Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 66

"De jeito nenhum."

Assim que eu pedi o divórcio, Patrick imediatamente se recusou, sem nem mesmo pensar a respeito.

Eu já esperava que a resposta dele seria essa. Se fosse para ele me deixar livre tão facilmente, ele teria concordado com meu pedido há muito tempo.

Mas eu estava preparada desta vez.

Peguei meu celular, caminhei até a ampla mesa do escritório e abri o aplicativo de gravação. Então, coloquei meu celular sobre a mesa.

Sem falar nada, eu simplesmente dei play na gravação que tinha feito no escritório de Caroline pouco tempo antes.

Sim, isso mesmo. Quando fui ao escritório de Caroline, gravei a nossa conversa no meu celular.

Patrick era uma pessoa muito esperta. Ele sabia que a atitude suspeita de Caroline indicava que ela tinha algo a ver com aquilo tudo.

Olhando para o rosto sério de Patrick, baixei os olhos e disse calmamente: "Sr. Cowell, sei que, porque me casei com você no lugar de Caroline, você não vai me deixar ir embora tão facilmente. Se eu fosse a única pessoa a sofrer, eu iria aceitar meu destino. No entanto, Caroline envolveu pessoas inocentes nessa briga só para conquistar a posição de Sra. Cowell".

"Sofrer?" Ao ouvir essa palavra, Patrick caminhou até mim lentamente. "Na sua opinião, é tão ruim assim ser a Sra. Cowell?"

Não havia expressão nenhuma em seu rosto. Porém, parecia que uma onda tempestuosa estava se formando em seus olhos negros.

"E não é? Você ama a Caroline. E fui eu que me casei com você. Obviamente, nenhum de nós três é feliz. Mas você não quer me deixar ir embora. Vai me dizer que não faz isso só para me torturar?"

Patrick soltou uma gargalhada: "Ha, ha, ha, ha!"

Mas ele não riu porque estava de bom humor. Na verdade, achei a risada dele assustadora.

Ele ergueu a mão, beliscou meu queixo com seus dedos finos e parou de rir de repente. "Você quer o divórcio? Então primeiro faça o seu papel de esposa. Depois que eu ficar cansado de fazer amor com você, aí sim eu posso me divorciar."

"Patrick, você tem noção do que está acontecendo? Ela matou um trabalhador! Você não entende? Ela tirou a vida de uma pessoa!"

Eu tirei sua mão do meu rosto, porque ele realmente tinha me irritado.

No entanto, Patrick me colocou em cima da mesa do escritório e pressionou todo o seu corpo contra mim, dizendo: "Eu já disse que você só vai se divorciar de mim quando eu estiver cansado de fazer amor com você".

Assim que disse isso, ele começou a avançar o sinal.

Eu queria resistir, mas ele segurou minhas duas mãos com firmeza.

"Você está louco? Estamos no seu escritório!"

Eu falei bem alto!

No entanto, Patrick não se importava com o fato de estarmos lá. Ele pressionou seus lábios finos contra meus ouvidos e disse: "Este é o meu território. Meu empregados são muito sagazes".

Assim, durante o resto da manhã, fiquei à mercê de Patrick lá mesmo, na mesa do seu escritório, para que ele pudesse descontar sua raiva e se satisfazer, até se acalmar.

No final, Patrick se levantou e arrumou suas roupas. Fiquei deitada na mesa, olhando para o teto, em transe.

Eu era a única que saía perdendo naquele triângulo amoroso.

Tump, tump, tump.

O som de passos de salto alto passando pelo corredor veio da direção da porta.

Levantei-me, assustada, e virei as costas para a porta, temendo que a pessoa que estivesse passando entrasse sem avisar. Afinal, minhas roupas tinham sido rasgadas por Patrick e, por conta disso, eu não conseguia nem cobrir o meu corpo.

Patrick arrumou as roupas de qualquer jeito e foi até a porta. Em seguida, ele pegou algumas sacolas e as entregou para mim.

Abri as sacolas para dar uma olhada e vi algumas roupas, bem como uma caixa de produtos para a pele.

Ele me pediu para tomar banho no cômodo que ficava ao lado do escritório.

Quando abri a porta, pensei que encontraria apenas um banheiro. Foi aí que descobri que eu era mesmo muito ingênua.

Havia uma espécie de apartamento dentro do escritório Patrick, onde havia uma sala de estar, um quarto e uma cozinha tipo americana, além de um banheiro.

Tomei banho e troquei de roupa. Por causa do exercício intenso que tinha acabado de fazer, minhas pernas estavam bambas.

Sentei-me na cama para descansar um pouco. Então, eu olhei para o lado e notei um longo fio de cabelo castanho em cima dos lençóis brancos.

Naquele momento, eu me senti muito amarga por dentro.

Eu sabia dizer de quem era o cabelo sem nem pensar duas vezes.

Embora eu soubesse que Caroline e Patrick estavam apaixonados e que era normal que eles usassem aquele quarto para fazer amor, eu pulei da cama como o diabo foge da cruz.

Quando eu estava prestes a sair do quarto, Patrick empurrou a porta e entrou. Eu estava com tanto medo que dei um passo para trás.

No entanto, percebi que ele só queria tomar banho e trocar de roupa.

Eu fiquei num canto e esperei por ele.

Sem demora, Patrick se arrumou. Depois de sair, ele caminhou para o meu lado e disse: "Você deve estar com fome. Vamos comer alguma coisa".

Havia um leve cheiro de sabonete líquido em seu corpo, que era uma delícia.

"Não precisa…"

“A gente pode comer alguma coisa no refeitório da empresa.”

Quando eu estava prestes a recusar, fui interrompida por Patrick. Ele pegou minha mão e me tirou do escritório, ignorando completamente minha vontade.

Assim que saímos, Wilson e várias secretárias estavam do lado de fora.

Quando elas viram que estávamos de mãos dadas, parecia que a raiva que elas sentiam ia saltar de seus olhos.

Mas Patrick não deu a mínima bola para elas e me puxou para dentro do elevador.

"Deixe-me ir." Depois de entrar no elevador com ele, continuei a lutar.

Mas Patrick apenas apertou o número do andar do elevador e não se importou comigo.

O elevador chegou ao terceiro andar.

O terceiro andar era onde os funcionários do Towering High Group podiam descansar. Nós passamos por uma cafeteria e fomos direto para o refeitório dos funcionários.

Era hora de comer. Conforme os funcionários entravam e saíam do refeitório, todos olhavam para mim. Eu estava bem atrás de Patrick.

Um fluxo contínuo de sons soou em meus ouvidos…

"Sr. Cowell, Sra. Cowell, boa tarde."

"Nossa, quem é ela? É a Sra. Cowell?"

"Meu Deu! O Sr. Cowell realmente trouxe a esposa dele para comer no refeitório?"

O termo "Sra. Cowell" ecoava em meus ouvidos de vez em quando…

Enquanto andávamos, aquela comoção fez tudo parecer um pouco irreal.

Ele me levou até uma sala privada. E um garçom abriu a porta para nós.

Patrick me guiou ao meu assento e depois se sentou também.

Sem demora, os pratos foram servidos.

Só foram servidos os meus pratos favoritos.

Eu olhei para Patrick, confusa.

Ele olhou para mim e disse: "Eu perguntei à sua avó do que você gostava de comer e ela me falou desses pratos".

Ele perguntou a Rosy sobre mim.

Olhei para os pratos na mesa com a cabeça cheia de dúvidas.

Não me permiti ficar comovida com a atitude de Patrick.

Eu tinha parado de fantasiar sobre Patrick e me tornei indiferente, de maneira a não ser magoada novamente. No entanto, eu não queria enfrentá-lo. Eu temia que, se ele me tocasse, eu não conseguiria mais me disfarçar e deixaria coração totalmente exposto na frente dele.

Se isso acontecesse, ele poderia facilmente me magoar novamente.

Patrick se serviu de um pedaço de costela agridoce. Depois de comer, ele franziu a testa e então me perguntou: "Como você pode gostar de comer alimentos tão doces?".

Eu não soube o que responder.

"Prove. O chef daqui não deixa nada a dever aos chefs de restaurante com estrela Michelin."

……

Eu olhei para Patrick.

Depois de um longo silêncio, perguntei: "Por quê?".

Ele estava me tratando bem, o que me deixava com medo.

Patrick comeu um pouco de arroz antes de levantar a cabeça e me encarar com seus olhos profundos. Depois de alguns segundos, ele disse: "Parece que ser a Sra. Cowell nem sempre é tão ruim assim, não é?"

"Sim."

Essa era a resposta que eu tinha em meu coração.

Se eu tomasse a situação atual como exemplo, era verdade que ser a Sra. Cowell nem sempre era tão ruim.

Mas não ousei me sensibilizar com a atitude dele. Eu não pdoeria admitir.

Eu temia que, se eu baixasse a guarda, coisas ruins poderiam acontecer comigo novamente.

"Não. Ser a Sra. Cowell me faz sofrer o tempo todo. Enquanto eu estiver ao seu lado, tudo será uma tortura para mim." Foi o que eu disse. ele, palavra por palavra.

Eu vi Patrick segurar os hashis com raiva. "Plaft!" Depois disso, o par de pauzinhos de bambu se partiu ao meio.

No segundo seguinte, Patrick jogou no chão os pauzinhos quebrados e saiu da sala privada sem olhar para trás.

Ficou claro que o que eu disse o magoou.

Mas meu coração doía tanto…

Ao olhar para os meus pratos favoritos na mesa, meus olhos ficaram vermelhos.

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