Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 57

"Vá em frente", disse Patrick.

"Vou trabalhar na Glorious Seth Design. Você precisa me prometer que não causará problemas lá novamente."

Eu queria garantir que a empresa de Seth estivesse a salvo.

"Tudo bem. Eu prometo", concordou Patrick.

Apesar da promessa, eu continuei em dúvida. "Sr. Cowell, espero que você possa manter sua palavra e não aja como da última vez. Você tinha me prometido, mas, no final conspirou contra a Glorious Seth Design pelas minhas costas."

Patrick olhou para mim com um olhar incrédulo. "Eu não quebrei minha promessa. Depois da nossa conversa, eu não fiz nada contra a Glorious Seth Design."

"Sr. Cowell, você sabe melhor do que eu qual é a verdade."

Àquela altura, eu já não conseguia mais confiar em Patrick.

Mas eu tinha que acreditar na palavra dele.

No dia seguinte, voltei a trabalhar na Glorious Seth Design.

Seth me acolheu com entusiasmo, mas os funcionários, em geral, não gostaram de me ver.

Quando saí do escritório de Seth e fui para a minha estação de trabalho, havia um rato morto sobre as minhas coisas.

A mesa inteira estava manchada de sangue.

Se fosse no passado, eu teria aguentado calada. Mas, desta vez, eu decidi fazer diferente e ajudar Seth, em vez de derrubá-lo.

Depois de observar o rato morto, peguei-o pelo rabo e o joguei na lata de lixo, enquanto resistia ao desconforto que aquilo causava em meu estômago.

Em seguida, pegando todos de surpresa, bati palmas para chamar a atenção dos meus colegas e disse: "Vocês sabem que eu fui presa, mas acho que não sabem o motivo, não é?".

Todos ao meu redor fingiram não prestar atenção em mim.

Mas eu sabia que eles estavam ouvindo tudo atentamente, com as orelhas em pé!

"Tentativa de homicídio", eu continuei, pronunciando palavra por palavra vagarosamente.

Depois que terminei de falar, vi que todos os meus colegas pararam o que estavam fazendo por um momento.

Um deles até chegou a tomar um gole de café.

O escritório foi tomado por um silêncio deprimente.

Em seguida, continuei falando: "Claro, há uma razão por trás disso. Mas, agora que estou do lado de fora, prometo que vou tentar me dar bem com todos".

Depois disso, sentei-me de volta na cadeira.

E o dia passou de maneira bastante pacífica a partir de então.

Coisas como aquela nunca mais voltaram a acontecer. No entanto, compreensivelmente, todos meus colegas se afastaram de mim.

Em razão do que aconteceu no último projeto, Angie tinha se sentido ofendida. Mas, agora, além de eu já ter sido reintegrada à sociedade, a maioria dos pedidos da empresa estava relacionada a casas comuns.

E eu me sentia capaz de trabalhar com eles.

Então, voltei a exercer o cargo de designer.

Conheci alguns clientes naquela tarde e conversamos sem maiores problemas. No final, consegui fechar contrato com dois deles.

Ao pensar que teria que ir ao canteiro de obras no dia seguinte para medir a escala e desenhar o esboço do projeto – e que, portanto, não estaria muito disponível depois disso –, entrei em contato com Lisa, dizendo que queria devolver o dinheiro para ela pessoalmente naquela mesma noite.

Ela estava na Cidade Y.

Combinamos de nos encontrar, às 18h30, em um restaurante especializado em hotpot, que ficava perto da empresa.

Assim que terminei meu trabalho e saí do prédio da empresa, vi Patrick parado na porta, como se estivesse esperando algo. O carro dele estava estacionado não muito longe dali.

Quando ele me viu, caminhou em minha direção e perguntou: "Você já acabou o trabalho? Quer ir comer?".

Ele me tratou com naturalidade, como se fôssemos um casal que se amava muito.

Ele estava me esperando sair trabalho para que nós jantássemos juntos.

Os funcionários que trabalhavam no mesmo prédio que eu entravam e saíam sem parar, todos parecendo lançar olhares de inveja ou ciúme para nós.

"O que há por trás de tanta gentileza?", eu me perguntei. Mas já sabia a resposta com clareza.

"Eu não sou tão sortuda assim…", pensei.

Eu endireitei minhas costas e disse a Patrick: "Sr. Cowell, você tem que lidar diariamente com todos os tipos de coisa. Portanto, não precisa se preocupar comigo também. Eu já prometi a você que não vou insistir naquele assunto de novo e juro que não vou voltar atrás na minha palavra".

Depois disso, abri um sorriso educado.

Patrick me encarou com um olhar soturno. Em seguida, ele baixou a voz e disse: "Você acha que eu vim até aqui buscá-la por causa desse assunto?".

"O que mais poderia ser? Sr. Cowell, não me diga que você está sentindo a minha falta?!"

Inclinei minha cabeça e olhei para ele com uma expressão engraçada.

"Como isso pode ser possível?"

Patrick quase refutou instantaneamente, como se ele tivesse sido pego no flagra.

Se fosse outra pessoa, eu pensaria que ele realmente tinha sentido minha falta.

Mas era Patrick.

Era impossível que ele tivesse esse sentimento por mim.

Olhei para o relógio e vi que já eram 18h10. Então, eu disse: "Sr. Cowell, marquei de me encontrar com Lisa para jantarmos juntas. Portanto, preciso ir".

Depois de dizer isso, fiz a menção de ir embora. O que eu não esperava era que Patrick me dissesse: "Vou levar você lá".

"Sr. Cowell, o restaurante fica bem aqui em frente. Você não precisa se preocupar."

Parecia que Patrick, finalmente, tinha se irritado com a minha reiterada rejeição.

Quando comecei a andar, eu o ouvi dizer atrás de mim: "Se é assim, então nunca mais me peça ajuda".

Ao ouvir aquelas palavras, percebi que ele parecia estar com raiva.

Mesmo assim, não olhei para trás. Eu não precisava de um marido que não me amasse de verdade.

"Charlotte." Depois de dar alguns passos, Seth me alcançou: "Aonde você vai? Pode deixar que eu a levo".

"Vou jantar com a Lisa. Posso ir a pé, é pertinho."

Eu disse a Seth a mesma coisa que falei para Patrick.

Seth não pareceu se importar nem um pouco. Ele sorriu e disse: "Sério? Eu estava indo tomar um café por aqui perto também. Então, vamos indo juntos".

Claro que eu sabia que ele estava mentindo e que só tinha dito aquilo porque queria me acompanhar. Mesmo assim, não consegui encontrar um motivo para recusar sua companhia.

Eu virei minha cabeça ligeiramente e vi que o carro de Patrick ainda estava estacionado lá.

"Ele deve ter me visto conversando com Seth…", pensei comigo mesma.

De alguma forma, eu me senti um pouco ansiosa, como se tivesse feito algo errado e sido pega em flagrante.

Dei mais dois passos e parei de andar. Então, eu apontei para o carro ali parado e disse a Seth que ele não precisava ir tão longe comigo só para me acompanhar.

Seth não se importou, mas eu insisti: "Eu prefiro ir sozinha".

Depois que recusei sua oferta algumas vezes, ele finalmente se despediu.

Assim que ele se foi, vi Patrick ligar o carro e ir embora.

Durante o jantar, devolvi para Lisa o dinheiro que tinha pego emprestado.

Ela recebeu o dinheiro de volta e me perguntou, enquanto comia: "O que você vai fazer? Você vai deixar Caroline se safar de tudo tão facilmente?".

"Eu preciso pensar direito sobre isso."

Claro, eu não pretendia deixar Caroline sair impune tão facilmente.

Mas eu me preocupava com Patrick, temendo que ele realmente fizesse algo contra o orfanato em um acesso de raiva.

Depois daquele dia, Patrick, com a autoestima e o orgulho feridos, não apareceu mais na minha frente por dois meses seguidos.

Com a mudança de estação, o frio chegou. Eu estava com a saúde debilitada por conta do que sofri na prisão. E eu era especialmente sensível ao frio. Não importava quantas roupas eu usasse, minhas mãos e pés continuavam sempre gelados.

Num certo domingo, finalmente consegui descansar.

Eu não queria sair de casa. Então, eu me enrolei em uma colcha e fiquei assistindo à televisão na cama.

"Uma filial do Towering High Group deu uma entrevista coletiva com Caroline Studio, que ingressou no Grupo recentemente. Durante a conferência, os projetos de design dos novos produtos produzidos por Caroline Studio para a próxima primavera foram exibidos… "

Ouvindo o Towering High Group ser mencionado, eu, que planejava mudar de canal, parei para ver do que se tratava.

Então, Caroline apareceu na tela.

Ela subiu ao palco com um vestido branco e começou a falar sobre seu conceito de design e sobre os elementos.

Durante a coletiva, ela enfatizou repetidamente que aquele conjunto de desenhos tinha sido o primeiro trabalho que ela concluira sozinha.

Os repórteres elogiaram seu talento continuamente.

Quando a câmera deu um close nos desenhos, fiquei chocada!

Era a primeira vez que eu via aqueles desenhos. Mas eu os achei muito familiar…

"Eu devo ter visto isso em algum lugar antes!"

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor Pós-Divórcio