Amor Moscato romance Capítulo 52

A verdade se mostrou clara: Sandro não sentia nenhuma atração física por Teresa, nem mesmo um pingo de interesse.

Quando ele desceu para o café da manhã, Teresa já estava arrumando a mesa. Quando ela o viu, um sorriso iluminou seu rosto: "Sr. Amaral, o café está pronto."

Sandro deu uma olhada rápida na mesa e se sentou: "Foi você quem fez tudo isso?"

"Sim. Vi que havia ingredientes frescos na geladeira e decidi preparar algumas coisas. Só não sei se você e a vovó vão gostar" disse Teresa ao passar os talheres para ele.

Após provar um pouco, Sandro comentou: "Está bem gostoso."

Teresa se alegrou com o elogio, mas ao virar-se e ver a velha Senhora se aproximando, seu sorriso se fechou um pouco.

Sandro mal tocou na comida e então pousou os talheres: "Estou indo para a empresa, hoje voltarei tarde."

Teresa o acompanhou até a entrada: "Posso ir com você?"

Ele olhou para ela: "Você não trabalha mais lá, é melhor não ir para a empresa."

"Mas acho que a vovó não vai gostar de mim..." disse Teresa. De fato, ela achava a senhora muito estranha e difícil de lidar, e não queria ficar sozinha com ela.

Sandro então disse: "Ela tem um coração mole, mesmo que não pareça. Se você vai morar aqui, vai ter que enfrentar isso mais cedo ou mais tarde".

Foi então que Sandro se lembrou de Yolanda. Se fosse ela, a velha Senhora certamente ficaria feliz... Ao se dar conta de seus próprios pensamentos, Sandro se surpreendeu. Ele estava imaginando como seria se a pessoa naquela noite tivesse sido Yolanda, e não Teresa...

"Tudo bem" concordou Teresa, embora com relutância.

Sandro saiu dirigindo, buzinando duas vezes ao passar por um carro que estava parado na rua desde a noite anterior.

"Eu não quero saber! Eu quero entrar no departamento de assistentes da Família Amaral! Vou ser a assistente do irmão Sandro e vou esclarecer tudo isso!" Helena estava determinada.

Eduardo caiu na cadeira, desolado: "Ótimo! Ainda não acredita!"

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Yolanda foi a primeira a chegar na empresa, ocupada pela manhã inteira. Quando chegou a hora do almoço, ela ainda estava sentada em sua mesa.

Com todos saindo, Yolanda discretamente tirou um pacote de bolachas da bolsa, abriu e mordeu uma, mastigando devagar.

A janta da noite anterior a deixara completamente sem dinheiro. Ela não tinha nem para o almoço, nem para o café da manhã. Felizmente, as guloseimas que Joana tinha lhe dado ainda restavam um pouco. Ela fez as contas: se comer uma bolacha por refeição, conseguiria sobreviver até o dia do pagamento.

Enquanto mastigava, a porta do escritório se abriu, e Sandro e Norberto saíram.