Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo romance Capítulo 43

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Charlotte

Naquela mesma madrugada do dia em que eu amanheci acabada eu já estava em casa com a minha família, agradeci mentalmente por tê-los, por ter um pai e uma mãe que pega no meu pé e me guia para o caminho certo. Não sei se vou ter coragem de quebrar a minha palavra e permitir que o babacão do Christopher tenha o prazer de ver a minha cara novamente... Ahhhh como eu odeio ele, cara. Amanhã eu vou saber se realmente perdi a minha virgindade, e se eu perdi, eu juro que vou odiar muito mais o Christopher, porque foi culpa dele eu ter perdido a noção do mundo e ter fugido para a casa do meu tio.

— Deixa que eu vou, pai, me dá aqui o cartão — me estico toda no carro, me inclinando para a frete — o pedido está em meu nome mesmo.

— Eu quero ir junto! — Gustavo

— Já te falei que não é quero, é quelu! Vamos lá comigo.

Meu pai ficou dentro do carro com a minha mãe, em frente à lanchonete enquanto eu peguei nas mãos do Gustavo e entrei buscar o nosso pedido. Nem bem entrei pela porta e já tive um susto quando vi de longe o Christopher de costas no balcão provavelmente pagando a conta.

"Não me veja, não me veja, não me veja, não me veja por favor..."

Estou quase me virando para voltar e me esconder quando o Christopher se virou para mim e...

— Não é ele...

— O quê?

— Nada, gu.

Meu coração ainda está sentindo o baque do nervosismo que eu acabei de passar, meu corpo todo está tremendo.

Que susto!

Eu devo estar muito paranoica mesmo, mas incrível como o moço é parecido com o Cris de costas. Christopher, subconsciente, Christopher!

Peguei o nosso pedido e comprei uns doces pro Gustavo ainda bastante trêmula. Eu realmente não estou preparada para revê-lo, acho que eu iria me desmontar na frente dele.

As lembranças do nosso último encontro insistem em me perturbar de hora em hora, os beijos, os toques, a sensação maravilhosa que é estar abraçada com ele... e depois o terror que foi descobrir que tudo não passou de uma pegadinha, uma brincadeira pra me zoar, pra ficar por cima... É muito ódio envolvido.

Voltamos pro carro e fomos pra casa.

Tivemos uma noite agradável de gordurices e filmes, parece que eles ainda não mataram a saudade que sentiram de mim, e olha que eu não fiquei nem uma semana fora de casa. Fui dormir feliz, apesar de ainda estar apreensiva por causa de todos os acontecimentos, a segurança psicológica que a minha família me proporciona me trás uma paz tão plena que eu consegui ir dormir feliz.

(...)

O dia amanheceu alegre, pelo menos por um breve momento, logo a fixa caiu de que eu vou me consultar com o ginecologista e descobrir se eu ferrei com a minha virgindade, ops, se o Christopher ferrou com a minha virgindade.

Eu confio na Sara, mas dessa vez eu não me sinto confortável em desabafar e contar tudo pra ela, não tenho coragem se admitir tudo o que eu fiz por não ser forte o suficiente e manter as minhas decisões de não aceitar ingerir bebidas e drogas, não tenho coragem de explicar que talvez eu perdi a minha virgindade com um escroto qualquer que eu não sei o nome, e que me expulsou do quarto quando acordei. Não, não posso contar pra ela, pelo menos não por enquanto. Ela é toda certinha e não sei se ela iria entender.

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