Resumo de Capítulo 11 Sophia Becker – Capítulo essencial de Acordei casada por T.Giovanelli
O capítulo Capítulo 11 Sophia Becker é um dos momentos mais intensos da obra Acordei casada, escrita por T.Giovanelli . Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Saí do banheiro triste, Diego não retornou à ligação como eu esperava. Mesmo assim assisti ao filme que já tinha começado pensando nele. “Por que Diego me ligou? Não era uma boa ideia ligar de volta? Não, acho melhor esperar ele ligar de novo.”
Fred assistiu ao filme em silêncio, e pelo jeito estava bem concentrado. Só podia estar pensando em alguma saída para nosso pequeno problema, como disse que faria. Mas se ele estava achando que seria fácil ir para o meu apartamento estava muito enganado. Havia regras, e ele deveria cumpri-las à risca se quisesse ficar comigo até esse acordo terminar ou encontrarmos uma solução melhor.
O filme terminou e logo saímos do cinema falando que valeu a pena, o filme todo foi muito lindo.
— Bom filme, mas o que acham de irmos agora para um restaurante, comer alguma coisa? — Fred perguntou assim que saímos.
— Ótima ideia, Fred! Vai você e a Sophia, afinal, precisamos dormir cedo, vamos embora às seis horas da manhã — explicou minha mãe nos olhando.
— Não, mãe, eu também tenho que acordar cedo.
— Eu quero ir também, mãe — disse Mila me olhando com uma carinha de piedade. Só que conhecendo bem meu pai ele não deixaria.
— Não, Mila! Vamos para casa, e você, Sophia, fica e vai se divertir com seu amigo — respondeu meu pai e percebi que não adiantaria discutir com eles.
Aproveitaria este tempo com Fred, para conversarmos e dar minha resposta e, claro, também estabeleceria algumas regras necessárias para facilitar a convivência. Pois, se ele queria mesmo ficar no meu apartamento, teria que cumprir essas regras sem reclamar.
— Ok, eu vou com ele! Pai está aqui à chave do carro e do apartamento, logo estarei lá — falei, entregando as chaves para ele.
— Sophia, você não se importaria se fossemos dormir? E não esperarmos você chegar? — questionou minha mãe.
— Claro que não me importo. Até prefiro que vocês descansem bem para poder pegar a estrada com segurança — confirmei deixando-os à vontade.
— Então, Sophia e Fred se divirtam! — comentou minha mãe indo para o meu carro e Mila estava tão emburrada que nem me deu tchau.
— Vamos, Sophia, conheço um restaurante muito bom, vou te levar lá — informou Fred me mostrando onde estava seu carro.
— Para mim, qualquer um está bom, não estou com fome mesmo.
— Mas não vamos a qualquer um, vamos ao restaurante Casa Europa Gastrobar, um dos melhores daqui.
— Tá, já ouvi falar — respondi nada animada. No entanto, já estive nesse restaurante uma vez e realmente a comida era muito boa.
Entrei em seu carro e fomos para o restaurante. Fred estacionou em uma vaga que tinha ali perto e descemos, entramos no estabelecimento e fomos recebidos pelo maitre que nos levou a uma mesa e saiu. Logo apareceu o garçom com o cardápio e fizemos nossos pedidos. Apesar de não estar com fome, pedi uma coisa mais leve: Fetuccine integral com ragu de cogumelos. Fred pediu a mesma coisa.
— Bom, enquanto a comida não vem, que tal me dar a resposta.
— Tudo bem, já que não tenho saída, eu aceito ficar casada com você, mas para o meu apartamento você só vai com uma condição.
— Qual condição?
— São apenas umas regrinhas que deverão ser cumpridas.
— Que regras são essas?
— Para morar comigo vai ter que ajudar com a despesa do apartamento. Isso quer dizer, vai ter que trabalhar, vai dormir no quarto de hóspede, não vai trazer nenhuma garota para o meu apartamento, nada de festinha e de bagunça, vai cuidar do que é seu, isso inclui lavar sua roupa e cuidar do seu quarto. Usou a cozinha para cozinhar, vai lavar o que sujou, pois não tenho empregada e nem sou sua empregada, está entendido? Ah, outra coisa, nunca se esqueça de levantar a tampa do vaso, se esquecer, você vai limpar!
— Sophia, isso não é justo, não sei fazer nada disso.
— Não sabe? Aprende, se não for assim, nada feito! — Sorri convencida de que ele aceitaria, ele não iria pular fora, sei que ele queria muito esse dinheiro, então ele não tinha escolha.
— Tudo bem, eu aceito suas condições, mas garotas é demais hein, Sophia? — resmungou insatisfeito com essa pequena regrinha. Não quero mesmo nem uma mulher no meu apartamento! Jamais vou permitir isso.
— Sem garotas, para isso tem os motéis.
— Então você também não poderá trazer nenhum rapaz para o apartamento, se eu não posso, você também não — retrucou todo irritado.
— Não costumo trazer ninguém mesmo, só meus amigos — falei cruzando os braços. — E outra, o apartamento é MEU! Eu dito as regras!
— Ah, então amigos podem?
— Claro que sim, só não esquece, bagunçou arruma. E sem bagunça! — Assim que terminei de falar, o nosso pedido chegou. Comemos em silêncio, saboreando juntos um bom vinho, mas não abusei, já que ficou comprovado que eu era fraca para beber. Logo pedimos a sobremesa, um delicioso Pannacotta de chocolate com calda de frutas vermelhas, estava tudo perfeito.
— Ah, só para você não esquecer: amanhã acho bom ir atrás de um emprego.
— Vou ver o que posso fazer. Talvez Ian possa me ajudar a arrumar alguma coisa até eu receber minha herança.
— Eu acho bom! Não quero nenhum encosto no meu apartamento — falei firme para que ele visse que era sério. Se pensava que eu era como seus pais que aceitava um encostado, estava muito enganado! — Bom, agora vamos pagar a conta que eu quero ir embora.
— Só mais uma coisa, Sophia, você não esqueceu que vou para seu apartamento ou esqueceu?
— Você não pode ir para o meu apartamento hoje, eu já disse que não tem onde você dormir, os quartos estão ocupados.
— Durmo com você, não vou me importar, vou estar em ótima companhia — sugeriu com um sorriso safado no rosto.
— Você não tem vergonha na cara?! É um grande cara de pau isso sim, sabe muito bem que não vai dormir comigo e vem com essa conversa.
— Qual problema? Esqueceu que já dormimos juntos? Estamos casados, devemos ficar juntos e é o que vou fazer. Não vou voltar para o apartamento do Ian.
— Não adianta falar com você, Fred, você não tem jeito e não vai desistir de ir essa noite para o meu apartamento. Só não entendo porque quer ir hoje! Se vai mesmo para o meu apartamento, vai dormir no chão do meu quarto e de roupa.
— Por mim, tudo bem, Sophia! Dormirei na cadeira que tem em seu quarto e de roupa, prometo não fazer barulho nenhum, para não acordar seus pais. Ninguém notará minha presença ali.
— Então vamos pagar a conta.
— Pode deixar que eu pago.
— Não quer ajuda? — Pensei que eu fosse ter que pagar essa conta sozinha.
— Claro que não, esqueceu que fui eu que te convidei? Então eu pago — informou Fred chamando o garçom. Logo depois fomos embora.
Chegamos a meu apartamento e entramos em silêncio, estavam todos dormindo, como eu imaginava. Fred colocou suas malas no meu quarto e voltando para sala sentou no sofá todo folgado, quando ele percebeu que meu sofá tinha o assento solto. Pegou o assento para fazer de colchão e levou para o meu quarto colocando no chão ao lado da minha cama.
Depois de se trocar no banheiro, ele voltou de boxer e camiseta. Fred era muito bonito e atraente, não dava para negar, porém, era muito imaturo e infantil, e isso o tornava menos interessante. Quase nada interessante. Enquanto ele foi se deitar, fui me trocar, nem coloquei minha camisola, coloquei apenas uma bermuda de cotton e um top não muito curto. Notei que ele estava me olhando assim que voltei, no entanto fingi que não vi e me deitei na cama.
— Boa noite, Sophia!
— Boa noite — respondi deitando na cama.
Peguei meu celular que estava na mesinha de cabeceira para olhar se tinha mais alguma ligação, às vezes não o ouvia tocar. Ainda mais em lugares como no restaurante onde tinha muita gente falando ao mesmo tempo, fora a música ambiente. Mal dava para conversar, imagina ouvir o celular tocando.
— Sophia, posso fazer uma pergunta? — perguntou Fred bem baixinho.
— O que foi, Fred? Não vai dormir não? — respondi com outra pergunta no mesmo tom de voz que ele.
— Só me responde quem te ligou no cinema? Já que percebi pelo seu olhar que essa ligação te deixou triste.
— Fred vai dormir, eu não quero falar sobre isso.
— Sou seu marido agora, você não acha que eu deveria saber um pouco sobre você? — Logo quando ele pareceu ficar uma pessoa legal, lançou essas chantagens de “sou seu marido”...
— Fred, entenda uma coisa: não te escolhi como meu marido, então minha vida não te interessa, entendeu?
— Aí que você se engana, Sophia, você pode não ter me escolhido, só que mesmo assim estamos casados e eu tenho sim que saber sobre você. No entanto, vou respeitar se não quer falar sobre isso esta noite, só que outro dia vamos ter que conversar sobre você. Eu vou ter uma entrevista na empresa do meu pai e vão me perguntar sobre minha esposa. Por esse motivo, sua vida me interessa e muito. Agora vou dormir, até amanhã.
Isso queria dizer que essa entrevista também aconteceria comigo, pois iriam querer me conhecer. Bom, pelo menos, eu achava que sim.
Olhando ainda em meu celular, pude notar que não tinha nenhuma ligação perdida. Isso queria dizer, que Diego não havia me ligado mais. Senti uma leve decepção bater em meu peito, mas espantei logo esse pensamento, evitando ficar ainda mais triste. Por mais que sentisse falta dele, deveria focar na minha situação atual e tentar encontrar uma solução que fosse viável para mim e para o Fred.
— LEVANTA! QUE RAIVA! Sai dessa cama, folgado!
— Apaga essa luz, Sophia, quero dormir.
— Deixa de ser preguiçoso e levanta logo, vai procurar algo para fazer, você precisa trabalhar. Levanta logo! — Nossa, agora ele tinha me irritado, fui para cima dele e o empurrei da cama novamente, mas de alguma forma, ele me puxou me fazendo cair em cima dele, ficamos um olhando para o outro, frente a frente. Meu corpo até se arrepiou. Só o que me faltava agora, meu corpo havia resolvido ter vida própria. Então, mais que depressa me levantei com ele ainda me olhando. Um olhar que dizia mais que as palavras e por um momento fiquei assustada com a intensidade desse olhar.
— O que foi, Sophia? Parece que está toda arrepiada e ainda corou de repente.
— Não me enche o saco, Fred, vai se trocar que eu vou tomar meu café. Tenho muita coisa para fazer hoje e não se esquece de colocar suas coisas no quarto de hóspede.
— Estou achando que sente alguma coisa por mim — zombou Fred se levantado com a maior cara de safado. Ele se divertia com minha reação. Que droga! Ele não podia ter percebido nada.
— Sinto raiva por ter me colocado nessa furada — resmunguei saindo e batendo a porta com muita força. Já que eu estava bufando de raiva por conta da situação em que me encontrava. Fui tomar meu café e quando estava terminando, Fred apareceu na cozinha.
— Estou indo resolver umas coisas, tenho duas chaves do apartamento então fica com uma — falei jogando a chave para ele, que tinha pegado uma xícara de café para tomar. — Eu estou indo, espero que você consiga um emprego e NÃO VOLTE PARA CÁ SEM TER CONSEGUIDO! — gritei saindo do apartamento, deixando ele sozinho.
Quando saí de casa ainda era sete da manhã, o escritório do meu amigo Luca ainda não estava aberto, então tive a ideia de passar na casa da Bia, já que ela só irá trabalhar dali uma hora e meia.
Cheguei lá e apertei a campainha. Dona Catarina, a mãe dela, abriu a porta, dei um beijo nela dizendo ‘’bom dia’’ e já fui perguntando se Bia ainda estava em casa. Ela respondeu que a Bia estava em seu quarto se trocando. Pedi licencia e subi. Bia ainda morava com seus pais, pois era filha única e não tinha coragem de sair de casa.
— Bia, eu posso entrar? — perguntei batendo na porta.
— Claro, Sophia — respondeu ela abrindo a porta. — O que faz aqui tão cedo?
— Tentei falar com você ontem o dia todo, mas não consegui.
— O que houve? Meu celular ontem ficou sem sinal.
— Bia, me lembra de nunca mais beber, viu?! Foi a pior coisa que fiz na minha vida.
— Por que está falando isso agora? Pelo que ouvi falar você se deu bem naquela festa, me contaram que viram você saindo carregada por um gato e no maior beijo.
— Me dei bem, quer dizer, bem mal — resmunguei desanimada tirando aliança da bolsa e entreguei a ela.
— O que significa essa aliança, Sophia?
— Significa que estou casada com um homem que nem sei quem é. Tudo bem que ele é um gato! Mas não era assim que eu queria me casar.
— Como assim se casou? Não estou entendendo nada!
— É uma longa história, vou te contar tudo, ainda dá tempo... — Então, enquanto Bia ia se trocando, eu contei a ela tudo que aconteceu, desde o começo. Bia me ouvia com atenção e de boca aberta a cada novo fato que surgia na história.
— Não estou acreditando que existem homens assim.
— Então, pode acreditar! Ele já está morando em meu apartamento e eu não sei o que fazer, ainda tenho esperança de voltar com o Diego. Entretanto, com ele na minha cola, e ainda por cima como meu marido, vai ficar mais difícil.
— Esquece o Diego, ele está bem longe. Foca no que importa: o que vai fazer a respeito desse rapaz?
— Vou procurar o Luca, como ele é advogado, talvez possa me ajudar anular isso aqui — falei mostrando o contrato para ela. Bia pegou o contrato na mão e começou a ler. De repente vi que ela mudou de cor.
— O que foi Bia?
— Você está casada com o Fred Mayer?
— Sim, é com ele mesmo. Por quê?
— Por nada, Sophia, melhor você ir, depois conversamos. Por favor, me encontre depois das cinco no café em frente à boutique, a gente conversa melhor por lá. Mas vou te falar uma coisa, viu, você nunca bebeu na sua vida e quando resolve tomar um porre olha a onde você foi se meter!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Acordei casada
História muito boa!...
Maravilhosa essa história! Parabéns...
maravilho, história curta sem enrolação, emocionante e cativante. amei ler, só não devorei o livro num dia só pq precisei descansar os olhos, mas recomendo pq é perfeito assim como o amor. parabéns...
História curta, mas que prende a atenção e muito satisfatória! Amei, linguagem bem desenrolada! Parabéns a autora....
História curtinha e gostosa de ler. A protagonista me deu algumas dores de cabeça. Achei que o rapaz seria bem tóxico, mas foi bem desenvolvido. Obrigado pela leitura....
Neusa só tem isso?...
Uma história curta e gostosa de se ler. Parabéns à autora!...