Larah
Estou sentada no sofá observando as duas crianças me olhando, parecem querer respostas, a garota está me encarando sem parar.
—qual o nome de vocês? / Pergunto curiosa.
Menino —meu nome é Liam e o da minha irma é Ayla. / Ele parece ter entendido a situação, mas a irmã não.
—são gêmeos? / Perguntando notando que parecem ter a mesma idade.
Liam —sim, sou o mais velho. / Ele está um pouco tenso.
—não vou machuca-los, podem ficar tranquilos. /Falo com um sorriso que deixa o garoto sem jeito, a irmã dele parece ficar ainda mais brava.
Ayla —abre logo o jogo vampira com defeito. / Vampira com defeito?
—eu não tenho defeitos. /Fala mais séria.
Ayla —tem sim, nunca vi um sanguessuga com asas. / Diz me olhando.
Liam —por favor, perdoe minha irmã, ela é meio estourada. / Diz tentando parar a irmã.
—eu transformei vocês, salvei vocês da morte. /Falo mais séria já que parece que gentileza não resolve com essa garota.
Ayla —você só transformou a gente nos seus servos que farão tudo por você. / Desisto, não consigo lidar com adolescentes.
Darlan —se quiser ir embora pode ir, as portas estão abertas, mas saiba que vai morrer em três semanas, agora se decidir ficar ao lado da minha filha é melhor calar essa boca se não cortarei sua língua. / Vejo a garota tremer inteira.
Liam —ela não irá mais fazer isso, prometo. / Diz olhando meu pai.
Darlan —não prometa, se ela fizer a culpa também cairá sobre você. / Meu pai está tão sério que dá medo.
—acho que eles já entenderam. / Falo tentando fazer meu pai parar de assusta-los.
Liam —somos vampiros? / Pergunta curioso.
Darlan —não, ainda não, vocês não se transformaram em vampiros, talvez tenha acontecido outra coisa com vocês, mas só vão descobrir lá pelos 15 a 18 anos que é a hora do Dna vampiro despertar. /Acho que ele está assim para dar medo mesmo.
(...)
Fico olhando os gêmeos comendo torrada, são realmente bem parecidos, os dois tem cabelos castanhos e olhos cor de mel.
—quantos anos vocês tem? / Pergunto curiosa.
Liam —13 anos. / Diz o garoto olhando para mim sem jeito, acho que gostou de mim.
Ayla —para onde vai nos levar sangues.... Larah? / Vejo ela repensar na palavra quando meu pai senta na cadeira e olha para ela.
—para o Canadá, mas será só daqui a dois meses, preciso fazer algumas coisas antes, vão poder se despedir da mãe de vocês. / Falo calma bebendo um copo de sangue.
Escuto a porta da sala de jantar abrir, vejo Anthony vir em direção a mesa e se sentar, acho que ele está um pouco inseguro com tudo isso, ser transformado em vampiro deve ser um pouco desconfortante no começo.
Anthony —mestra Larah, se precisar de algo diga. / Está sendo bem formal comigo, eu quero que ele me trate mais amigavelmente.
—pode me chamar só de Larah, sobre eu precisar de algo..... Pode cuidar desses dois? / Preciso resolver muita coisa, não poderei ficar o dia inteiro com eles.
Anthony —cuidarei dos dois, Larah. / Diz com um sorriso amigável.
—obrigada. / Falo retribuindo o sorriso.
(...)
Acho que preciso falar com Derick, tentar convencer ele a deixar Deilan com Danilo.
Fecho meus olhos e apareço dentro do castelo, procuro Derick por todos os cômodos até ver ele perto da piscina, caminho até lá em passos lentos.
Quando pisco vejo que ele desaparece da minha frente, fico sem entender até sentir alguém me abraçar por trás.
Derick —senti sua falta. / Quando escuto a voz dele no meu ouvido, a forma que ele falou saiu tão sexy que me fez estremecer inteira.
—eu..... / Não sei mais o que falar, esqueci completamente o que vim fazer aqui.
Derick —Larah, fica comigo. / Fico completamente sem reação com o que ele diz.
Preciso me lembrar do que vim fazer aqui, mas está tão difícil pensar enquanto ele me abraça.
Daniela —solta ela Derick, não vê que ela está incomodada. / Derick me solta e eu olho para Daniela, pensei que ela seria a única pessoa que eu não iria ver aqui.
Derick —vai cuidar do seu filho. / Isso saiu tão machista.
Daniela —não, o pai do meu filho está cuidando já que não criei ele sozinha. / Eu adoro ela, saber que é minha prima me deixa bem animada, agora a parte do Daniel também ser, não. Preciso voltar ao objetivo pelo qual vim para cá.
—obrigada, Daniela, mas preciso conversar com o Derick em particular. / Falo agora olhando para o rei seria.
Derick —eu não lembro de ter feito nada para você me olhar dessa forma. / Diz sem entender o porquê do meu olhar sério.
—não fez, ainda. / Fala seria.
(...)
Estamos indo para o escritório dele, não sei como começar essa conversa, entramos no cômodo, sento em uma cadeira.
Derick —o que quer tanto falar comigo? / Diz olhando em meus olhos.
—eu vim aqui tentar te convencer a deixar Deilan com o Danilo. / Vejo a expressão dele mudar, ele está sério.
Derick —como pode pedir para eu deixar meu filho ser criado por outra pessoa? / Respiro fundo.
—eu vi o que vai acontecer no futuro, não irá criar o Deilan bem, vai ser um pai autoritário demais e vai sempre encontrar erros nele. / Falo agora mais firme.
Derick —eu não vou ser um pai ruim e autoritário sem motivos. / Quer dizer que existe motivos para esse tipo de coisa? Estou ficando cada vez mais brava com ele.
—que tipos de motivo? / Falo brava.
Derick —responda de uma vez, por qual motivo serei um pai rígido com ele? /Agora ele está parecendo mais bravo e sério.
—o Deilan só não será a sua cópia como espera dele, será diferente....
Derick —gay? / Respiro fundo.
—não sei, mas mesmo que ele seja não vejo problemas nisso, ser rígido e maltrata-lo não vai mudar as coisas. Se for para causar traumas nele no futuro deixe outra pessoa cria-lo, por favor. / Vejo Erick sentar na poltrona e ficar me olhando.
Derick —tudo bem, eu deixo Danilo criar ele, mas quero algo em troca. / Olho para ele no mesmo momento.
—o quê?
Derick —que passe um tempo comigo. / Fudeu....
—então..... Daqui a dois meses irei embora. / Vejo a expressão dele mudar na hora.
Derick —para onde? / Ele parece um pouco espantado ao saber disso.
—vou para o Canadá, meu pai quer que eu governe um reino. / Derick está sem reação.
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