Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 58

Peguei meu tablet, que estava ao meu lado na cama, e procurei notícias sobre o design de Caroline.

O conjunto de desenhos que Caroline apresentou foi publicado on-line.

Sem dúvida, era um design muito maduro. E o grau de finalização demonstrava imenso talento.

Mas eu me lembrava claramente de como era a situação de Caroline na faculdade.

A maioria das turmas da Faculdade de Design foi avaliada de acordo com os trabalhos apresentados durante o curso. Caroline raramente assistia às aulas. Quando ia à faculdade, ela costumava tirar uma soneca durante as aulas. Quando chegava a hora de entregar algum trabalho, ela contratava alguém para fazer por ela e pagava muito bem.

Quanto às outras matérias, cujas provas ela precisava fazer, ela foi reprovada na maioria delas várias vezes. Finalmente, Gina interveio e subornou os professores, fazendo-a passar raspando.

No final do curso, quando ela precisava entregar o trabalho de conclusão, ela certamente não o fez sozinha.

Não que eu duvidasse de sua capacidade.

No entanto, eu sabia que era impossível para uma pessoa como Caroline concluir um projeto daquele tamanho, a menos que ela nascesse de novo!

E, observando os vários detalhes daquele conjunto de desenhos, eu tinha certeza que aquilo era trabalho de um designer experiente.

Como aquilo tudo tinha a ver com o ateliê de Caroline, a princípio eu não me preocupei ou prestei atenção.

Além disso, quando Caroline fosse acusada de plágio, seria o Towering High Group que sofreria perdas, o que também não tinha nada a ver comigo.

No entanto, quando eu estava prestes a desligar o tablet, vi uma marca quase imperceptível no canto do design de Caroline.

De repente, aquilo me lembrou uma pessoa!

"Telma…".

eu murmurei.

Quando eu estava na faculdade, havia uma professora chamada Telma Weil, que era uma designer muito poderosa e tinha sido especialmente nomeada para dar aulas lá. Ela tinha seu próprio estúdio de design e ganhou um prêmio importante em uma competição internacional.

A razão pela qual ela aceitou lecionar em nossa faculdade era porque ela era uma velha amiga do reitor.

Acontece que, quando eu estava no último ano da faculdade, Telma morreu de depressão.

Mas, naquela época, por causa da Caroline, eu me interessava um pouco por design de moda. Uma vez eu cheguei a conversar com Telma a esse respeito, enquanto preparava meu projeto de graduação. Telma fez questão de me mostrar seu trabalho mais recente naquela época.

O tal trabalho era muito semelhante ao conjunto de desenhos de Caroline.

Lembrei-me de que Telma havia dito que o projeto ainda não estava concluído. Por esse motivo, ela não o tinha anunciado para o público.

Mesmo assim, naquela época, ela permitiu que eu tirasse uma foto daquele conjunto de desenhos, para que eu pudesse voltar a estudá-lo mais para a frente.

Infelizmente, antes que eu pudesse dar a ela qualquer feedback, ela morreu.

Se eu ainda tivesse aquela foto, teria alguma prova contra Caroline.

"Aquelas fotos…" Fiquei olhando para o tablet em transe. E tive que pensar muito antes de me lembrar onde estavam.

As fotos foram salvas no meu velho computador, o mesmo que eu usava para fazer os trabalhos da faculdade naquela época.

E aquele meu computador estava, agora, na casa da família Archer.

Embora eu não tivesse certeza se eles tinham jogado minhas coisas fora, eu tinha que voltar para a casa dos Archer e tentar pegar o computador de volta.

Agora, eu estava ainda mais nojo da família Archer.

Depois de hesitar por um longo tempo, levantei-me do sofá e troquei de roupa. Então, peguei a peruca, cujo penteado era igual ao de Caroline, e a coloquei na cabeça. Depois disso, fiz uma maquiagem discreta.

Assim que cheguei à casa da família Archer, bati à porta.

Àquela altura, eu já havia traçado um plano. Se Caroline estivesse lá, eu diria que estava com saudades dos nossos pais e que queria ir para casa vê-los.

Mas eu tive sorte.

Não havia ninguém em casa, exceto os empregados.

Uma das empregadas abriu a porta para mim e perguntou: "Senhorita, você não tinha saído com sua mãe? Por que voltou sozinha?".

Eu estava um pouco nervosa, com medo de que me desmascarassem. Então, eu levantei minha voz e disse: "Eu voltei para pegar uma coisa que esqueci".

Depois de dizer isso, subi as escadas com pressa.

A empregada pareceu não suspeitar de mim.

Depois de subir as escadas, não entrei no quarto de Caroline. Em vez disso, fui para o meu antigo quarto.

Ele tinha sido transformado em um tipo de depósito. Mas, felizmente, a mobília antiga ainda estava lá.

Esperançosa, eu me aproximei para dar uma olhada e descobri que as coisas que eu tinha deixado dentro dos móveis haviam sido removidas há muito tempo, incluindo meu computador, minhas roupas e até mesmo as minhas fotos.

De repente, eu fiquei um pouco distraída e atônita.

Quando eu menos esperava, ouvi o som de um carro sendo desligado na entrada da casa.

Então, eu ouvi as vozes de Caroline e Gina.

"Estou ferrada!"

Corri para fora do quarto e desci as escadas, com a intenção de ir embora. Assim que abri a porta, vi Caroline e Gina paradas na entrada.

As duas ficaram chocadas quando me viram. Caroline imediatamente voltou a si e arrancou a peruca da minha cabeça, gritando: "Charlotte, o que você está fazendo aqui?".

Gina também percebeu que era eu.

A empregada saiu apressada, assustada com os gritos. Quando ela me viu, já sem a peruca, ela ficou perplexa.

Gina repreendeu a empregada na frente de todos: "Você não consegue nem dizer quem é a a minha filha?".

"Desculpe! Eu… eu não prestei atenção!"

A empregada ficou com tanto medo que pediu desculpas.

Pelo que eu entendi, aquela empregada estava lá para substituir Diane.

Para tentar amenizar a situação da empregada, eu disse: "Ela não conseguiu me diferenciar da Caroline. A culpa não é dela".

Assim que falei, Gina ficou prestando atenção em mim. Então, ela apontou na minha direção e perguntou: "E eu posso saber o que você está fazendo aqui? Você roubou alguma coisa?".

Enquanto dizia isso, ela tentou pegar minha bolsa.

Mas eu fui mais rápida e esvaziei minha bolsa na frente de todos.

Minha carteira, minhas chaves e um pacote de lenços de papel caíram no chão.

Não havia mais nada na bolsa.

Gina abaixou a cabeça e olhou os itens com atenção. Percebendo que não havia mais nada, ela, ainda insatisfeita, abaixou-se e pegou minha carteira, abrindo-a em seguida.

Não havia nada nela além de alguns cartões de banco e uma pequena quantia em dinheiro.

Eu disse: "Você já olhou minhas coisas o suficiente? Eu só quero pegar de volta o computador que eu tinha quando estava na faculdade. Há alguns designs salvos nele e que eu preciso para usar no meu trabalho".

.……

Agora que o computador havia "sumido", eu precisaria da ajuda deles se quisesse mesmo recuperá-lo.

Mas Gina parecia não ter acreditado em nada do que eu falei. "Só por que você disse que não pegou nada, temos que acreditar em você? Você estava sozinha dentro da casa agora mesmo. Ninguém sabe que tipo de coisas ruins você é capaz de fazer! Vou ligar para o Jeremy agora!".

Ela me segurou com uma das mãos e pegou o celular com a outra.

Caroline estava atrás de nós, com os braços cruzados na frente do peito. Ela sorriu com muito satisfação e disse: "Charlotte, se você voltar para a prisão de novo, você acha que alguém irá salvá-la desta vez?".

Aquelas palavras fizeram um arrepio percorrer minha espinha.

Mas eu insisti no meu argumento: "Eu só voltei para pegar o meu computador. Eu achei que, se pedisse, vocês não iriam me devolver, então eu vim buscá-lo".

"Qual é o sentido de se explicar tanto? Você entrou sorrateira dentro da nossa casa. E as câmeras do nosso condomínio certamente registraram sua presença. Você disse que não pegou o computador. Será que devemos mesmo acreditar em você?"

Ao dizer aquilo, Caroline me mostrou exatamente no que ela estava pensando.

Alguns minutos depois, Gina conseguiu falar com Jeremy pelo telefone. Pelo que ela disse, eu sabia que Jeremy estava na casa de Rosy.

Não fiquei surpresa de ela ter ligado para Jeremy. Ela certamente queria que Rosy ficasse sabendo do ocorrido.

Após o telefonema, Gina me levou para a casa de Rosy.

Assim que chegamos, Jeremy apontou para mim e me repreendeu: "Charlotte, você não pode mais continuar aprontando. Agora você até entrou na nossa casa, durante nossa ausência, para roubar as nossas coisas!".

"Eu não fiz nada. Eu só queria pegar de volta meu computador, aquele que usei durante a faculdade. Por causa do nosso relacionamento ruim, eu sabia que, se eu pedisse o computador, vocês não o entregariam para mim. Então, eu… eu… "

Enquanto falava, fui suavizando minha voz deliberadamente.

"Ah, tá!", disse Jeremy, sem acreditar em nada do que eu disse. "A Gina já me contou tudo. Você entrou em casa e tirou 20 mil dólares do lugar onde guardamos o dinheiro em nosso quarto!"

"É isso mesmo. Eu a peguei no flagra! Aqui está o dinheiro!"

Enquanto Gina falava, ela tirou duas pilhas de notas de 100 dólares de dentro sua bolsa.

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