Amor Moscato romance Capítulo 6

Após o jantar, Yolanda tomou um banho relaxante. Ao se despir, parou frente ao espelho, observando as marcas em seu corpo e lembrando-se da loucura da noite anterior, ainda com uma sensação de temor.

Talvez por ter dormido demais durante o dia ou por se sentir desconfortável, Yolanda teve uma noite inquieta. Entre sonhos e realidade, ouviu vozes alteradas vindo de fora, esfregou as têmporas e se levantou, abrindo uma fresta da porta do quarto.

A luz da sala de estar estava acesa e uma gravata e sapatos masculinos estavam espalhados pelo chão. Kleber estava esparramado no sofá, exalando um forte cheiro de álcool.

Joana, enquanto arrumava a bagunça, disse: “Eu não disse para você beber menos? Olha só, você vai acordar com uma ressaca terrível amanhã...”.

“Blá, blá, blá, tudo o que você faz é reclamar. Você acha que eu quero ser assim? Estou fazendo isso por você, pela nossa casa, pela sua irmãzinha, que é um verdadeiro peso morto! ”

Joana estava irritada: “Fale de mim, mas não envolva Yolanda nisso”.

“É mesmo?" Kleber levantou a voz: "Ela come, bebe e vive às minhas custas, e eu não posso nem falar? Se alguém de fora visse, pensaria que ela é a matriarca da família!”

“A Yolanda já tem um emprego e, desde o primeiro ano na universidade, tem contribuído com as despesas. Isso é viver às custas dela?" Joana defendeu sua irmã.

Kleber apontou para ela: "Ótimo! Então faz o seguinte, manda ela embora amanhã. Não suporto nem olhar para a cara dela!”

“Yolanda é minha irmã, meu único parente. Ela mal terminou a universidade e acabou de conseguir um emprego. Você quer mandá-la embora agora? Que tipo de pessoa faz isso?”

A decisão de Joana de se casar com Kleber também foi influenciada por Yolanda. Joana sempre dizia que, como duas mulheres sozinhas no mundo, elas enfrentavam muitas dificuldades, e ter um homem em casa significava ter alguém para protegê-las. Sem muita instrução, Joana vendia coisas no mercado de rua e mal ganhava dinheiro suficiente para sonhar em ter sua própria casa.

Kleber, um homem com formação universitária, trabalhava em uma empresa de capital aberto. No início, ele era um bom homem, mas talvez a pressão o tenha tornado mais irritável. Ele costumava chegar em casa completamente bêbado e começava a brigar com Joana.

Por causa de Yolanda, Joana sempre se sentia inferior, e todas as discussões acabavam com ela cedendo.

Yolanda sabia que sua irmã ainda amava o marido, e que nenhum amor poderia superar as dificuldades do dia a dia. Ela não queria ser um fardo para o casal. Sua decisão de partir era um desejo de que eles pudessem viver melhor.

Quando o elevador parou no oitavo andar, as portas se abriram e Yolanda viu quem estava do outro lado, apertando firmemente a alça de sua mala.