"Como assim?",
respondeu Wendy pasma.
Ela olhou para cima e viu que ele parecia calmo. Charlie parecia falar sério.
Ela não esperava que ele recusaria o casamento de cara e não sabia o que dizer.
Naquele dia, na casa da família Lim, Charlie acompanhou Johnny até o escritório no andar de cima. Além de falarem de negócios, Johnny mencionou que Yolanda já era uma mulher e que gostava de Charlie. Se ele também gostasse de Yolanda, esse poderia ser um próspero casamento.
Mas ele recusou sem pensar duas vezes.
Vendo Wendy abaixar a cabeça, Charlie perguntou: "No que você está pensando?"
Wendy hesitou e disse em voz baixa: "Você não contou a Yolanda sobre nosso relacionamento. Talvez você e ela..."
Na sinuca de bico em que ficaram há pouco, Charlie não fez nenhum comentário, disse apenas uma frase do começo ao fim.
Pensando em sua situação atual, Wendy se sentiu muito envergonhada.
"Impossível!", disse Charlie franzindo a testa e a interrompendo. Ele olhou para ela com seus olhos profundos e continuou: "Você me disse que não queria que ela soubesse do nosso relacionamento!"
Parecia que sim.
Wendy piscou como se acabasse de se lembrar do que disse no passado.
A agonia que habitava seu coração há alguns dias de repente desapareceu.
Charlie tirou um maço de cigarros do bolso, colocou um na boca e o acendeu com um isqueiro que liberou uma chama azul.
Ele deu uma tragada no cigarro e a fumaça branca se espalhou lentamente pelo ar.
Wendy olhou para ele por um momento e perguntou hesitantemente: "Você realmente não gosta de Yolanda?"
"Não vou repetir novamente", Charlie respondeu semicerrando os olhos.
Wendy calou-se obedientemente, mas seu coração se encheu de alegria.
Charlie segurou o cigarro com dois dedos e deu uma tragada lentamente. Ele deliberadamente soprou a fumaça no rosto dela até que seus olhos ficaram turvos, e perguntou: "Ainda está menstruada?"
Wendy balançou a cabeça timidamente e disse: "Não."
Após uma semana, sua menstruação acabara.
"Quero fazer apenas três coisas", disse Charlie colocando a mão nas costas dela.
Wendy perguntou: "E o que seriam?"
Charlie soprou um anel de fumaça e disse: "Ir para casa, jantar e fazer amor."
Wendy ficou tão tímida que suas orelhas começaram a queimar.
No entanto, Charlie não pretendia demorar muito para ir embora.
Então o telefone da mesa tocou e uma delicada voz feminina dizia: "Sr. Hogg, o vôo para Xangai partirá às 21h50. Vou providenciar um motorista para buscá-lo em uma hora!"
"Certo, entendido", Charlie disse antes de desligar.
"Você está... indo viajar à negócios?", Wendy perguntou surpresa.
"Sim", disse Charlie confirmando com a cabeça.
"Para onde vai?", Wendy continuou.
Depois disso, ela percebeu como sua pergunta era idiota, mas Charlie foi muito paciente e respondeu: "Xangai".
"Então por que me pediu para vir aqui...", ela disse, mas foi interrompida por Charlie.
"O que você acha?"
Wendy ficou corada e não conseguiu encará-lo. Ela gaguejou ao dizer: "Mas você... Você não tem um voo mais tarde?"
Ele respondeu: "Além de Xangai, terei de ir a Pequim quando voltar. Por pelo menos uma semana ou dez dias." Charlie olhou para ela e disse: "Vou sentir sua falta."
As palavras dele aqueceram seu coração.
Embora ele tenha dito de uma forma muito simples e o significado dessas quatro palavras estivesse ligado mais ao seu corpo, ela ainda não conseguia controlar seu coração, que batia cada vez mais rápido.
"Tum, tum, tum!"
Wendy tentou se levantar.
Charlie não a deixou e a segurou em seu colo.
A porta do escritório foi aberta, era Farr, que acabara de expulsar Yolanda.
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