Você gosta de homem?
Perante tal pergunta, Rafael sorri sem responder nenhuma palavra. Não afirma, mas também não nega.
Mas Yarin pensa que o silêncio é um afirmativo, fica atordoada e depois zomba de si: "Afinal, perdi para um homem."
Rafael fica sem palavras.
Mesmo que Rafael queira negar que gosta de homem, prefere ser mal-entendido do que responder as perguntas de Yarin, que não consegue explicar claramente em poucas palavras.
Sabendo que Rafael gosta de homens, Yarin perde a capacidade de descrever seu sentimento no momento. Um pouco amargo, chocante, mas também relaxado.
Seja o que for, pelo menos a dúvida que se enreda há muitos anos agora fica resolvida. Ela se sente aliviada como descarga um peso.
"Yarin." Rafael a chama em voz baixa.
Ela olha para ele.
"Você está namorando com Leal?" Perguntou Rafael.
Os olhos de Yarin se piscam, onde surge a zombaria. "Sou obrigada a responder?”
Rafael fica um pouco surpreso, força um sorriso com os cantos de lábios. "Não, não é obrigada."
Yarin sorri fria e diz: "É claro que não sou obrigada a dizer. Afinal, eu não tive uma explicação quando o namoro terminou. Não foi? Sr. Rafael."
Ela ainda está zangada.
Rafael ri, levanta a mão subconscientemente para acariciar a cabeça dela como costumava fazer, mas ela desvia.
O sorriso em seu rosto congela como suas mãos. Ele olha para ela, percebe que Yarin vira a cabeça para evitar a visão dele.
Rafael se sente um pouco angustiante, retira sua mão devagar e diz: "Yarin, se quiser, ainda pode me chamar de Ribeiro."
Ribeiro?
"Sr. Rafael, você me ignorou quando te chamei. Agora você está me dizendo que posso te chamar de Ribeiro. A contradição não é engraçada?"
Ela fala de zombaria que deixa Rafael franzir o sobrolho. "Yarin, falei que tenho minha razão."
"A sua razão?" Yarin o interrompe e zomba: "Então continue assim. Não quero perder mais tempo com você."
Yarin se apressa até carro, abre a porta, senta-se e fecha a porta sem nenhuma pausa. Dá para ver que ela está muito chateada mesmo.
Rafael fica congelado, vendo o carro dela voando como uma flecha e desaparecendo de sua vista em pouco tempo.
Desta vez, ela realmente se foi.
Rafael sorri amargamente. É normal que ela está tão furiosa.
Por tanto tempo sem contato, quando se encontram novamente, ele escolheu fingir de não a conhecer. Mesmo que ela chorou, ele endureceu seu coração e se recusou a reconhecê-la.
Entretanto, Yarin também não conhece a dor que Rafael sentiu quando ouviu o nome "Ribeiro." O seu coração é apertado por uma força gigantesca, doendo profundamente.
Ele queria abraçá-la firmemente e dizer-lhe que é Ribeiro, que em todos estes anos ele se sentia muita falta dela.
Pensando nisso, ri baixinha. A tristeza cobre seus olhos.
Se ele não namorasse com Leal, provavelmente ele não a reconheceria.
Leal, o filho mais novo da Família Shen.
Seus olhos de repente ficam frios. A Família Shen, uma grande família com uma história de mais de cem anos, tem poderes surpreendentes tanto na esfera militar quanto na política.
Mas, e daí? É igualmente sujo e nojento.
Ele se vira e caminha calmamente até seu carro.
Não tenha pressa. Precisa tempo para tratar alguns assuntos.
...
Yarin estaciona seu carro no estacionamento aberto do condomínio. Quando ela fecha bem a porta, de repente uma sombra aparece na sua frente, que a assustou e a faz dar um passo atrás.
Quando ela recupera a calma, um buquê de rosas entra à vista.
Yarin franze o sobrolho, pensando quem é tão chato. Um rosto familiar aparece atrás de flor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...