Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 100

Diante de um incidente tão repentino, Rebeca não se mostrou aflita nem perdida. Pelo contrário, ela sorriu educadamente para todos os presentes, foi até o camarim, trocou de vestido de festa e voltou a receber os convidados com elegância.

Uma força interior tão poderosa e equilibrada como essa jamais poderia ser comparada à de alguém como Alma!

"Amanhã peço oficialmente o divórcio para ela!" Oliver apertou Rebeca em seus braços, beijou sua testa e lhe disse suavemente.

As palavras de Rebeca eram reconfortantes: "Oliver, eu entendo o que você sente."

Após dizer isso, ela se aconchegou ainda mais em seus braços.

No fundo, o desprezo por Alma só aumentava.

Nunca tinha visto uma mulher se rebaixar a tal ponto!

Uma mulher casada, em pleno evento social, sem a menor vergonha, seduzindo outro homem. Alma era mesmo um caso à parte.

Mais do que isso!

Alma conseguia transformar esse comportamento vergonhoso em motivo de orgulho, desfilando de braços dados com Antônio pelo salão da festa, enquanto deixava seus três filhos de outros casamentos fazerem o que bem quisessem no aniversário da avó.

Que atitude…

Mas, de certa forma, era compreensível.

Afinal, uma mulher que nem sequer terminou o ensino médio, que nunca teve acesso à educação ou cultura, não poderia mesmo agir de outra forma.

Se Alma tivesse um mínimo de sofisticação, jamais recorreria a métodos tão baixos para seduzir um homem em público.

Dizem que a ignorância traz coragem.

Se algum dia visse Alma, por uns trocados, tirando a roupa na rua e se entregando a um pequeno empreiteiro em plena luz do dia, Rebeca não se surpreenderia.

Pessoas de pouca inteligência não diferem muito dos animais.

Vergonha? Isso não existe para elas.

Embora o aniversário da avó tivesse sido completamente bagunçado por Alma, Rebeca não se deixou abalar.

Ela e Oliver, de mãos dadas, despediram-se com cortesia de um grupo de convidados após o outro.

Muitos, antes de irem embora, diziam: "Diretor Hurst, Srta. Sequeira, não deem atenção a certas pessoas. São apenas palhaços que se orgulham de seus próprios vexames. Que ridículo, não?"

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