Acordo Desfeito com O CEO romance Capítulo 22

Parte 1...

Alana só foi ligar de volta dois dias depois. Dias em que Aline não conseguiu relaxar, mesmo com Igor estando fora. Ele resolveu viajar, mas antes de sair deixou claro que ela estava sendo vigiada, o que a deixou muito aborrecida, mas nada podia fazer contra.

— Onde é o incêndio? Porque essa agonia de falar comigo? – Alana disse com mau humor.

— Por que demorou tanto pra ligar? – ela caminhava pelo quarto ansiosa e roendo a unha — Igor já sabe de tudo. E agora, o que faço?

— Eu sabia que você era tonta, mas não tanto assim.

— Tonta? – ela se irritou — Você me usa de modo descarado e quer que eu ache isso normal? Alana, pelo amor de Deus, tem um filho no meio desse acordo. Como pôde não me falar sobre isso? Você é louca?

— Ah, foi só um esquecimento. Nada demais.

— Não seja cínica, pelo amor de Deus – elevou a voz — Isso é horrível.

— E você não grite comigo. Grande coisa – ela desdenhou — Você já usa anticoncepcional. Disse que faria isso para nos ajudar.

Era decepcionante ouvir aquilo. Alana era mais egoísta do que pensava, mas no fundo sabia que não era mesmo uma surpresa. A irmã nunca escondeu que antes de tudo e todos, pensava nela.

— O que você fez foi um absurdo. Uma desonestidade sem tamanho. Não só comigo, mas com Igor também - reclamou triste e irritada — Foi demais.

— Não sabia que você se importava com ele - disse irônica — Deixe de ser boba e aproveita a boa vida que está tendo agora. Por acaso ele é ruim de cama? – ela gargalhou.

— Por que não leva isso à sério, Alana? – a censurou — Ele pode nos processar a qualquer momento. O que você fez é crime, podemos ser presas se...

— Se nada – ela riu alto de novo — Ele não vai querer que o público saiba que foi enganado quando tentou enganar os avós também – afirmou.

— Ele pelo menos teve um bom motivo. Não sabe como ele é, Alana.

— Ah... E você sabe já? Só porque transou com ele e tirou a teia de aranha do meio das pernas, não quer dizer que já entende como ele é.

— Não, eu sei disso, mas...

— Mas nada... Então deixe de ser idiota. Ele só quer te assustar - disse criticando Igor — Duvido que ele abra a boca para alguém sobre isso.

— Ainda assim... Não tem como devolver o dinheiro que você pegou? Não me sinto bem com essa situação - sentia o corpo quente por conta do nervosismo.

Resolveu sair para conhecer um pouco a cidade, mas teve que aceitar a companhia de dois seguranças que a seguiam ou não poderia sair da casa. E não deixaria de sair por causa disso.

Se sentia mal e precisava relaxar um pouco. Nada melhor do que a paisagem maravilhosa da Toscana para isso. Andou com calma pelas ruas antigas de pedra, parou para tomar um gelatto e entrou em algumas lojas, mas não quis gastar um centavo à mais além do delicioso gelatto.

Estava preocupada com a questão financeira caso a ameaça de Igor fosse para a frente. E ela não o conhecia bem para apostar se ele iria ou não cobrar esse valor absurdo. Seria mais sensato guardar o dinheiro até que tudo se resolvesse.

Estava fazendo o caminho de volta quando alguns flashes espocaram em seu rosto. Ficou assustada até entender que se tratava de paparazzos que a rodearam tirando fotos sem parar. Uma tremenda falta de educação enfiar as câmeras assim em cima dela sem pedirem licença.

Até achou bom finalmente ter sido obrigada a trazer os seguranças no passeio porque eles logo se livraram dos fotógrafos. Ficou aliviada ao chegar à vila e foi se banhar para aproveitar o almoço caprichado que os cozinheiros haviam preparado. Tudo ali era bem feito e com cuidado.

Suspirou melancólica. Se as coisas fossem diferentes ela até poderia ser feliz ali. Era o lugar mais lindo que ela já estivera na vida.

Em nenhum momento ele ligou para falar com ela, o que a deixava muito apreensiva e com medo do que poderia vir por aí. Não tinha segurança do que poderia acontecer de repente.

Não sabia como agir diante desse silêncio e não podia contar com a irmã. Chegou a pensar em voltar para casa e contar tudo à mãe, mas seria pior. Aumentaria os problemas e o estresse dela e não teria como ajudá-la.

Alana não iria obedecer à mãe. Sempre fora rebelde. Cinco dias já haviam se passado e ela só tinha seus pensamentos para deixá-la ainda mais nervosa e apreensiva sobre o futuro.