chutar Carlos, Sylvia se levantou com raiva: "Estou avisando: não vou sair desse barco nem que eu morra."

Fabio: "..."

Carlos: "..."

Os dois ficaram olhando para ela.

Carlos avançou, cerrando os dentes: "Sua pirralha, eu ainda não acertei as contas pelo que você fez com o cachorro! Minha perna quase foi quebrada, e você vai ter que pagar por isso."