Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 455

Alina, como se finalmente tivesse encontrado uma válvula de escape, chorava com um medo imenso.

Os policiais ficaram chocados.

Luciana, assustada, ergueu a cabeça para olhar Alina, prestes a gritar: "Sua pestinha, como ousa me expor?"

Mas as palavras morreram em sua boca.

Se ela gritasse, estaria admitindo o abuso contra Alina.

Com um tom de coitada, Luciana disse aos policiais: "O pai da criança se casou novamente com a minha filha, então eu sou como uma avó para ela. Quando a criança não se comporta, como avó, eu preciso educá-la um pouco".

"Luciana, eu sei que você diria isso. Então, vamos deixar o seu caso de lado por enquanto e primeiro deixar minha filha recuperar o quarto dela!", disse Alma, olhando para Luciana com um sorriso frio.

Ela já havia pensado nisso em casa.

Se Luciana era capaz de abusar de Alina abertamente, ela certamente negaria se o assunto viesse à tona.

Alina era muito pequena para descrever os acontecimentos com clareza.

Além disso, ela havia deixado Alina com tanto medo que a menina não ousava resistir e até tentava agradá-la por medo.

Há pouco, quando Alina hesitou, Alma até viu Luciana dar um sorriso de canto.

O fato de Alina ter tido a coragem de denunciar Luciana à polícia já era um grande progresso.

Sem pressa!

Era apenas uma questão de tempo até que Luciana fosse punida.

Já que ela mesma se agarrava a uma falsa esperança, Alma não queria que ela fosse presa tão cedo. Alma queria deixá-la aleijada antes de mandá-la para a prisão!

Alma disse a Alina: "Querida, a mamãe está aqui. A mamãe vai acabar com todos os malvados que te machucaram. Agora, vamos começar pelos menores".

Alina trocou um olhar com a mãe.

Em seguida, assentiu com firmeza.

Ela olhou para o policial: "Senhor policial, eu quero meu quarto de volta primeiro. Eu só saí por uma semana e, quando voltei, descobri que todos os meus brinquedos, minhas roupas e meus livros de contos de fadas tinham sumido".

Esses eram assuntos de família, e os policiais realmente não queriam se envolver.

Era difícil para um juiz honesto julgar disputas domésticas.

Mas, como ele poderia recusar o pedido daquela menina de cinco anos?

Ela parecia tão desamparada.