“Eu não quero voltar para o hotel, quero ficar com Henrique.”
Não importa o quanto Oscar tenta convencer, Júlia simplesmente não quer ir com ele. Por fim, ela abraça Henrique, segurando-o com força, e ninguém consegue separá-los.
Henrique faz uma cara de quem não podia fazer nada.
Alice olha para a frustração dele. Ela quer rir, mas não consegue.
Se Júlia não estivesse bêbada, Alice e Maya julgariam que aquilo era de propósito.
No fim das contas, quando realmente não há mais o que fazer, Alice diz: “O seguinte, vamos deixar ela ir para a casa conosco. Amanhã, quando acordar, a levamos de volta para o hotel.”
É a única coisa que podem fazer.
Oscar ajuda a colocar Júlia no carro e depois os observa sair.
“Oscar, você pode não trazer mais sua irmã quando sair?”
Ao pensar na cena caótica ocorrida há pouco, Maya não deixa de sentir um pouco de raiva.
Oscar ergue as mãos à lateral da cabeça e esfrega as têmporas doloridas. Frustrado, ele diz: “Não sabia que seria assim. Quando levá-la para sair novamente, não vou deixá-la beber.”
Realmente, a culpa é da bebida!
Maya o observa esfregar as têmporas e franzir a testa com força. Ele não parece bem.
Ela torce a boca, fingindo casual, e pergunta: “Não está se sentindo bem?”
Ao ouvir, Oscar ergue os olhos e seus lábios se curvam num sorriso travesso, “Você está preocupada comigo?”
“Eu não.” Maya responde tentando não esboçar expressão alguma.
Por que ela gosta tanto de mentir sobre o que sente? Será que pensa que ele é cego e não consegue ver a preocupação nos olhos dela?
Oscar ri baixinho e depois segura a mão dela, entrelaçando os dedos.
“Vamos voltar?” Ele fala com suavidade.
A palma da mão dele está muito quente.
Os cantos dos lábios de Maya se curvam lentamente e ela pronuncia baixinho um “uhum”.
Oscar sorri e a conduz pela mão até o carro.
A silhueta dos dois vai se alongando aos poucos no chão de concreto; as duas sombras, intimamente dependentes, parecem uma pintura inspiradora.
...
Se dissesse que Alice não se importa com Júlia, isso seria mentira.
Embora Júlia tenha dito que Henrique não era do seu tipo, Alice, ao vê-la tão dependente de Henrique, não pode evitar sentir inveja.
Além disso, Henrique permite Júlia se aproximar, o que obviamente é totalmente diferente com outras mulheres.
Alice ajuda Júlia a se cobrir uma coberta, se vira, olha para o homem encostado ao lado da porta e sorri levemente, “Finalmente dormiu em paz.”
Ela diz isso e sai.
Quando ela chega perto, Henrique aproveita a oportunidade e pega em sua mão, “Então o que sobrou do tempo é meu”.
Alice olha diretamente para os profundos olhos negros dele e franze os lábios. Há um traço de hesitação nos olhos dela.
“Pergunte o que quer perguntar.” Ele fala.
“Eu...” Alice morde o lábio e respira fundo, “Seu pai vai obrigar você a se casar com a Júlia?”
Vendo a ansiedade dela, Henrique ergue a mão e acaricia levemente a bochecha dela, então diz com brandura: “Licinha, meu pai é incapaz de controlar a minha vida.”
Alice olha fixamente para ele. Embora saiba que é como ele disse, seu coração sente uma inquietação difícil de entender.
Ela teme um dia não poder segurar a mão dele.
Ela sente medo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...