"Saia."
Foi apenas o que ele disse diretamente.
Antes da ligação dele, Wendy estava na cama lendo um romance de um escritor alemão. A capa do livro estava gasta e as páginas amassadas pois eram viradas com frequência.
Era o livro favorito de sua mãe.
Wendy sempre foi cautelosa ao ler ele, pois tinha medo de rasgá-lo.
Ela colocou o livro de lado, pegou o telefone e mentiu para ele: "Eu estava dormindo..."
"A luz do quarto ainda está acesa!", Charlie apontou.
Wendy ficou pasma, sem saber o que dizer.
Ela olhou para o abajur na mesa de cabeceira e se perguntou como ele poderia saber disso.
Charlie não queria perder tempo conversando. Ele apenas disse: "Lhe darei cinco minutos para se vestir e descer."
Wendy franziu a testa e pensou: "O que ele quer dizer?"
Ela ergueu as cobertas lentamente, levantou-se da cama e foi até a janela. Wendy olhou pela janela e viu um Bentley preto estacionando lá embaixo.
Ela suspirou e foi trocar de roupa.
Parecia que Farr havia dirigido o carro aqui. Quando Wendy saiu do prédio, Farr saltou do banco do motorista e abriu a porta traseira para ela. Charlie, estava de pernas cruzadas, sentado atrás.
Ele estava segurando sua gravata e parecia que acabara de sair de um jantar de negócios.
Assim que Wendy se sentou, ele de repente levantou a mão.
Então ele colocou algo em seus braços. Ela abaixou a cabeça confusa, dizendo: "Isso é..."
Charlie estava acendendo um cigarro e não respondeu. Farr, que estava sentado na frente, respondeu: "Srta. Lim, são ervas tradicionais chinesas."
"Ervas?", Wendy perguntou surpresa.
Ela abriu a sacola branca, cheia de pequenos pacotes de ervas porcionados.
"Sim!", disse Farr acenando com a cabeça. O assistente continuou: "Vieram do famoso médico da medicina tradicional chinesa no norte da cidade. São ervas que fazem bem às mulheres. É um tratamento, tome um pacote de manhã e um à noite!"
Wendy já tinha ouvido sobre o famoso médico antes. Ela costumava acompanhar sua melhor amiga para comprar algumas ervas lá. O número de pacientes que podiam ir ao médico todos os dias era limitado e ele não aceitou a consulta com antecedência. Então, se alguém queria ver o médico, ele só podia esperar na fila.
Ela se virou para Charlie, que estava fumando.
Ele olhou para ela e disse em voz baixa: "Você disse que não estava bem, que a barriga doía."
Wendy apenas mordeu os lábios suavemente.
Na verdade, era uma desculpa, mas ele acreditou.
A sacola com as ervas em seus braços era pesada. Wendy sentiu uma pontada no coração e olhou para Charlie. As suaves luzes amarelas da rua entraram no carro, deixando o rosto dele ainda mais marcante, com olhos profundos como dois poços, nos quais ela tinha medo de cair.
Charlie baixou a janela e a fumaça branca que pairava no carro se espalhou rapidamente.
Na verdade, Charlie pegou as ervas no médico por volta de meio-dia, para que Farr pudesse entregar a ela. Mas ele acabou decidindo entregá-las pessoalmente após o trabalho.
Ela era bonita, mas o suficiente para chamar a atenção das pessoas à primeira vista. Além disso, há muitos tipos de beleza. Para pessoas como Charlie, a beleza estava sempre à sua volta. No entanto, ele queria vê-la mas não entendia o motivo.
Especialmente depois de alguns drinques, ele quis muito beijá-la...
Os olhos sombrios de Charlie se cerraram gradualmente, e então pararam nos lábios rosados de Wendy.
Quando ele se inclinou, uma pequena mão parou em seu peito.
Wendy ficou corada e seus olhos revelavam pânico. Ela olhou para Farr, que estava sentado na frente.
Charlie franziu a testa e disse: "Farr, vá comprar um pacote de cigarros para mim!"
"Certo, Sr. Hogg!", respondeu o assistente prontamente.
Wendy ficou sem graça. Obviamente, era uma desculpa.
No momento em que a porta do carro se fechou, ele a beijou.
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