Adotada Por Um Vampiro romance Capítulo 83

Larah

Começo a andar pelo castelo do meu pai, acho que estou perdida, parece um labirinto de tantos corredores.

Homem —senhorita Larah, deixe-me acompanha-la até a sala de jantar. / Diz o homem que parece ter seus 25 anos, tem cabelos meio cinza e loiro bem claro.

—quem é você? / Pergunto curiosa.

Homem —sou um servo que trabalha no castelo administrando, meu nome é Nicolai. / Diz calmo, ele tem um sotaque russo.

—você por acaso é russo? / Pergunto curiosa.

Nicolai —sim, senhorita, antes de ser transformando morava na Rússia. / Tão educado.

Deixo ele me guiar pelo castelo, chegando na sala de jantar vejo meu pai bebendo um copo de sangue.

Darlan —demorou. / Diz me olhando.

—esse castelo é um labirinto. / Falo sentando na mesa, vejo uma empregada colocar sangue em meu copo.

Darlan —já está na hora de começar a ingerir sangue.

—parece nojento. / Falo olhando o líquido vermelho em meu copo.

Darlan —experimenta. / Pego o copo e bebo o primeiro gole, o gosto não é ruim, é até viciante, bebo o resto.

—quero mais. / Falo sem perceber.

Darlan —não, você vai beber a cada três horas para não ficar viciada em sangue, além disso seu corpo não se transformou ainda, beba água agora. / Diz calmo.

—posso te fazer uma pergunta?

Darlan —pergunte. / Diz bebendo mais um copo de sangue, mas que injustiça.

—por que eu preciso ficar virgem até os 20 anos. / Só falta três meses.

Darlan —você precisava ficar virgem para seu sangue vampiro não despertar, depois dos 20 anos o sangue vampiro não iria despertar, mas não funcionou.

Isso significa que agora eu já posso fazer sexo.

Darlan —com quem está pensando em fazer sexo, Larah? / Eu não posso nem pensar agora.

—com quem eu quiser. / Falo brava.

Darlan —sou seu pai, pelo menos satisfação eu mereço. / Diz me olhando seriamente.

—eu vou transar com quem eu tiver vontade, melhor assim? / Pergunto olhando para ele.

Darlan —acho que não percebeu, mas vampiros agem por vontades e impulsos, você não sabe controlar eles e acho que está começando a ser controlada pela luxúria. / Fico pensativa.

—tem mais alguma coisa que precisa me explicar? /Pergunto já cansada de ficar aqui, quero beber.

Darlan —seus sentimentos vão ser ampliados, não faça nada imprudente. / Que chatice, vejo Nicolai passar pelo corredor segurando alguns papéis.

—como Nicolas veio parar aqui? / Pergunto curiosa.

Darlan —eu o transformei quando ele já não sabia mais o que fazer da vida, a esposa dele morreu no parto junto com a criança, faz muito tempo, acho que uns 600 a 700 anos. / Diz calmo.

—eu acho que o que ele queria era morrer e se encontrar com a esposa, não viver para sempre. / Falo tanto minha opinião.

Darlan —ele quer cumprir com o pedido da esposa dele.

—que pedido? / Pergunto curiosa.

Darlan —ela queria que ele fosse feliz até os últimos dias da vida dele, até agora ele não achou essa felicidade. / Diz bebendo.

—e você, por que ainda vive depois de perder tantas esposas? / Pergunto curiosa.

Darlan —o mundo é controlado por vampiros por minha causa, tento garantir que os humanos não sejam mortos sem motivos. Eu aprendi a sobreviver e tentar viver, não quero causar sofrimento e dor as outras espécies, mas as vezes é necessário. / Fico olhando para seus olhos que são iguais aos meus.

—posso sair do castelo a qualquer hora ou sou uma prisioneira? / Pergunto séria.

Darlan —não até terminar sua transformação, daqui a três dias vai ser a lua de sangue, você vai virar sua pior versão. / Diz calmamente.

—como assim. / Pergunto sem entender.

Darlan —você vai virar quem sempre quis ser e também a que nunca quis, vai ficar fria, vai parar de se importar com o certo e o errado. / Fico a me imaginar assim.

Darlan —Larah, vampiros são machistas, quando você se casar vai pertencer ao seu marido, só poderá se separar se ele permitir, não existe consentimento no sexo, se ele quiser de estuprar poderá pois ele será seu dono. / Acho que o sonho de me casar vestida de branco não vai ser mais um desejo.

—vou ser solteira que pelo menos posso ficar sem compromisso. / Falo já arrumando uma solução.

Darlan —vai ser taxada de puta se ficar com mais de um.

Pelo que eu sei já fui taxada assim pelas empregadas do castelo de Vincell mesmo sendo virgem.

—foda-se a opinião alheia. / Falo sorrindo.

Darlan —você assim é muito insuportável. / Não concordo, estou me sentindo melhor falando tudo que acho.

(...)

Enquanto passo pelo salão principal do castelo alguém me coloca contra a parede.

Derick —o que está fazendo na casa do Darlan? / Consigo ver ciúme e raiva em seus olhos, chuto a pé dele e ele me solta.

—ciumes meu rei? / Pergunto com um sorriso.

Derick —você.... / Ele está bravo.

Darlan —olha como você fala com minha filha, Derick. / Vejo meu pai com um olhar de quem não gostou nem um pouco do que viu.

Derick —filha? / Ele está sem reação.

Darlan —exatamente, minha filha que nunca irei permitir que fique com você. / Clima tenso.

Derick —se isso for mesmo verdade posso dizer que você não fez participação nenhuma na vida dela. / Por que sinto que um quer matar o outro?

—chega! Minha vida é da minha conta não dá de vocês. / Falo brava, quero ir para hidromassagem logo, preciso relaxar.

Darlan —você irritou ela. / Diz olhando Derick.

Derick —com um pai como você quem não iria ficar irritado. / Eles realmente se odeiam.

—se vão ficar brigando tchauzinho, preciso beber. / Falo saindo da sala.