Adotada Por Um Vampiro romance Capítulo 93

Larah

Estou sentada no sofá observando as duas crianças me olhando, parecem querer respostas, a garota está me encarando sem parar.

—qual o nome de vocês? / Pergunto curiosa.

Menino —meu nome é Liam e o da minha irma é Ayla. / Ele parece ter entendido a situação, mas a irmã não.

—são gêmeos? / Perguntando notando que parecem ter a mesma idade.

Liam —sim, sou o mais velho. / Ele está um pouco tenso.

—não vou machuca-los, podem ficar tranquilos. /Falo com um sorriso que deixa o garoto sem jeito, a irmã dele parece ficar ainda mais brava.

Ayla —abre logo o jogo vampira com defeito. / Vampira com defeito?

—eu não tenho defeitos. /Fala mais séria.

Ayla —tem sim, nunca vi um sanguessuga com asas. / Diz me olhando.

Liam —por favor, perdoe minha irmã, ela é meio estourada. / Diz tentando parar a irmã.

—eu transformei vocês, salvei vocês da morte. /Falo mais séria já que parece que gentileza não resolve com essa garota.

Ayla —você só transformou a gente nos seus servos que farão tudo por você. / Desisto, não consigo lidar com adolescentes.

Darlan —se quiser ir embora pode ir, as portas estão abertas, mas saiba que vai morrer em três semanas, agora se decidir ficar ao lado da minha filha é melhor calar essa boca se não cortarei sua língua. / Vejo a garota tremer inteira.

Liam —ela não irá mais fazer isso, prometo. / Diz olhando meu pai.

Darlan —não prometa, se ela fizer a culpa também cairá sobre você. / Meu pai está tão sério que dá medo.

—acho que eles já entenderam. / Falo tentando fazer meu pai parar de assusta-los.

Liam —somos vampiros? / Pergunta curioso.

Darlan —não, ainda não, vocês não se transformaram em vampiros, talvez tenha acontecido outra coisa com vocês, mas só vão descobrir lá pelos 15 a 18 anos que é a hora do Dna vampiro despertar. /Acho que ele está assim para dar medo mesmo.

(...)

Fico olhando os gêmeos comendo torrada, são realmente bem parecidos, os dois tem cabelos castanhos e olhos cor de mel.

—quantos anos vocês tem? / Pergunto curiosa.

Liam —13 anos. / Diz o garoto olhando para mim sem jeito, acho que gostou de mim.

Ayla —para onde vai nos levar sangues.... Larah? / Vejo ela repensar na palavra quando meu pai senta na cadeira e olha para ela.

—para o Canadá, mas será só daqui a dois meses, preciso fazer algumas coisas antes, vão poder se despedir da mãe de vocês. / Falo calma bebendo um copo de sangue.

Escuto a porta da sala de jantar abrir, vejo Anthony vir em direção a mesa e se sentar, acho que ele está um pouco inseguro com tudo isso, ser transformado em vampiro deve ser um pouco desconfortante no começo.

Anthony —mestra Larah, se precisar de algo diga. / Está sendo bem formal comigo, eu quero que ele me trate mais amigavelmente.

—pode me chamar só de Larah, sobre eu precisar de algo..... Pode cuidar desses dois? / Preciso resolver muita coisa, não poderei ficar o dia inteiro com eles.

Anthony —cuidarei dos dois, Larah. / Diz com um sorriso amigável.

—obrigada. / Falo retribuindo o sorriso.

(...)

Acho que preciso falar com Derick, tentar convencer ele a deixar Deilan com Danilo.

Fecho meus olhos e apareço dentro do castelo, procuro Derick por todos os cômodos até ver ele perto da piscina, caminho até lá em passos lentos.

Quando pisco vejo que ele desaparece da minha frente, fico sem entender até sentir alguém me abraçar por trás.

Derick —senti sua falta. / Quando escuto a voz dele no meu ouvido, a forma que ele falou saiu tão sexy que me fez estremecer inteira.

—eu..... / Não sei mais o que falar, esqueci completamente o que vim fazer aqui.

Derick —Larah, fica comigo. / Fico completamente sem reação com o que ele diz.

Preciso me lembrar do que vim fazer aqui, mas está tão difícil pensar enquanto ele me abraça.

Daniela —solta ela Derick, não vê que ela está incomodada. / Derick me solta e eu olho para Daniela, pensei que ela seria a única pessoa que eu não iria ver aqui.

Derick —vai cuidar do seu filho. / Isso saiu tão machista.

Daniela —não, o pai do meu filho está cuidando já que não criei ele sozinha. / Eu adoro ela, saber que é minha prima me deixa bem animada, agora a parte do Daniel também ser, não. Preciso voltar ao objetivo pelo qual vim para cá.

—obrigada, Daniela, mas preciso conversar com o Derick em particular. / Falo agora olhando para o rei seria.

Derick —eu não lembro de ter feito nada para você me olhar dessa forma. / Diz sem entender o porquê do meu olhar sério.

—não fez, ainda. / Fala seria.

(...)

Estamos indo para o escritório dele, não sei como começar essa conversa, entramos no cômodo, sento em uma cadeira.

Derick —o que quer tanto falar comigo? / Diz olhando em meus olhos.

—eu vim aqui tentar te convencer a deixar Deilan com o Danilo. / Vejo a expressão dele mudar, ele está sério.

Derick —como pode pedir para eu deixar meu filho ser criado por outra pessoa? / Respiro fundo.

—eu vi o que vai acontecer no futuro, não irá criar o Deilan bem, vai ser um pai autoritário demais e vai sempre encontrar erros nele. / Falo agora mais firme.

Derick —eu não vou ser um pai ruim e autoritário sem motivos. / Quer dizer que existe motivos para esse tipo de coisa? Estou ficando cada vez mais brava com ele.

—que tipos de motivo? / Falo brava.

Derick —responda de uma vez, por qual motivo serei um pai rígido com ele? /Agora ele está parecendo mais bravo e sério.

—o Deilan só não será a sua cópia como espera dele, será diferente....

Derick —gay? / Respiro fundo.

—não sei, mas mesmo que ele seja não vejo problemas nisso, ser rígido e maltrata-lo não vai mudar as coisas. Se for para causar traumas nele no futuro deixe outra pessoa cria-lo, por favor. / Vejo Erick sentar na poltrona e ficar me olhando.

Derick —tudo bem, eu deixo Danilo criar ele, mas quero algo em troca. / Olho para ele no mesmo momento.

—o quê?

Derick —que passe um tempo comigo. / Fudeu....

—então..... Daqui a dois meses irei embora. / Vejo a expressão dele mudar na hora.

Derick —para onde? / Ele parece um pouco espantado ao saber disso.

—vou para o Canadá, meu pai quer que eu governe um reino. / Derick está sem reação.

Derick —fica aqui comigo, eu prometo ser um bom pai para o Deilan e um ótimo marido para você. /A voz dele está firme sobre isso, mas aquele futuro me assusta....

—eu não..... / Preciso respirar fundo e me manter firme mas o que sinto por ele é tão forte.

Derick —a muito aparente que nossos sentimentos se correspondem, então por que nega tanto?

—eu...............

Darlan —Larah, vamos para casa agora! / Tomo um susto ao ouvir a voz do meu pai atrás de mim.

Vejo ele vir em minha direção pronto para me teletransportar para outro lugar, mas Erick entra em minha frente.

Derick —ela já tem idade para decidir onde quer ficar. / Vejo os dois se olharem como se quisessem se matar

Darlan —se você não sair da minha frente agora, vai sair a força. / A não.... isso tinha mesmo que acontecer?

Derick —acho que está se achando muito, não esqueça que já está velho. / Aí caralho, dois idiotas orgulhosos, escuto a porta do cômodo a abrir.

Daniela —já que vão ficar nessa vou levar a Larah. / Ela entra na sala, segura minha mão e vai me lavando para fora do castelo.

—você sempre me salvando dessas situações estranhas. / Falo e ela sorri, sinto algo de estranho nela.

Daniela —claro que vou salvar você, afinal de contas somos primas né? / Respondo com um sorriso caloroso.

Ela me leva até o bosque onde eu andava a cavalo, vou até o estábulo onde minha égua ficava, vejo Branca comendo, acho que ela nem me reconhece mais, não venho aqui a tanto tempo.

Daniela —Larah, você não estranha morar com o seu pai? / Fico sem entender a pergunta dela.

—como assim? / Pergunto sem entender.

Daniela —ele é um gato, tem cabelos dourados, corpo malhado, olhos lindos, rosto perfeito....

—resumi a pergunta. / Falo estranhando.

Daniela —o que estou querendo dizer é, você não conviveu a vida inteira ao lado dele, então, talvez o veja como homem e não um pai. / Respiro fundo para dar uma responda não ignorante, pois sinto que ela não está bem, só sinto.

—ele é meu pai. / Falo terminando a conversa.

Daniela —desculpa se te incomodei. / Ele parece meio triste.

—esta tudo bem. / Sinto que ela está forçando o sorriso, tem algo de muito errado nela.

Daniela —se eu pudesse mudar minhas escolhas teria feito tanta coisa diferente. / Ela está pensativa e isso não é normal.

—se quiser desabafar eu tô aqui, como amiga e prima, não irei te julgar.

Daniela —eu odeio meu filho, eu odeio minha vida, eu odeio tudo! Eu me sinto tão diferente desde o nascimento do Dartanhan. Eu sinto como se.....

—como se sua vida não tivesse valor, que se um dia morrer ninguém sentirá falta? / Pergunto olhando nos olhos azuis dela.

Daniela —sim, eu não consigo ficar perto do meu filho, eu quero ficar sozinha, beber sozinha, acabar com essa angústia, esse peso em meus ombros, sinto que se eu falar ninguém vai me entender. / Eu já passei por isso algumas vezes.

Abraço ela e fico assim por algum tempo, agora eu tô preocupada, ela não tem basicamente mais ninguém, o Daniel casou com a Victória, provavelmente vai achar que é drama igual todo mundo, o David ela não quer nem chegar perto.

—se quiser passar um tempo comigo....

Daniela —esta tudo bem, irei ficar bem. / Diz forçando um sorriso.

Pior é saber o que ela está passando e não poder ajudar, talvez seja depressão pois parto, além disso ela deve um filho que nunca quis então deve ter algum trauma também.

—eu preciso ir, se precisar de qualquer coisa me liga, entendeu? Com qualquer coisa eu quis dizer qualquer coisa mesmo. / Falo séria.

Daniela —eu entendi, obrigada.

Darlan —onde pensa que vai Larah? / Pergunta aparecendo em minha frente.

—para casa. / Falo olhando para ele.

Darlan —Daniela, se quiser passar um tempo no meu reino será bem vinda. / Não vejo maldade na forma que ele falou.

Daniela —obrigada, tio. Tenho que ir, até mais / Vejo ela ir embora.

Provavelmente ele ouviu a nossa conversa, acho que só está querendo ajudar, pois ele já falou que Daniela parece muito com a irmã dele.

—ouviu? / Pergunto olhando para ele.

Darlan —sim, é por isso que quero que fique longe do Derick. /Fico sem entender.

—como assim?

Darlan —homens sempre são alertados desde crianças para nunca confiarem em ninguém, nem mesmo na nossa sombra, se Daniela tivesse crescido ouvindo isso, David não teria trocado os anticoncepcionais dela, e agora ela estaria sem depressão e sem aquele peso que ela vai tem que carregar pelo resto da vida. / Acho que com peso ele está falando do filho dela, será ele pensa isso de mim?

—esta querendo dizer para mim não confiar no Derick? / Pergunto olhando para ele.

Darlan —vampiros não costumam quebrar promessas, mas quebram sem pensar quando envolve amor e sentimentos.

—eu já entendi onde está querendo chegar.

Darlan coloca a mão em meu ombro e me teletransporta para o hospital do reino dele, não entendo o porquê de ele ter me trazido para cá.

—por que estou aqui? / Pergunto sem entender.

Darlan —vai fazer 20 anos amanhã, acho que já está mais que na hora te começar a tomar anticoncepcional. Não quer uma gravidez indesejada né? / Eu esqueci meu aniversário.

—não quero.

Darlan —vai fazer alguns exames para saber qual remédio será o melhor para você. / Respiro fundo pois vai ser vergonhoso.

(...)

Finalmente os exames acabaram, já estou com meu anticoncepcional em mãos, agora precisarei tomar todos os dias na mesma hora, é estranho pensar que terei que confiar nisso para não engravidar.

Darlan —se quer ter 100% de certeza que não vai engravidar usa camisinha também. / Sério, ele tem que parar de ler minha mente.

—agora vai parar de aparecer toda hora?

Darlan —não, só vai começar a funcionar depois de um mês tomando, então faça tudo direitinho que eu não tô afim de cuidar de neto agora, sou muito novo. / Começo a rir com a parte novo, pelo que eu saiba tem mais de dois mil anos.

—novo na aparência. / Falo e ele faz cara feia.

Darlan —vamos para casa antes que eu pense em deserdar você pelas piadas. / Acho que falar sobre idade mexe com ele.

(...)

Deito na cama cansada, estou toda reta e dura, acho que preciso de um bom descanso, escuto a porta do quarto a abrir, vejo Anthony vir até mim, ele tira minhas meias e começa a fazer massagem nos pés, relaxo automaticamente, é tão gostoso isso.

Anthony —se precisar de qualquer outra coisa pode pedir, Mestra Larah. /A voz dele é tão suave e calma.

—continue a dar massagem, por favor. / Falo estremecendo.

Anthony —sim, minha mestra.

Começo a adormecer com a massagem, fecho meus olhos e relaxo completamente.

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