Ardente Como O Sol romance Capítulo 58

As pessoas se reuniram na área de lazer do navio, onde a torre de champanhe exalava seu perfume envolvente e a orquestra tocava uma valsa magnífica.

Quem queria beber, bebia. Quem queria dançar, dançava. Todos estavam aproveitando o momento ao máximo.

Alfredo estava relaxado no sofá, exibindo aquela confiança de quem se sente no controle de tudo ao seu redor, com um pé apoiado na mesa de centro enquanto digitava algo no celular com uma das mãos, enviando mensagens para alguém.

Delfina pegou uma taça de champanhe e sentou-se em frente a ele, tentando disfarçar seu olhar curioso para a camisa de Alfredo, mas ele percebeu.

Alfredo colocou o celular ao seu lado no sofá: "Já que você gosta tanto de olhar, chegue mais perto."

Delfina se sentiu envergonhada porque suspeitava que ele estava usando aquela camisa de antes, mas preferiu mudar de assunto em vez de explicar.

"Alfredo, você não vai dançar?" - ela perguntou.

Com um significativo levantar de suas sobrancelhas, Alfredo respondeu: "Você está me convidando para dançar?"

…Será que o tempo que passou no exterior deixou seu português enferrujado? Onde estava o convite nessa frase?

Não, o problema não era com seu português. Era a maneira como Alfredo a olhava agora, como se fosse um sapo esperando por uma princesa.

Delfina estava confusa, esperando não ter dado a impressão errada.

Quando ela estava pensando em como esclarecer o mal-entendido que só aumentava, Rodrigo se aproximou dela e a convidou para dançar: "Irmãzinha, venha! Vamos dançar!"

Delfina recusou: "Eu não vou dançar."

Mas Rodrigo não aceitou um não como resposta e a puxou para a pista de dança: "Ficar sentada é tão chato. Venha cá, deixe-me lhe mostrar como se dança!"

Rodrigo estava desinibido, fazendo graça com seus passos exagerados, fazendo Delfina rir alegremente.

Quando a festa esquentou e todos estavam cansados de dançar, eles voltaram para a área de descanso.

Thales fez um gesto para que ela se aproximasse e lhe passou seu celular, onde Beatriz apareceu em uma chamada de vídeo. Depois de uma breve conversa, ela desligou.

Alguém sugeriu jogar Avalon para passar o tempo, mas Rodrigo sacou um baralho: "Avalon é muito complicado, estou cansado. Vamos jogar o jogo do rei."

Com um ás de espadas e dez cartas numeradas, quem tirasse o ás de espadas, o rei, poderia ordenar que qualquer pessoa realizasse uma ação.