Alice e Lúcifer saem do hospital direto para a delegacia.
A polícia coleta o depoimento deles e logo dá início a uma investigação de desaparecimento.
Mesmo sem encontrar o pai, Lúcifer manifesta toda sua gratidão a Alice.
Sabendo que o sumiço de Pedro está relacionado à sua história, a demonstração de gratidão a faz se sentir profundamente culpada.
Ela se despede dele ainda na delegacia e vai direto para casa. A ideia é descansar um pouco antes do jantar. Ela não imaginava que Júlia também estaria lá.
E veio de mala e cuia.
Alice olha para a mala ao lado de Júlia, e depois para o rosto dela, e torce ligeiramente as sobrancelhas, "Júlia, você está..."
"Vou morar aqui por uns tempos", ela responde com um sorriso.
Alice franze a testa, surpresa, "Morar por uns tempos? Henrique concordou?"
Júlia balança a cabeça: "Henrique ainda não sabe, mas..."
Ela ergue as sobrancelhas para Alice, "Mas se a cunhada concordar, então está tudo certo."
Alice não diz nada.
É claro que ela não concorda. É o lar deles, de Alice e Henrique, e ela não ficaria nada à vontade em abrigar aquele perigo em potencial.
Ela diz, "Sinto muito, Júlia, não posso decidir por minha conta. Você vai ter que perguntar a Henrique."
Ao empurrar o problema para Henrique, ela acredita que o resultado será satisfatório.
Ouvindo essas palavras, Júlia desaba e ainda faz beicinho: "Cunhada, você não é receptiva comigo."
Alice sorri: "Por que não sou receptiva? Só não posso decidir sozinha. Você vai ter que obter o consentimento de Henrique."
Júlia faz um muxoxo, "Tudo bem, então. Vou ligar e perguntar a Henrique."
Dizendo isso, ela retira o telefone da bolsa e disca na frente de Alice, que dá um sorriso, vira as costas e vai se sentar no sofá da sala.
Assim que se senta, escuta a voz de Júlia.
"Alô, Henrique."
Ela se vira e pousa o olhar na moça que fala ao telefone.
"Henrique, quero passar um tempo aqui na sua casa, pode ser?"
"Por que não posso?"
Henrique deve ter recusado. Só de ouvi-la, já subiu o tom de voz.
Alice torce os lábios. Afinal, como Henrique poderia querer que alguém perturbasse a sua vida a dois?
Mas Júlia é alguém que não desiste facilmente.
"Henrique, se você não concordar que eu venha morar aqui, eu volto para a capital e peço ao tio Valdir para marcar logo o nosso casamento."
É uma ameaça bem direta.
Alice ergue a testa e encara os olhos de Júlia com uma pitada de frieza. Fazer uma chantagem dessas com Henrique? Está na cara que não é uma pessoa de bom coração.
Aí é que ela não pode vir morar aqui mesmo.
Júlia usa Valdir como fichas de negociação, achando que isso tornaria Henrique mais ou menos escrupuloso e a deixaria morar ali.
Mas quem imagina...
"Júlia, aquele velhote não representa nada para mim. Por isso, não adianta usá-lo para me ameaçar."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...