Amor doce de Henrique romance Capítulo 333

“Eu não quero voltar para o hotel, quero ficar com Henrique.”

Não importa o quanto Oscar tenta convencer, Júlia simplesmente não quer ir com ele. Por fim, ela abraça Henrique, segurando-o com força, e ninguém consegue separá-los.

Henrique faz uma cara de quem não podia fazer nada.

Alice olha para a frustração dele. Ela quer rir, mas não consegue.

Se Júlia não estivesse bêbada, Alice e Maya julgariam que aquilo era de propósito.

No fim das contas, quando realmente não há mais o que fazer, Alice diz: “O seguinte, vamos deixar ela ir para a casa conosco. Amanhã, quando acordar, a levamos de volta para o hotel.”

É a única coisa que podem fazer.

Oscar ajuda a colocar Júlia no carro e depois os observa sair.

“Oscar, você pode não trazer mais sua irmã quando sair?”

Ao pensar na cena caótica ocorrida há pouco, Maya não deixa de sentir um pouco de raiva.

Oscar ergue as mãos à lateral da cabeça e esfrega as têmporas doloridas. Frustrado, ele diz: “Não sabia que seria assim. Quando levá-la para sair novamente, não vou deixá-la beber.”

Realmente, a culpa é da bebida!

Maya o observa esfregar as têmporas e franzir a testa com força. Ele não parece bem.

Ela torce a boca, fingindo casual, e pergunta: “Não está se sentindo bem?”

Ao ouvir, Oscar ergue os olhos e seus lábios se curvam num sorriso travesso, “Você está preocupada comigo?”

“Eu não.” Maya responde tentando não esboçar expressão alguma.

Por que ela gosta tanto de mentir sobre o que sente? Será que pensa que ele é cego e não consegue ver a preocupação nos olhos dela?

Oscar ri baixinho e depois segura a mão dela, entrelaçando os dedos.

“Vamos voltar?” Ele fala com suavidade.

A palma da mão dele está muito quente.

Os cantos dos lábios de Maya se curvam lentamente e ela pronuncia baixinho um “uhum”.

Oscar sorri e a conduz pela mão até o carro.

A silhueta dos dois vai se alongando aos poucos no chão de concreto; as duas sombras, intimamente dependentes, parecem uma pintura inspiradora.

...

Se dissesse que Alice não se importa com Júlia, isso seria mentira.

Embora Júlia tenha dito que Henrique não era do seu tipo, Alice, ao vê-la tão dependente de Henrique, não pode evitar sentir inveja.

Além disso, Henrique permite Júlia se aproximar, o que obviamente é totalmente diferente com outras mulheres.

Alice ajuda Júlia a se cobrir uma coberta, se vira, olha para o homem encostado ao lado da porta e sorri levemente, “Finalmente dormiu em paz.”

Ela diz isso e sai.

Quando ela chega perto, Henrique aproveita a oportunidade e pega em sua mão, “Então o que sobrou do tempo é meu”.

Alice olha diretamente para os profundos olhos negros dele e franze os lábios. Há um traço de hesitação nos olhos dela.

“Pergunte o que quer perguntar.” Ele fala.

“Eu...” Alice morde o lábio e respira fundo, “Seu pai vai obrigar você a se casar com a Júlia?”

Vendo a ansiedade dela, Henrique ergue a mão e acaricia levemente a bochecha dela, então diz com brandura: “Licinha, meu pai é incapaz de controlar a minha vida.”

Alice olha fixamente para ele. Embora saiba que é como ele disse, seu coração sente uma inquietação difícil de entender.

Ela teme um dia não poder segurar a mão dele.

Ela sente medo.

Pensando nisso, ela segura com firmeza a mão dele, como se ele fosse partir.

Um leve sorriso surge nos lábios de Henrique, que gentilmente larga a mão dela e, antes que ela possa reagir, a abraça pela cintura.

Alice exclama baixinho e se apressa a erguer os braços para envolver o pescoço dele.

Ele olha para ela profundamente e esboça um sorriso malicioso. “Vamos fazer outra coisa para você não ter tempo de pensar em bobagens.”

Alice morde o lábio num sorriso tímido e enterra o rosto no peito dele.

Henrique sai com ela nos braços e o quarto retorna ao silêncio.

...

Hermes pensa haver se tornado um poderoso e rico e que dali em diante poderia alcançar o ápice da vida.

Ele não esperava cair antes de chegar ao topo.

Ele fica de pé, com uma expressão apática, ouvindo quieto a conversa entre Anita e seu pai.

“Pai, o que faço agora?” Basta pensar naquela vagabunda de Yarin se tornando uma vencedora, para deixar Anita roxa de raiva.

Pensando que de agora em diante seria inferior a Yarin, o ressentimento está preso no peito e ela não consegue o engolir.

Depois do imprevisto de hoje, embora tivesse se preparado psicologicamente, o pai de Anita ainda é incapaz de suportar, e se sente de repente muito mais velho.

Ele agita a cabeça e suspira, sem nada do antigo vigor, “Eu também não sei o que fazer.”

O grupo tinha problemas financeiros e o banco não está disposto a conceder-lhe um empréstimo. E se não houvesse injeção de capital, o grupo seria forçado a declarar falência.

Felizmente, os resultados não foram ruins, e o grupo voltou às operações normais. Apesar de perder os direitos administrativos, em todo caso o grupo foi salvo.

Até hoje, Quincas só assim pode consolar a si mesmo e confortar um pouco seu coração.

Mas Anita não pensa assim.

“Pai, não podemos entregar o Grupo Yang, você deu o seu sangue por ele.”

Quincas suspira, “O que podemos fazer? A Srta. Yarin tem mais ações que eu e os outros acionistas juntos. O que você quer que eu faça?”

As palavras do pai estão certas, eles não podem mesmo fazer nada com relação a Yarin.

Anita franze a testa e fica pensando séria. Em seguida, ela aponta uma estranheza, “Pai, como ela conseguiu tantas ações em pouco tempo?”

“Comprando.” Quincas responde casualmente.

“Comprando?” Anita semicerra os olhos, que pouco depois brilham, “Pai, se conseguirmos encontrar evidências de transações econômicas indevidas de Yarin, podemos fazer uma denúncia contra ela?”

“Anita, o que você está pensando em fazer?” Quincas franze a testa e continua falando, em tom de desaprovação: “Nem pense nisso. Mesmo que seja desonesto, não há nada que você possa fazer contra Leal Shen.”

“Não me importo, eu só não quero que o Grupo Yang vá para as mãos de outras pessoas.”

Nesse momento, Anita exibe seu lado de senhorita rica e arrogante.

“Anita, você não pode me dar um pouco de paz de espírito?” Quincas aponta para a barriga inchada, “Você está grávida. Cuide de gerar um bebê saudável. Esqueça os assuntos da companhia.”

“Pai!” Anita ainda insiste.

Vendo a teimosia dela, o pai de Anita a repreende severamente: “Não pense mais nisso. Se eu descobrir que você está investigando secretamente essas coisas, vou mandar você fora do país para tirar folgas.”

As palavras de Quincas chegam a tal ponto que Anita sabe que continuar insistindo com o pai não seria bom para ela.

Então ela, constrangida, contrai os lábios, em seguida, vira a cabeça e grita para Hermes, que havia ficado o tempo todo em silêncio: “Hermes, vamos voltar para casa.”

As palavras somem, e ela toma a iniciativa e caminha para fora do escritório.

Hermes acena respeitosamente com a cabeça para Quincas e depois se vira para sair.

Nesse momento, Quincas diz: “Hermes, fique de olho na Anita. Não a deixe fazer coisas estúpidas.”

“Hum, entendido!”

Acenando com a cabeça mais uma vez, Hermes sai apressado. Quincas repara que no rosto dele há uma expressão traiçoeira.

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