Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 454

"Tudo bem, resolvam isso entre vocês." Dito isso, o policial se virou para sair.

A Família Sequeira, aterrorizada, gritou em uníssono: "Senhor policial, o senhor não pode simplesmente ir embora! Pelo menos tem que expulsar essa mulher daqui!"

O policial olhou para Alma e depois para a Família Sequeira: "Ela é a dona daqui, como posso expulsá-la? Vocês querem que eu cometa um crime?"

A Família Sequeira ficou sem palavras.

Mas Alma falou: "Senhor policial, até agora eles ainda querem me expulsar, a dona da casa. Espero que o senhor possa ficar para ser minha testemunha. Minha filha vive aqui há cinco anos, e há pouco tempo seu quarto foi ocupado por duas crianças desconhecidas e sem registro. Espero que o senhor possa manter a ordem para que minha filha possa recuperar seu quarto."

O policial perguntou: "E onde está sua filha?"

Alma pegou o celular e fez uma ligação: "Antônio, vocês já chegaram?"

Do outro lado, Antônio respondeu: "Chegamos, estamos entrando".

Enquanto falava, Antônio já entrava.

Ele puxava um grande carrinho de acampamento, que estava abarrotado de brinquedos e itens de uso diário de uma menina de cinco anos.

Logo atrás de Antônio, entraram duas crianças.

O menino usava um uniforme camuflado, botas militares e carregava um fuzil de brinquedo que parecia real, com um ar imponente.

A menina abraçava um urso de pelúcia rosa.

Ela era meia cabeça mais baixa que o menino, chegando apenas à cintura de Antônio.

A menina usava um sobretudo de corte A, leggings justas, sandálias Birkenstock de cor gengibre escuro e meias brancas enrugadas. Usava o cabelo em duas tranças. Era uma criança estilosa com um toque retrô.

Assim que entrou, atraiu o olhar de todos os policiais.

No entanto, ao olharem mais de perto, notaram que o olhar da menina era tímido, com duas grandes lágrimas prestes a cair. Ela ergueu suas bochechas redondas para olhar para os policiais.

Foi então que vários policiais perceberam que faltavam vários dentes na boca da menina.