Depois do almoço, Alice deixa Júlia no hotel e vai para o hospital.
Ela vai fazer uma visita a Cecília.
Cecília não parece nada surpresa com a chegada dela.
"Pode nos deixar a sós?" Ela diz à enfermeira.
Assim que a enfermeira sai, ela puxa o cobertor sobre a perna, sem dizer uma palavra e sem olhar para Alice.
A enfermaria está um silêncio só.
Alice olha ao redor da enfermaria e ergue os cantos da boca levemente, "É uma enfermaria VIP, o ambiente não é nada mal. Quer dizer que se tratar aqui é melhor de que em um centro de detenção, Cecília?"
Ela dá ênfase exagerada à expressão "Cecília", com a zombaria misturada à sua voz.
Cecília vira a cabeça e olha pela janela, ignorando-a.
Alice não se importa. Caminha até o parapeito da janela, depois se vira e encara Cecília.
Sem esperar que Alice fosse dar a volta até lá, Cecília parece um pouco atordoada.
Alice a encara com frieza no olhar, "Cecília, essa nem parece a senhora. Costumava falar muito quando me encontrava. Por que guarda silêncio hoje? Acaso tem medo de acabar falando demais e se expor?"
Com isso, Cecília finalmente responde com frieza, "Alice, você gosta mesmo de fazer seu achismo?"
"Meu achismo?" Alice ergue as sobrancelhas, "Seu coração é que vai dizer se estou ou não fazendo achismo."
"Pois eu não sei e nem quero saber.", responde a senhora com frieza.
Alice ri, e a conversa toma um outro rumo, "Cecília, Hanna voltou ao mundo do entretenimento. Eu realmente a admiro. Depois de tudo o que aconteceu, ela ainda tem a coragem de voltar."
Ao ouvir isso, os olhos de Cecília transbordam de malícia e frieza.
Alice caminha até a sua frente e a encara com desdém. Seu olhar intimidador é tão frio quanto uma geada no inverno.
Instintivamente, Cecília agarra o cobertor à sua perna. Há tempos ela não via a aura amedrontadora de Alice, que a surpreende cada vez mais e faz o medo surgir irrefreável em seu coração.
Basta uma frase ecoar de maneira bem nítida: "Cecília, Hanna se atreve a voltar ao mundo do entretenimento..."
Um estranho sorriso toma o canto dos lábios de Alice, "Vou mostrar a ela que a indústria do entretenimento não é um lugar de onde se possa sair e voltar com facilidade e quando desejar."
"O que você está tramando?" Cecília a encara ferozmente.
"Tramando?" Alice dá uma sonora gargalhada, "Ela já teve a reputação arruinada, por que viria a temer alguma ação de minha parte?"
"Alice, se você se atrever a fazer qualquer coisa contra Hanna, você não vai me escapar."
A ameaça chega a ser risível, e Alice não dá a mínima. Ela olha em volta e lança um olhar zombeteiro para o rosto furioso da adversária: "Cecília, sua doença é grave, e é melhor se cuidar bem. Se chegar a hora e tiver que acontecer alguma coisa com Hanna, o fato de você dizer que não vai me deixar escapar não vai fazer a menor diferença.
"Vadia!" Cecília se levanta encolerizada e ergue a mão para bater nela.
Alice agarra a mão dela com facilidade, e a pouca força que aplica já basta para deixá-la gemendo. Cecília lhe faz uma severa reprimenda: "Alice, solte-me agora mesmo!"
"A senhora já não estava nas últimas? Por que de repente esse vigor todo?" Alice ergue as sobrancelhas, "Será que não está fingindo a doença?"
Um traço de pânico percorre o rosto de Cecília, "Que asneira é essa que está dizendo?"
"Se foi asneira ou não o que eu falei, é a sua consciência que vai dizer."
Dizendo isso, Alice solta a mão de Cecília e a encara friamente, "Diga a Hanna para não ser tão confiante. Cuidado, que o excesso de confiança pode levar a um final ainda pior do que antes."
A paciente massageia o braço dolorido, e o medo toma corpo no fundo de seus olhos.
Alice mudou mesmo, e mudou de um jeito de até a assustar.
Ela disse o que precisava dizer, e não precisa mais continuar ali.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...