Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 67

Murmurei para mim mesma: "Não se esqueça do que ele fez com você na prisão. Não se esqueça do seu filho que morreu. E não se esqueça de que ele colocou panos quentes em tudo que a Caroline fez…"

……

Eu parecia estar me dessensibilizando e me tornando cada vez mais determinada a continuar fingindo. Se eu não fizesse isso, a linha de defesa que eu estava estabelecendo com tanto esforço se quebraria de uma hora para outra.

Eu não comi nada e fui embora do Towering High Group sozinha.

Quando eu saí, muitos funcionários ainda estavam terminando de comer. Ao me verem, eles passaram a sussurrar uns aos outros.

Parecia que eles tinham visto Patrick sair pouco antes de mim.

Eu não me importei com aquilo. Então, rapidamente deixei o Towering High Group.

Em vez de voltar para casa, fui a um cibercafé.

Eu fiz meu currículo usando um modelo pronto e comecei a enviá-lo para diferentes empresas de design, uma por uma.

Quando terminei de enviar meu currículo para quase todas as empresas de design de um certo porte, já era quase noite.

Eu estava com tanta fome que não teria forças para cozinhar em casa. Então, encontrei um restaurante de fast food na vizinhança e, só depois de ficar completamente satisfeita, peguei um ônibus de volta para casa.

Rosy tinha me dado uma casa grande e um cartão do banco com milhões de dólares na conta.

Mesmo assim, ainda não tinha caído a ficha de que aquilo tudo pertencia mesmo a mim. Além do dinheiro no banco, a casa da Unidade nº 1, na Cidade Y, parecia que nem era minha de verdade.

Não ousei tocar em nenhum centavo daquele dinheiro.

Quando cheguei em casa, abri a porta e vi que as luzes estavam acesas.

Tum, tum! Tum, tum! Meu coração disparou.

Abaixei minha cabeça e vi os sapatos de couro de Patrick colocados cuidadosamente na porta.

Troquei de sapato, entrei no quarto e ouvi o barulho de água corrente vindo do banheiro do quarto principal.

Eu senti que havia sido enganada por ele.

Como se eu não tivesse controle, uma onda de raiva tomou conta de mim. Sem pensar duas vezes, corri para abrir a porta do banheiro e gritei para quem estava dentro: "Patrick, o que diabos você quer fazer?".

Nesse momento, a visão de um homem nu surgiu na minha frente.

Enquanto as gotas de água caíam do chuveiro sobre o corpo nu de Patrick, seus músculos avantajados, sua forma corporal perfeitamente proporcional, seus braços fortes e todas as curvas sensuais do seu corpo foram revelados na minha frente. E eu pude ver tudo claramente.

……

Eu nunca tinha visto o corpo de Patrick com tanta clareza antes.

No mesmo instante, eu me arrependi de ter entrado.

Quando eu estava prestes a fechar a porta, Patrick me agarrou e me puxou para debaixo do chuveiro, antes mesmo que eu pudesse esboçar uma reação.

Na mesma hora, a água quente da ducha escorreu pela minha cabeça e encharcou minha roupa!

"O que você está fazendo?"

Eu me retorci toda, tentando sair de seu controle.

Mas Patrick segurou minha cintura com força e se abaixou ligeiramente. Então, ele olhou para mim com seus olhos profundos e perguntou: "Você vai tomar banho comigo, não é?".

O vapor d'água embaçou minha visão e eu não conseguia ver a expressão de Patrick com clareza. Tudo que eu conseguia fazer era sentir um hálito quente soprando em meu rosto.

Como a minha roupa estava molhada e colada ao meu corpo, eu me senti extremamente desconfortável.

Sentindo-me impotente, eu só pude dar um passo para trás e virar minha cabeça. "Eu vou tomar banho, mas pode sair primeiro se você terminar o banho antes."

Como resposta à minha sugestão, ouvi Patrick dizer, com uma voz ligeiramente brincalhona: "Eu acabei de entrar. Ainda nem lavei o cabelo!".

"Então eu vou sair."

Ao dizer isso, pretendia driblá-lo.

Mas Patrick me agarrou e disse: "Se você sair molhada desse jeito, vai pegar um resfriado. Por que nós não…" Embora eu estivesse de costas para ele, podia sentir que ele estava se aproximando do meu ouvido com seu lábios enquanto dizia, com uma voz sedutora, palavra por palavra: "…tomamos um banho juntos…".

Aquelas palavras me fizeram corar instantaneamente.

Para encobrir minha emoção, tive que fingir estar calma. Por isso, respondi: "Você pode parar de me provocar, por favor?".

Nessa hora, senti um pouco de frio com as roupas molhadas grudadas em meu corpo. O que eu mais queria era sair dali e me trocar o mais rápido possível.

Mas Patrick não pretendia me deixar ir embora. Ele colocou seus braços fortes em volta da minha cintura e disse vagarosamente: "Querida, você pode tomar um banho comigo ou sentar aí e esperar que eu termine meu banho primeiro".

Na minha opinião, aquelas palavras soaram extremamente despudoradas.

Fiquei até me perguntando se ele queria se vingar de mim por causa do que tinha acontecido mais cedo na empresa.

Mas eu não tinha escolha.

Eu não podia sair. Então, tudo que eu consegui fazer foi me sentar na cadeira antiderrapante do banheiro e esperar ele terminar o banho.

Demorou muito para que ele terminasse de se lavar.

Além disso, durante todo o banho, ele fez questão de ficar de frente para mim.

Embora eu tivesse tentado de tudo para manter a cabeça baixa, eu só conseguia esfregar os olhos com a cabeça levemente inclinada, para tirar do meu rosto a água que espirrava em minha direção de tempos em tempos.

Nesses momentos, eu testemunhei claramente a mudança em suas partes baixas.

Mas fingi que não conseguia ver nada.

Cerca de uma hora depois, Patrick finalmente terminou de tomar banho. Ele enxugou o corpo, enrolou-se em uma toalha e saiu do box.

Não tenho certeza se ele conseguiu aplacar seu desejo, mas eu também não me importava muito.

Depois que ele saiu, tirei rapidamente a roupa, que estava toda encharcada, e comecei a tomar banho.

Só depois de terminar meu banho, que foi bem rápido, é que percebi um problema muito grande.

Fui eu quem invadiu o banheiro. E eu não tinha levado nada para me trocar, tampouco estava com meu roupão de banho.

A única toalha de banho estava enrolada no corpo de Patrick.

Eu queria sair, mas estava com medo de que Patrick estivesse na porta.

Sem saber o que fazer, eu só consegui chamar o nome de Patrick.

Ele não respondeu.

Então, pensei que ele não estava mais lá fora.

Quando baixei a guarda e abri a porta, com a intenção de voltar para o quarto e colocar uma roupa, vi Patrick sentado na cama, exatamente do mesmo jeito que ele tinha saído do banheiro um pouco antes.

Embora ele estivesse enrolado em uma toalha de banho, dava para ver que seu desejo não havia diminuído em nada.

Quando eu estava prestes a voltar para o banheiro, Patrick deu um passo à frente, me segurou nos braços e me jogou na cama.

Minha primeira reação foi lutar.

No entanto, Patrick colocou seu peso em cima de mim e, encarando-me, disse: "Querida, eu já disse que, se você quiser se divorciar de mim, primeiro eu vou ter que me cansar de fazer amor com você".

Sua fala me fez parar de lutar na mesma hora.

Embora eu soubesse que ele apenas estava usando uma desculpa para se aproveitar de mim, optei por aceitar fazer o que ele desejava.

Isso porque eu realmente queria o divórcio.

Além disso, eu sabia que, bem lá no fundo do meu coração, eu também estava ansiosa para fazer amor com ele.

Naquele dia, fizemos amor por um longo tempo, na cama e também na penteadeira. No final, quando eu pensei que já tinha acabado e estava no banheiro me recompondo, ele se aproximou de mim novamente.

Patrick me abraçou por trás, mordeu minha orelha suavemente e disse: "Querida, você cheira tão bem. Acho que nunca vou me cansar de transar com você, pelo resto da minha vida".

Aquelas palavras me fizeram estremecer. Olhei para ele pelo espelho e perguntei: "Patrick, geralmente as pessoas se gostam antes de pensar em fazer amor. Você não me ama. Na verdade, você ama Caroline. Você separa o amor do sexo, por acaso?".

Em vez de me responder, Patrick passou os braços em volta da minha cintura e fizemos amor novamente.

Quando terminamos, eu estava exausta. E fui carregada para a cama por ele.

Ele me levou para a cama com muito cuidado. Embora fosse tarde e a luz do quarto estivesse apagada, consegui sentir que ele me olhava com ternura.

Enquanto me sentia um pouco comovida com a forma como ele me tratou, ele foi para a sala.

Ao voltar, ele segurava um copo d'água na mão. Meu coração estremeceu.

Achei que ele realmente estava preocupado comigo.

No entanto, eu vi Patrick colocar o copo d'água na mesa de cabeceira e misturar um pequeno comprimido na água.

Em seguida, ele disse, com indiferença: "Tome".

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