Charlotte
Tramei várias e várias formas de como começar a perturbá-lo quando voltasse, afinal, eu não havia feito nada mais que negar o toque dele. Isso deveria ser normal, certo? Por mais que mais cedo eu praticamente o ataquei com beijos e mil mãos, isso não dá o direito para ele fazer o mesmo, só acho, ele tem namorada! E, vamos concordar que eu também errei, e por isso eu jamais iria repetir o mesmo erro. Não. Contudo, quando ele apareceu depois de quase uma hora eu notei de imediato que alguma coisa está errada, mas supus que foi algo relacionado à sua namorada, por isso não dei muita importância...
Só que agora não consigo sair do lado dele e espero que ele não me deixe sozinha aqui. E ele está certo, devemos ir embora mais depressa possível e rezar para que esse homem sociopata seja capturado.
— Eles estão demorando, né? Talvez fosse melhor irmos atrás deles...
Foi só o tempo de eu terminar de falar ouvindo a porta ser forçada para abrir, rapidamente o Christopher se levanta e segura o abajur nas mãos esperando que a pessoa entre pela porta.
— Aí, será que eles estão dormindo? — Sara pergunta do outro lado da porta e eu solto o ar aliviada por ser eles e não o homem que está nos perseguindo.
Os dois entram.
— O que é isso? — Pedro fecha a porta atrás de si olhando para o Pedro e estranhando o fato de que ele estava pronto para um ataque.
— Calma, gente! Tá tudo bem por aqui? — Sara se aproxima de mim com cautela — por acaso vocês estavam tentando se matar?
— Precisamos ir embora — Christopher fala girando a chave na porta para trancá-la, — agora.
Sara e Pedro se olham com olhos arregalados enquanto Cris pega todas as nossas malas e as deixam perto da porta.
— Estou ficando assustada, Charlotte o que está acontecendo? Pedro, o que está acontecendo?
— Cris, é alguma pegadinha? — Pedro passa as mãos na cabeça sem entender nada.
— Explica, Christopher, explica o que aconteceu, — digo me levantando e caminhando até ele.
Christopher explica o que aconteceu, o Pedro e a Sara também ficam nervosos e uma discussão se iniciou sobre como devemos proceder a respeito disso.
— Eles tem razão, devemos ir embora agora — Sara vem pra perto de mim e me abraça.
— Não, a gente vai embora também, — Sara se impõe decidida e eu fico aliviada por isso.
Eu não me sentiria bem se a Sara ficasse aqui, se o namorado idiota dela quer ficar ele que fique sozinho.
— Certo, está decidido, vamos todos embora, agora — digo olhando para os olhos do Pedro, desafiando-a a discordar.
O Christopher ligou na recepção e logo haviam dois seguranças na porta do quarto para nos escoltar até o carro, demos a desculpa de uma emergência familiar e não pedimos o reembolso. Enquanto Christopher dirigia todos nós verificávamos a todo momento se estávamos sendo seguidos. Acho que o bandido não se deu conta de que fugimos durante a noite, certamente ele está dormindo tranquilamente enquanto sonha com a forma como vai me matar.
— Dirija mais rápido, Christopher! — peço depois de pensar em várias ideias do que poderia acontecer comigo, sinto gelo na barriga e arrepios que não me deixam ficar tranquila.
— Relaxa, já estamos bem longe, esse babaca não perde por esperar — Christopher diz olhando para o retrovisor.
Que loucura de viagem foi essa?
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