Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 61

Eu olhei para Patrick, tentando entender quais eram suas intenções.

Mas, ingênua que sou, pensei que ele fosse embora depois de jantar.

Então, resignada, eu preparei uma refeição e chamei-o para comer.

A mesa de jantar era redonda. Depois que Patrick se sentou, ele deu um tapinha na cadeira ao lado e disse: "Sente-se aqui".

……

Hesitei por um momento, mas acabei me sentando ao lado dele.

Naquele momento, eu pensava que, se o agradasse e fizesse o que ele queria, ele logo iria embora.

Sentei-me ao seu lado e fiquei observando-o comer.

Ele comeu uma cumbuca de arroz.

Depois, comeu a segunda cumbuca de arroz.

Quando ele me pediu para ajudá-lo a pegar uma terceira cumbuca de arroz, perguntei-lhe, com delicadeza: "Você não está comendo demais?".

Patrick não respondeu.

Então, não fiz mais perguntas. Tudo que eu podia fazer era servir outra cumbuca de arroz para ele.

Depois do jantar, ele disse que precisava trabalhar e pediu para usar o meu tablet. Não ousei recusar. Depois de entregar o tablet para ele, fui para o quarto sozinha, com meu celular na mão, e enviei uma mensagem para Lisa.

Eu contei a ela tudo sobre o comportamento excêntrico de Patrick naquela noite.

Lisa respondeu apenas com uma frase: "Ele está tentando seduzir você".

Eu apenas respondi: "De jeito nenhum!".

Por um tempo, Lisa continuou a me enviar mensagens, dizendo: "Todos os homens são iguais. Eles não dão valor às mulheres quando elas estão ao seu lado. No entanto, quando elas deixam de se importar, eles correm atrás delas de novo".

Ela estava conversando comigo por mais de uma hora com base nessa teoria.

Quando voltei a olhar o relógio, vi que já eram 23h. Fui para a sala para perguntar a Patrick quando ele iria embora e o encontrei sentado no sofá da sala, segurando meu tablet na mão.

Ele parecia um pouco estranho.

Aproximei-me e perguntei: "Já está muito tarde. Você não quer voltar para a sua casa?".

Patrick respondeu, resoluto: "Não".

……

Percebi que sua expressão estava um pouco estranha. Por conta da luz que batia em seu rosto, notei que sua testa estava coberta por uma camada fina de suor.

Eu olhei para ele novamente e vi que seu rosto estava um pouco pálido. Era óbvio que algo estava errado!

Aproximei-me dele e me agachei para perguntar: "Você não está se sentindo bem?".

Patrick balançou a cabeça e fingiu estar calmo: "Está tudo bem".

Mas algo na sua expressão me fez perceber que tinha alguma coisa de errado com ele.

"Qual o problema? Se você não está se sentindo bem, melhor ir para o hospital."

Eu estava prestes a me levantar e ligar para o número de emergência, mas ele me interrompeu e disse: "Você tem algum remédio para o estômago?".

"Remédio para o estômago?"

Só então entendi que, por ter comido demais durante o jantar, ele estava com dor de estômago!

No entanto, aquele era o meu primeiro dia morando naquele apartamento. Eu ainda não tinha tido tempo de comprar nada.

"Vou sair e comprar alguma coisa para você." Depois de dizer isso, fui calçar meus sapatos.

Como Patrick estava lá desde que cheguei em casa, eu não tinha mudado de roupa. Então, agora, não precisava me trocar para sair.

Antes de ir, servi um copo de água quente para ele e o convenci a se deitar na cama para descansar.

Desci apressada para comprar analgésicos e alguns comprimidos digestivos.

Quando voltei para casa, ele já estava com a camisa encharcada de dor.

Ao vê-lo daquele jeito, eu me senti um pouco angustiada. Depois de dar a ele o remédio, sentei-me ao seu lado e o repreendi: "Você tem o estômago delicado. Não deveria se forçar a comer tanto".

Patrick fechou os olhos e não respondeu.

Olhando para sua expressão de dor, lembrei-me de quando eu tinha dor de estômago na minha infância. Na época, a cuidadora do orfanato massageava a minha barriga, fazendo com que eu me recuperasse logo. Então, eu disse a Patrick: "Que tal se eu fizer uma massagem na sua barriga?".

Assim que disse isso, eu me arrependi imeditamente.

"Patrick é o chefe do Towering High Group. Como ele poderia concordar com uma coisa dessas?", pensei.

No entanto, quando eu esperava que ele recusasse minha oferta, ele tirou a camisa de dentro da calça, revelando seus fortes músculos abdominais.

Fiquei atordoada por um momento antes de entender que ele tinha concordado.

"Estou perdida! Mas eu não posso voltar atrás na minha palavra", eu pensei.

Sem outra alternativa, eu comecei a esfregar minhas mãos para esquentá-las. Em seguida, eu lentamente comecei a massagear o abdome de Patrick.

Passado um tempo, perguntei a ele: "Você está se sentindo melhor?".

Patrick acenou com a cabeça ligeiramente.

Ele não falou nada e manteve seus olhos fechados. Mas sua expressão não era tão fria como de costume.

Deitado na cama, ele parecia uma criança obediente.

Naquele momento, ele parecia o mesmo Patrick que eu tinha visto pela primeira vez, mais de uma década atrás. Naquela época, ele estava deitado na cama de um hospital, sem forças…

Enquanto me perdia nas lembranças, Patrick abriu lentamente os olhos, olhou para mim e disse: "Prepare um banho para mim".

Seu tom soou tão autoritário quanto antes.

Olhando para o rosto dele, que finalmente havia voltado ao normal, surpreendentemente, não fiquei com raiva. Eu, que antes estava ansiosa com a sua presença, estava me sentindo à vontade. Então, eu me levantei e fui preparar o banho para ele.

Quando a banheira já estava quase cheia e eu estava prestes a me virar para chamá-lo, notei que ele estava parado atrás de mim. Ele havia tirado a camisa por completo e estava vestindo apenas a calça.

Ele também havia aberto o cinto…

"Você…" Meu rosto rapidamente ficou vermelho.

Saí do banheiro, fechei a porta e disse: "Você pode tomar seu banho. Já vou indo me deitar".

Àquela altura, eu já tinha entendido que ele era como um paciente. Seria impossível para mim mandá-lo embora. E ele certamente passaria a noite no meu apartamento.

Eu olhei para a cama do quarto principal.

Eu estava na minha nova casa, mas eu não tinha conseguido dormir no quarto principal na primeira noite…

Eu dei um suspiro profundo e fui para o quarto de hóspedes, um pouco ressentida.

Relatei a situação geral para Lisa por mensagem e logo adormeci.

Eu não sabia quanto tempo havia se passado quando senti minha colcha ser levantada. Em seguida, eu fui pega no colo e carregada para fora do quarto.

Eu estava com tanto medo que tive vontade de gritar, mas logo percebi que era Patrick quem me segurava, após ter terminado de tomar banho.

Para onde ele estava me levando?

Eu abri meus olhos e olhei de soslaio para ele, cuja parte superior do corpo estava nua. Enquanto o luar frio brilhava em seu torso musculoso, ele parecia firme e tentador…

Um desejo inexplicável surgiu em meu coração. E eu rapidamente fechei os olhos.

Sem demora, senti que Patrick me colocou na cama novamente e me abraçou por trás. Quando ele encostou no meu rosto com seu cabelo molhado e macio, aquilo me fez sentir cócegas.

Eu estava ansiosa para que ele fizesse algo comigo.

Então, eu senti ele colocar seus lábios finos perto do meu ouvido e dizer, com uma voz muito leve: "Charlotte, parece que eu me apaixonei por você".

Aquelas palavras me pegaram de surpresa.

"O que isso significa? Ele gosta de mim?", eu pensei.

"Como pode ser?"

"Provavelmente é como Lisa disse. Os homens só dão valor a uma mulher depois de perdê-la."

"E esse tipo de sentimento não é amor, mas, sim, uma sensação de derrota, depois que eles perdem o controle das coisas."

Eu fiquei pensando naquilo tudo por um longo tempo. E, no final, adormeci ouvindo a respiração leve de Patrick…

Na manhã seguinte, quando acordei, Patrick e eu ainda estávamos na mesma posição da noite anterior.

Eu saí de seus braços, levantei-me e troquei de roupa. Depois de preparar o café da manhã para nós dois, eu já estava pronta para sair.

Assim que abri a porta, vi que a porta de Shelton também estava aberta.

De repente, lembrei-me de que os sapatos de Patrick ainda estavam perto da porta. Então, corri para fora e fechei a porta!

Shelton olhou para mim com um leve sorriso no rosto e disse: "Bom dia".

"Irmão… Cowell. Bom dia."

Só depois de começar a falar é que me lembrei do que ele tinha dito no dia anterior. Então, mudei a forma de chamá-lo na mesma hora.

Depois que descemos, Shelton se ofereceu para me levar para o trabalho, mas eu recusei.

Depois que cheguei na empresa, encontrei Seth na cozinha da empresa. Quando eu estava prestes a cumprimentá-lo, o celular dele tocou. Então, parei de falar e fiquei esperando que a água fervesse.

Seth atendeu a ligação. Depois de alguns segundos, seu rosto mudou de expressão. "O quê? Espere por mim! Vou para aí imediatamente!"

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