Acordei casada romance Capítulo 22

Resumo de Capítulo 22 Sophia Becker: Acordei casada

Resumo do capítulo Capítulo 22 Sophia Becker de Acordei casada

Neste capítulo de destaque do romance Romance Acordei casada, T.Giovanelli apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Onze meses depois...

— Fred, você vai se atrasar. Seu voo não sai às três horas?

— Sim, Sophia, mas não saio daqui sem ver minha princesinha. Beka o pai tá indo... Cadê, minha princesinha?

— Aqui, papai — Beka falou saindo de trás da cortina da sala e correu para os braços de Fred.

Bia, que estava nos visitando, ficou encantada com o amor dos dois enquanto olhava atenciosa para eles.

— Beka, logo papai vai estar aqui, viu, meu anjinho.

— Tá... — Beka respondeu beijando o Fred. Assim que ele a colocou no chão, ela saiu correndo para o colo da tia Bia, como Beka a chamava.

— Sophia, logo minha mãe e minha irmã vão estar aqui para te ajudar com a Beka e qualquer coisa me liga, qualquer coisa mesmo — Fred falou me dando um beijo no rosto e que quase pegou na boca, ficamos parados um olhando para o outro.

— Boa viagem, Fred — Bia falou nos tirando daquele transe.

— Obrigado, Bia.

— Fred, fique tranquilo, são apenas três dias, logo você vai estar de volta.

— Mas já estou com saudades de vocês... Quer dizer, da minha princesinha — explicou ele olhando no celular e continuou: — Nossa, estou muito atrasado, melhor eu ir. Tchau, minha princesa.

— Tchau, papai — respondeu a pequena tão engraçadinha e gesticulava “tchau” para Fred, que saia do apartamento, fechando a porta com muita tristeza nos olhos, ele não estava gostando nada dessa experiência de ficar longe da Beka.

— Sophia, eu estou boba de ver como Fred mudou, ele amadureceu, parece que criou juízo. Nem acredito que ele está pagando uma enfermeira para cuidar da minha tia. Não é o mesmo Fred que só pensava em si.

— Ele mudou muito mesmo, sabe que ele até comprou uma casa com o dinheiro que andou economizando? Bom, pelo que estou sabendo, ele deu uma entrada e o resto parcelou, porém, fez parcela pequena, já que diz que quer terminar logo de pagar. Disse também que tem espaço para seus tios morarem com ele, pois ele quer os avôs da Beka por perto.

— Mas e você, Sophia?

— O que tem eu?

— Sophia, você não me engana, você até tenta disfarçar, mas não consegue. Você está apaixonada pelo Fred.

— Não vou mentir para você, Bia, apaixonada é pouco, acho que eu o amo — falei suspirando profundamente, era a primeira vez que externava isso e senti um grande alívio em poder dizer em voz alta.

— Oh, amiga, por que não se abre com ele?

— Porque não sei se ele sente o mesmo por mim e tenho medo de me magoar. Afinal, estou nessa relação apenas por contrato, que daqui um mês vai acabar e ele vai estar livre para partir com a Beka para essa casa que ele comprou, e pelo que percebi não estou em seus planos.

— Será, amiga? Pois ele te olha com muito carinho, seus olhos até brilham diante de você.

— Não sei não, Bia, tenho minhas dúvidas.

— Oh, amiga, eu imagino o quanto deve estar sofrendo com essa situação.

— Não está sendo nada fácil. Mesmo Fred viajando muito a trabalho, ele tem se dedicado muito as empresas do seu pai e eu sinto muita falta dele.

— Eu imagino, mas ainda acho que deveria se abrir com ele.

— Só vou fazer isso quando eu tiver certeza de que o sentimento dele por mim é o mesmo, enquanto isso não acontecer eu vou deixar como está.

— Você quem sabe, amiga, mas torço por vocês. Bom, agora eu já vou indo — Ela falou se levantando e foi até a Beka que estava brincando com suas bonecas no tapete da sala.

— Tchau, bonequinha da tia — disse Bia beijando o rostinho da Beka.

— Tchau, tia...

— Bia é cedo, fica mais um pouco.

— Não posso, ainda vou passar para ver minha tia.

— Entendo, tudo bem. Dá um beijo nela por mim.

Bia me deu um beijo no rosto e saiu em seguida, ficamos somente eu e Beka. Fui me sentar com ela no chão para brincar um pouquinho com ela, quando meu celular tocou. Só podia ser o Fred, ele sempre fazia isso quando ia viajar.

— Oi, Fred — falei atendendo.

— Oi, tô ligando para saber...

— Fred, a Beka está bem e sua mãe não chegou ainda — falei o cortando.

— Já até sabe o que ia falar.

— Claro que sei, toda vez que vai viajar faz a mesma coisa — falei sem conseguir conter o sorriso no rosto. Será que ele perceberia que eu estava sorrindo? Quando terminei de falar a campainha tocou.

— Fred, eu acho que sua mãe acabou de chegar, vou atender a porta, depois conversamos, tchau.

— Não, Sophia, não desliga — Ele falou assim que apertei o botão de desligar. Como não queria ter que ligar de novo e deixar sua mãe esperando, deixei para lá e fui atender a porta.

— Oi, Dona Emily, oi Jully! Podem entrar e fiquem à vontade — falei cumprimentando-as com três beijinhos no rosto.

— Obrigada, Sophia, isso já está virando rotina, né, querida? — disse a mãe do Fred, entrando no apartamento.

— Sim, Dona Emily, mas é um prazer receber vocês aqui.

— Cadê a Beka? — perguntou Jully vendo Beka se esconder atrás da cortina, ela sempre fazia isso, se escondia quando alguém chegava.

— Dona Emily, eu deixei o quarto para vocês duas preparado.

— Obrigada, querida.

— Ah, acho que Fred é um pouco exagerado, tirar a senhora e Jully do conforto da sua casa é demais, né? Apesar de que adoro a companhia de vocês, eu só não queria atrapalhar.

— Imagina, Sophia! Eu adoro ficar com a Beka — disse Jully, com a sobrinha no colo.

— Querida, não se preocupe, ficar com a Beka é um prazer, pois amo minha netinha. Vem com a vovó, Beka — Dona Emily falou pegando Beka dos braços da Jully.

— Mãe, eu vou levar nossas coisas para o quarto. Posso, Sophia? — questionou Jully, com uma pequena mala nas mãos, só para passar os três dias. Fred fazia questão de elas ficarem conosco toda vez que ele viajava e elas pareciam gostar muito disso. Bom, eu adorava a companhia delas, eram uns amores.

— Claro que pode, Jully, fique à vontade, você já sabe onde fica o quarto.

— Obrigada.

— Enquanto isso eu vou preparar um café para nós.

No entanto, quando abri a porta dei de cara com o próprio e na mesma hora que fui fechar a porta na cara dele, ele colocou o pé me impedindo de fechar, com força empurrou a porta e foi entrando.

— Diego, o que faz aqui?

— Vim terminar nossa conversa que até hoje não terminamos. Por que de tudo isso? Não atende o celular e ainda pediu ao porteiro que não me deixasse entrar, mas esqueceu de que às vezes eles acabam dormindo, né? Pois é, hoje dei sorte e estou aqui, e daqui não saio sem falar com você.

— Não temos nada para conversar, nosso namoro acabou faz tempo. Por que insiste em falar comigo?

— Sophia, eu sei que não acredita que eu te amo, mas eu te amo e quero me casar com você!

— Deixa de ser infantil, eu já disse a você que não te amo mais e estou casada.

— Me deixe ver... Um casamento que não é real, já que assinou a certidão e o contrato de casamento totalmente bêbada, só para o playboyzinho receber uma herança e ainda tem que ficar casada por um ano... Aliás, daqui um mês esse contrato que você insiste em chamar de casamento acaba! Saiba que tenho provas que ele se aproveitou de você e que não estava sã. Ele pode ir preso e perder sua tão sonhada herança e você não herdará sua parte, os dez por cento prometido por ele. Se fosse uma empresa só, seria muito pouco, mas ele vai herdar uma rede, que tem nada mais nada menos do que umas dez empresas espalhadas pelo Brasil, então dez por cento, é muito para você que é sozinha.

— Como sabe tudo isso?

— Bom, minha linda, isso realmente não lhe interessa, porém, estranhei quando disse que estava casada, pois fazia tão pouco tempo que nós havíamos terminado, que notei que algo estava errado e fiz minhas pesquisas.

— Mas isso não muda nada, estou casada e não te amo.

— Muda sim, minha linda — disse ele passando a mão em meu rosto e continuou: — Eu quero você de volta e junto com você, irei ganhar dez por cento das empresas que Fred vai herdar.

— Mas eu não te amo, será que você não entende?

— Ah, minha linda, quem não está entendendo é você, pois não tem muita escolha, espero você se divorciar assim que completar um ano e me caso com você.

— Vou me divorciar sim, mas jamais me casaria com um homem que não amo mais.

— Você já amou e pode amar novamente, ou prefere ver seu playboyzinho preso e sem herança com uma filha para criar? Pois se eu abrir a boca para o gerente da empresa, o Seu Alex, essa farsa vai acabar e a tão sonhada herança fica para o Alex. Sei que vou sair perdendo, só que eu não tenho uma filha para me preocupar, por isso acho que você não tem muita escolha — explicou ele tentando me beijar.

— Sai daqui seu idiota! — gritei esmurrando o peito dele. Ele segurou meus pulsos e tentou me beijar novamente, mas eu virava a cabeça de um lado para o outro. — Eu te odeio, sai daqui, seu babaca! — gritei novamente. Ele ainda segurava meus pulsos e então comecei a espernear. — Sai, sai, que raiva de você, quem você pensa que é? Para agir assim comigo? — Ele me soltou, depois de muitas tentativas frustradas para me beijar, encostou-me na parede da sala e me olhando, falou:

— Seu futuro marido. Você tem até amanhã para me dar uma resposta, te espero no hotel Encantos do Sul, às três horas da tarde, sei que sai as duas do hospital, então terá tempo de me encontrar. Não esqueça que se não aparecer, eu vou direto para a empresa Gallye, junto com as provas de que você estava bêbada, aí você já sabe, minha linda, o que pode acontecer com seu playboyzinho — Ele falou passando as mãos no meu cabelo e saiu em seguida pela porta da sala. Saí correndo e tranquei a porta com muita força, e acabei acordando alguém.

— Oi, Sophia, o que houve? Ouvi a porta bater com muita força...

— Desculpe, Jully, não foi nada, pensei ter ouvido alguém bater na porta, mas me enganei e quando fui fechar, bati com força sem querer. Pode voltar para cama, viu, já estou indo dormir.

— Você parece nervosa, Sophia...

— Só estou com saudades do seu irmão.

— Eu entendo, vou me deitar, você vai ficar bem?

— Vou sim, boa noite.

— Ok, boa noite — falou, voltando para seu quarto e eu apaguei as luzes e fui para o meu, me joguei na cama e chorei muito pensado no que fazer.

Como pude ser tão idiota e namorar um cara como ele? Eu pensando que Fred era pior que o Diego, pois me enganei muito. Ai que raiva que eu estava sentindo! Estava perdida. Se eu ficasse com Diego poderia perder a chance de ficar com o Fred, se ele sentisse o mesmo que eu. Porém, se eu escolhesse Fred, ele poderia se dar mal por minha causa.

“Meu Deus, meu Deus me dê uma luz, o que eu faço?” Enterrei a cabeça no travesseiro e chorei muito de raiva, tristeza, impotência e frustração. A situação em que me encontrava era desesperadora e não conseguia enxergar uma solução. E assim adormeci, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

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