Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 349

Neste mundo, qual mulher jovem não sonhava com um casamento grandioso, não ansiava por um homem que a amasse profundamente, que lhe oferecesse uma cerimônia de casamento capaz de atrair todos os olhares?

Alma não era exceção.

Ela também sonhava com isso.

Acontece que, quando se casou com Oliver, ele não quis lhe dar uma festa de casamento.

Agora, com dois filhos já crescidos, não seria exagero chamá-la de uma mulher madura, e foi justamente agora que Antônio estava disposto a lhe oferecer uma cerimônia de casamento.

"Antônio, você já me disse mais de uma vez que não casaria com uma mulher divorciada." Alma sorriu, com os lábios curvados.

Antônio respondeu: "É verdade, eu já disse mais de uma vez que não me casaria com uma mulher divorciada, mas nunca disse que não me casaria com um homem divorciado! Nunca falei que não poderia me casar ou que não poderia entrar para outra família."

Alma ficou em silêncio.

Ela percebeu que, se realmente começasse a discutir com Antônio, acabaria perdendo.

Porque ele era rápido de raciocínio e, acima de tudo, não se importava com o orgulho. Diante dele, o orgulho não valia nada.

Por isso, ela não conseguia vencer.

Então perguntou de novo: "E como você pretende fazer uma festa grandiosa?"

"Se Oliver organizar um casamento de tirar o fôlego para Rebeca no centésimo décimo oitavo andar do topo do Cidade Verde, eu também vou organizar um para você lá, e faço questão de começar meia hora antes do dele. Se Oliver quiser fazer um casamento num cruzeiro para Rebeca, eu farei o seu no mesmo navio. Em resumo, vou fazer de tudo para superar ela! Vou superá-la de propósito!" Antônio falou sem rodeios.

"As pessoas vão dizer que você não tem classe, que parece um novo-rico."

"Eu sou mesmo um novo-rico! Passei anos sendo deixado de lado pelo meu pai no exterior, sem nem dinheiro para gastar, já recolhi garrafas na rua, já limpei sapatos, trabalhei como porteiro, estacionei carros para os outros... Aí, de repente, em um dia qualquer, consegui tomar o Grupo Assef dos meus irmãos, na frente de todo mundo, e fiquei rico da noite para o dia. Me diga, qual é a diferença entre eu e um novo-rico? Um típico novo-rico! Não faço parte da elite de Cidade Verde!"

Embora ele dissesse que não era da elite de Cidade Verde, tudo o que fazia era muito mais grandioso do que qualquer família tradicional.

Ele era um verdadeiro homem.

Foi o que Alma pensou, do fundo do coração.

"Obrigada, Antônio, de verdade, obrigada, eu sou muito grata. Mas eu..." Desta vez, ela realmente pensava em Antônio. Ele poderia não se importar, mas tudo o que tinha do Grupo Assef tinha sido conquistado por ele, as dificuldades, o sofrimento, as mágoas dele não eram menores que os dela.

Ela não queria arrastá-lo para uma situação complicada, tornando-se um peso para ele.