Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 509

Jacinto deixou o apartamento e dirigiu-se ao bar.

Uma mulher atraente e de grande beleza logo chamou a atenção de muitos ao aparecer.

Na frente do balcão, Vanessa estava bebendo sozinha, quando de repente uma mulher esguia e elegante se aproximou dela e puxou conversa:

"Moça, você se importaria de me oferecer uma bebida?"

A voz da jovem mulher soava fresca e limpa, madura e assertiva.

"Me importo." Vanessa não virou a cabeça, concentrada em sua bebida.

Não deu nem um olhar para a outra.

Nos últimos dias, ela quase todas as noites vinha ao bar beber sozinha, ignorando qualquer um que tentasse conversar, fosse quem fosse.

Mas geralmente quem tentava puxar papo era homem, era a primeira vez que uma mulher se aproximava dessa maneira.

Mesmo assim, Vanessa permaneceu indiferente, distante e fria.

A maioria das pessoas se afastaria numa situação dessas.

Havia muitos homens e mulheres atraentes no bar, se um não dava certo, era só tentar com outro.

Mas essa mulher era diferente, ela não só sentou-se como também pediu uma bebida.

Ela segurava o copo de whisky com suas mãos longas e pálidas, balançando o pulso, fazendo os cubos de gelo se mexerem lentamente, produzindo um som cristalino ao tocarem o copo.

"Você está com problemas? Deixe-me adivinhar, está tendo conflitos em casa, não está se dando bem com a família?"

Vanessa virou-se para olhar para Jacinto.

"Você me conhece?" Vanessa perguntou.

"Grupo Cunha, Senhorita Vanessa, não é normal que eu saiba?"

"É, talvez."

A tentativa de enganação era um tanto óbvia.

Quem conhece o Grupo Cunha sabe dos problemas recentes com o Sr. Gabriel, o conflito atual da família Cunha.

"Não tenha pressa, Srta. Cunha," Jacinto disse, "eu tenho mais a dizer. De acordo com a leitura da sua mão, nos próximos anos, as pessoas que te amam morrerão uma após a outra, você não conseguirá o que deseja, e acabará presa dentro de uma mansão, sem ninguém de confiança ao seu lado, e cometerá suicídio aos 27 anos, cortando os pulsos no banheiro."

"Você está tentando me assustar? Faça uma história mais crível, vai?"

Embora a primeira reação de Vanessa tenha sido de negação, uma sensação estranha surgiu em seu coração.

"Você realmente não sente que o perigo está se aproximando cada vez mais?"

"Ha, por mais que haja perigo, eu, Vanessa, jamais me colocaria nessa situação."

Vanessa não queria discutir esse tipo de assunto com uma estranha.

"E se eu dissesse que tenho uma maneira de evitar isso?" Jacinto falou novamente.