Algo que ela nem sequer pensaria em querer de tão precioso que era, para ele era apenas um dever.
Seu olhar intenso fez Chloé desviar, um pouco nervosa.
Ela estaria pensando demais?
Ela tinha um sentimento de que o senhor se declarou à ela do nada?
Pois é, tinha que ser ele mesmo, o senhor era tão pleno até mesmo se declarando.
Chloé se lembrou de sua mãe. Deve ter uns quarenta e poucos anos agora, já chegando aos cinquenta. Mas mesmo assim, ela trabalhava todos os dias para ganhar dinheiro, porque o que seu pai ganhou não era o suficiente para arcar com as despesas de casa.
Teve uma época em que Chloé não saía para trabalhar, não ganhava dinheiro, e foi a época que seu pai mais brigou com ela.
Deve ser por isso, que sua mãe dava tanta importância ao dinheiro!
Portanto, para que uma mulher escute de um homem, algo como "você não precisa trabalhar, eu trabalho para cuidar de você a vida inteira", era algo muito raro e precioso.
Chloé continuou dormindo um pouco, acordando ao meio-dia.
Ela tomou um banho e aproveitou para trocar e lavar o lençol.
Sra. Bruna entrou e viu que ela estava sentada em um banquinho, esfregando o lençol em uma bacia, então correu em sua direção e disse:
- Chloé, por que está lavando o lençol? Você está doente e deveria estar descansando, essas coisas podem deixar que eu faço.
- N-não tem problema. - Chloé disse, sem graça. Ela acordou e viu que tinha sangue no seu lençol, e estava lavando justamente porque não queria deixar os empregados verem. - Já estou terminando de lavar.
- Ouvi Gabriel dizer que está doente. É muito grave? - perguntou Bruna.
- Não, já tomei remédio e estou bem melhor. - ela estava cansada demais, pois isso ficou com febre. Nem era uma doença, pra variar.
- Vá logo descansar, aqui deixa que eu termino. - disse Sra. Bruna se agachando. Vendo Chloé doente e ainda estava teimando em fazer deveres da casa, ela sentia muito dó.
- Não precisa. - disse Chloé.
Enquanto as duas discutiam, Enrico chegou em sua cadeira de rodas.
Ele acordou mais cedo que Chloé e fora para o escritório.
- O que houve? - perguntou ele.
Bruna suspirou:
- Ela está doente e insiste em ficar aqui lavando esse lençol. Eu disse pra deixar que eu lavo, e ela não deixa.
- Vá preparar algo para comer, ela deve estar com fome. - disse Enrico.
- Está bem. - cedeu Bruna, indo embora.
Depois que Sra. Bruna foi embora, Enrico aproximou a sua cadeira de rodas e olhou para Chloé perguntando, curioso:
- O que está fazendo?
Chloé pegou o sabão e esfregou sobre o lençol, chateada. Era uma droga o fato de que o lençol era branco, e a marca de sangue não saía de jeito nenhum. Respondeu emburrada:
- O lençol se sujou, e eu não queria que ela visse.
Enrico olhou para o lençol que boiava na água, disse com uma pontada de dor:
- Os lençóis de casa são todos mandados pra lavar a seco, você está estragando-o assim.
Chloé tirou com dificuldade o lençol molhado e pesado da água e perguntou:
- E o que eu faço agora? Jogo fora?
Quando ela morava sozinha, os lençóis eram sempre lavados à água, nem sequer imaginava que ainda tinha tanta frescura com isso.
- Jogar fora? - Enrico esbugalhou os olhos, indignado. - Você sabe quanto custou esse lençol? Sua professora nunca te ensinou que deve usar as coisas com economia?
Chloé estava realmente com dó do lençol no início, mas vendo a expressão séria de Enrico, percebeu de repente que algo estava errado.
- Você está levantando a voz pra falar comigo?
Na cama era o maior carinhoso, agora já virou a cara e brigava com ela!
Enrico engasgou com suas palavras, e disse, sem jeito:
- Eu estou apenas com dó de você, está doente e ainda teima em lavar um lençol!
- Eu não queria lavar. - disse Chloé. - Apenas não queria que Sra. Bruna viesse. Mas falando nisso, é toda sua culpa!
Tantos anos de pureza, ontem acabou em suas mãos.
E após um bom esforço para lavar um lençol, ainda foi culpada de estragá-lo!
Enrico olhava para suas bochechas inchadas de raiva, cedeu:
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Apaixonada pelo meu senhor
Plágio da segunda noiva ou ao contrário?...