No dia seguinte, Alice dorme quase até o meio-dia.
Enquanto desce as escadas, ela ouve uma risada que lembra o som de sinos de prata tilintando.
Ela enruga a testa e acompanha o som da risada até a porta da cozinha.
Na cozinha, Dona Maria e Júlia conversam animadamente.
Ao ver Alice, Júlia para imediatamente de conversar com Dona Maria e se volta para ela com um sorriso efusivo: "Cunhada".
Ouvindo isso, Dona Maria vira a cabeça e, ao vê-la, enche o rosto de um sorriso amoroso, "A senhora está acordada. Está com fome?"
Alice se aproxima e balança a cabeça levemente, "Não."
Então seu olhar captura os bolinhos de massa recheada na tábua de corte em cima da bancada da cozinha. Ela ergue as sobrancelhas e pergunta, "Vamos ter massa recheada para o almoço?"
"Vamos." Dona Maria acena com a cabeça, sorrindo: "Júlia queria fazer bolinhos para Henrique, então resolveu fazer a massa para todos comerem juntos."
Alice acena com a cabeça e dá um sorriso amarelo para Júlia: "Júlia, você é visita e fica fazendo as coisas. Fico muito sem graça."
Júlia sacode a cabeça, "Nada disso. Faço com prazer. Meus bolinhos de camarão são os favoritos de Henrique."
Favoritos? Alice ergue as sobrancelhas de leve e sorri sem dizer mais nada.
Ela se vira e sai da cozinha. Assim que vê Henrique no andar de baixo, um sorriso resplandece em seu rosto delicado.
Ela o cumprimenta, "Henrique".
Henrique para na frente dela, e, com um olhar gentil e um arco formado no canto dos lábios, pergunta: "Ainda está cansada?"
A pergunta a faz lembrar de como a noite foi romântica e encantadora. Suas orelhas pegam fogo, e um leve rubor toma conta de suas bochechas brancas.
Ela reclama, "Será que dá para não falar disso?"
Com um olhar todo carinhoso, ele acaricia a cabeça dela.
Júlia sai da cozinha ainda sorridente, mas o seu sorriso vai se esvaindo ao ver a cena romântica de Henrique e Alice.
Um brilho soturno toma conta de seus olhos, e ela se aproxima lentamente.
"Irmão, cunhada." Ela diz baixinho.
O som faz o casal girar o rosto ao mesmo tempo. Henrique não demonstra muita expressividade no olhar ao vê-la, e nada do carinho que reserva para Alice.
Alice sorri e pergunta: "O bolinho está pronto?"
"Sim, acabei de fazer." Júlia sorri, seu olhar se desvia para o rosto incrível de Henrique, e no fundo de seus olhos se esconde um amor insondável.
Ela abre um sorriso, "Henrique, fiz seus bolinhos de camarão favoritos."
Seu olhar traz um brilho de esperança.
"Foi mesmo?" Ele franze o cenho e diz com indiferença: "Esse tipo de coisa é para a Dona Maria fazer. Você não precisa se envolver."
Por um breve instante, o sorriso nos lábios de Júlia se esvai, mas ela logo o recupera. Ela disfarça a profunda decepção, franze os lábios e dispara, insatisfeita: "Henrique, você fala demais. Não vê que me deixa sem graça? Não é qualquer um que possa fazer bolinhos como eu."
Vendo a boquinha dela está quase pronta para pendurar a garrafa de óleo, Alice não consegue segurar uma gargalhada, e procura explicar o que Henrique disse.
"Júlia, o que seu irmão quis dizer é que sua intenção é louvável, mas não precisa você mesma fazer isso."
"A cunhada quer dizer que...meu irmão sente angustia de que eu tome parte nesses trabalhos braçais?" Júlia olha para ela esperançosa.
"Isso mesmo." O tom de voz de Alice não é muito confiante.
Na verdade, não era o que ela queria dizer, mas agora Júlia havia entendido tudo errado. Ela imagina que, se for tentar explicar, é possível de Júlia ficar ainda mais triste.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...