Acordei casada romance Capítulo 17

Tentei preparar um café para Sophia, mas como não sabia fazer, o café ficou horrível. E acabou que na mesma hora ela fez outro. Eu fiquei ali só observando para aprender.

Logo após o café, Sophia preparou o almoço enquanto eu guardava minhas coisas no quarto de hóspedes. Estava tão distraído que não ouvi ela me chamar para almoçar. Deixei o que estava fazendo e fui para a cozinha. O almoço estava delicioso, Sophia pelo visto era uma boa cozinheira, bom, parece que ela era boa em tudo, diferente de mim que não sabia fazer nada.

Depois do almoço, Sophia foi se arrumar, para uma entrevista em um hospital, eu nem a vi sair, já que estava no quarto terminando de ajeitar minhas coisas.

Três dias se passaram e eu continuei tentando deixar as coisas em ordem ali, mas para mim era tudo muito difícil, porém se eu tinha que permanecer casado, precisava continuar tentando.

Vou dizer uma coisa: algo em Sophia mexia muito comigo, perto dela sempre me sentia esquisito, sei lá, ela conseguia me deixar sem graça só de me olhar.

Era sábado e tinha um churrasco na casa de um amigo para ir. Seria um bom motivo para evitar essa coisa estranha entre mim e a Sophia. Estava achando que ficando um tempo longe dela essa coisa estranha entre a gente poderia passar, por isso procurei passar o dia distante. Talvez morar junto com uma garota linda como ela poderia causar esse sentimento estranho. Sei lá, nunca morei com nenhuma mulher, ou melhor, as únicas mulheres da minha vida eram minha mãe e minha irmã, então não fazia ideia de como era isso.

Cheguei à noite em casa e Sophia não estava, talvez fosse melhor assim. Fui para o quarto de hóspede, tudo que eu queria era tomar um banho. Logo depois do banho a campainha tocou, pensei que Sophia houvesse esquecido a chave, mas quando fui abrir a porta tive uma surpresa inesperada, e fomos direto para o quarto conversar. Por essa eu não esperava, será que se Sophia chegasse naquele momento não acharia ruim? Bom, não podia mandá-la embora.

Sophia Becker

Que raiva que estava do Fred! Apesar de não conseguir ouvir a conversa direito, ele havia tido coragem de trazer uma garota para meu apartamento e sem pensar comecei a bater na porta do seu quarto.

— Fred abre essa porta... Fred abre essa porta, falei que não queria garotas no meu apartamento! — Assim que terminei de falar, ele abriu a porta me olhando.

— Entra, Sophia. — Eu olhei furiosa para ele e entrei procurando a garota, mas só encontrei uma menina de mais ou menos dezoito anos.

— Sophia essa é minha irmã Jully, ela veio me ver.

— Mas... — Fiquei tão sem graça por minha atitude, que fiquei parada olhando para ela feito estátua, ela era muito parecida com Fred.

— É um prazer conhecer a esposa do meu irmão — Ela falou me tirando daquele transe e se aproximou de mim me cumprimentado. — Eu só soube agora que Fred estava casado, nossa mãe vai adorar saber disso. Já faz dias que Fred não dá notícias, agora entendo porque.

— O prazer é meu, Jully.

— Desculpe vir a essa hora, tive que esperar mamãe ir dormir e peguei um táxi para vir para cá.

— Mas como soube que Fred estava aqui?

— Ah! Liguei para o Ian e ele me passou seu endereço.

— Então, Sophia, eu e minha irmã somos muito apegados e ela estava sentindo muito minha falta. Desculpe não ter mencionado ela para você.

— Entendo, mas, Jully, você e sua mãe são muito bem-vindas em minha casa.

— Obrigada, Sophia, vai fazer bem para mamãe poder ver o Fred, pois ela anda muito tristinha, nós duas sentimos muita falta do nosso pai e ela mais ainda, especialmente porque Fred sumiu sem dar notícias.

— Jully, fale para sua mãe que ela e você são minhas convidadas para almoçarem aqui amanhã.

— Obrigada, vou dizer sim, agora tenho que ir, antes que mamãe acorde e perceba que saí sem avisar.

— Eu te levo, Jully.

— Não precisa, Fred, tem um táxi me esperando.

Vi mesmo que tinha um táxi parado em frente ao prédio, mas nem imaginava do que se tratava.

Eu e o Fred a acompanhamos até o táxi e Jully abraçou e beijou muito seu irmão, dava para perceber o carinho que um tinha pelo outro.

Confesso que me senti aliviada de não ter nenhuma garota se pegando com o Fred no quarto.

Jully foi embora acenando para nós, parecia ser uma boa garota e muito amorosa, pelo que vi.

O almoço foi perfeito. Dona Emily era muito simpática e conversamos muito, ela e Jully passaram o dia conosco, mas Fred estava estranho, mal conversou, parecia perdido em seus pensamentos.

Quando elas foram embora, me agradeceram muito pelo dia que tiveram e me convidaram para passar o dia com elas no próximo fim de semana. Prometi a elas que iria e assim elas partiram.

— Obrigada, Sophia, pelo o carinho com que tratou minha mãe e minha irmã, elas são tudo que tenho no momento.

— Imagina, Fred, elas são uns amores, gostei muito delas.

— Elas são sim. — Quando Fred terminou de falar, meu celular tocou, era a Bia que estava me ligando e mais que depressa atendi:

— Oi, Bia.

— Oi, Sophia, você está ocupada? Pode falar? Fred não está por perto, né?

— Não, Bia, ele acabou de ir para seu quarto, o que houve?

— Sophia, Beka acabou de chegar e está aqui comigo agora.

— O quê? Que notícia boa! Então vai ser hoje, ainda são cinco horas da tarde, vou convidar Fred para sair e vou levar ele até aí, bom, vou tomar um banho antes, creio que até as sete estou aí.

— Certo, Sophia, eu tenho certeza que ele vai gostar, pois ela é um doce de bebê e é uma graça, nesse momento ela está dormindo, mas esperamos vocês, torcendo para que dê tudo certo.

— Até mais, Bia, vou lá pensar em algo para tirar ele do quarto.

— Até! Fica com Deus. — Bia desligou.

Fiquei ali, meio agitada, ansiosa, pensando em algo para que Fred aceitasse sair comigo, pois ele andava muito estranho ultimamente, mal falava comigo, mas tinha certeza que conseguiria convencê-lo.