Acordo Desfeito com O CEO romance Capítulo 20

Parte 3...

Apesar de ainda estar com muita raiva, Igor começava a acreditar no que Aline lhe dissera sobre ter sido envolvida pela irmã.

Ela parecia realmente abalada quando falou sobre um filho. Ele já tinha conversado aquela hora mesmo com o advogado e ele lhe dissera as opções que teria, além de se desculpar muito por ter se deixado enganar dessa forma.

Já era muito tarde, mas não se importou de ligar para Orlando, afinal lhe pagava muito bem e o caso era sério, não podia esperar. Cada hora que passava ele ficava mais agoniado para resolver isso logo. Não parava de pensar.

Se sentia irritado e frustrado.

Depois de tanto ver o interesse das mulheres em dinheiro deveria ter tido mais cuidado com a escolha. Ainda mais depois da esposa que tivera. Não aprendeu com as loucuras egoístas de Katiana, pelo jeito.

Sorriu amargurado. Sua maior burrice havia sido se deixar levar pela atração ao ver sua foto e mais ainda quando a viu pela primeira vez. Agora precisava ter cuidado adicional com essa nova mulher em sua vida.

Pelo menos estava pensando com mais clareza, agora que conversara com Orlando. De qualquer forma ele não sairia no prejuízo.

********** **********

Aline quase não dormiu e acordou com um pouco de dor de cabeça. Ficou se revirando na cama, apesar do colchão ser maravilhoso. Ela não conseguiu relaxar e só dormiu depois de muito tempo, após chorar como uma menina que sentia falta da mãe. E ela realmente sentia.

Não conseguia parar de pensar no que estava acontecendo. Precisava falar urgente com Alana e enviou uma mensagem para ela. Decidiu tomar um banho para encontrar ânimo para começar o dia.

Estava comprometida com Igor e tinha que tentar melhorar a situação entre eles. Até mesmo pelo bem dela e para que essa confusão não viesse a trazer dano emocional para sua mãe.

Tinha que encontrar coragem para descer e comer algo ou não teria forças para continuar essa conversa. Lendo bem o contrato que Alana assinara em seu nome ficou bem claro que ela seria apenas uma empregada com “tarefas” distintas.

Ele pagou por um útero, essa era a verdade nua e crua, ainda que absurda. E para Alana isso foi bem normal, já que o valor que ela recebeu em troca foi muito alto e caiu exatamente no que ela mais gosta. Dinheiro.

Esse ponto do acordo ela não seria capaz de cumprir. A questão de ficar casada por um ano era complicada, mas era possível de realizar, ainda mais com a ideia de se colocar o sexo entre eles.

Igor era por demais sexy e atraente e ela já estava com vinte e cinco anos. Não seria uma virgem para sempre. E sendo honesta, não estava arrependida dessa parte. Foi melhor do que ela poderia esperar para uma primeira vez com um cara que ela não tinha contato.

Agora a parte do filho... Se ele a forçasse a cumprir essa cláusula, talvez acabasse mesmo na prisão. Nem conseguia pensar rapidamente em fazer isso. Ter um filho como objeto para ser vendido.

Sentiu até vontade de chorar de novo por se sentir uma imbecil em mais uma vez acreditar na irmã. Piscou várias vezes para se segurar, respirou fundo e desceu. Tão logo abriu a porta encontrou-o no corredor.

— Porque é a verdade! – estava com muito medo que ele fizesse isso.

— Como sou a vítima, sou conhecido e sou bastante rico, uma palavra minha será suficiente para jogar as duas na cadeia - fez uma cara de pouco amigo — E ainda tem também o depoimento de meu advogado, do meu motorista... Todos os meus funcionários que tiveram contato com você, irão testemunhar ao meu lado.

— Se fizer isso... Alana irá procurar os jornais – ela seria capaz disso com certeza — A notícia vai se espalhar e seus avós e amigos irão saber.

— Pouco me importa os outros agora – ele rebateu — Meus avós irão acreditar em tudo o que eu disser e até servirão como testemunhas no caso. Não pense que deixarei impune essa canalhice. Eu tenho direito de fazer o que quiser com você e sua irmã.

Aline ficou nervosa com aquelas palavras. Sentiu o estômago embrulhar e até pensou que acabaria colocando todo o café para fora. Sabia bem que ele poderia fazer o que quisesse, até porque ele era mesmo uma vítima, assim como ela.

Mas sendo quem ele era, claro que as duas estariam em uma grande desvantagem e no final poderiam acabar presas.

— Porém, se vocês devolverem o dinheiro que lhe foi pago, apesar de querer continuar com o acordo, eu posso deixar pra lá. Isso se você continuar casada comigo por no mínimo um ano, por causa dos meus avós.

Autora Ninha Cardoso